- Filho desce aqui, venha conhecer nossos vizinhos - gritava minha mãe da sala, e sendo a pessoa educada que sou desci - Ah ai esta você.
- Oi - disse vendo a nova vizinha na minha sala, soltei um sorriso sutil que foi retribuído por ela - Sou o Max, prazer!
- Prazer, sou a Bia nova vizinha de vocês - estendi mão e ela fez o mesmo me cumprimentando.
- Ela se mudou hoje com o marido e o filho para a casa que era da Marcia - minha mãe disse trazendo uma xicara de café para a senhora, que aparentava uns quarenta e poucos anos.
- Ah, bem vinda ao bairro então.
- Obrigado - falou pegando o café e se sentando no sofá - sua mãe disse que você estuda naquele colégio grande do bairro vizinho, verdade?
- Sim, estudo - fiquei pensando o porquê daquela pergunta.
- Que bom, então vai poder acompanhar meu filho e quem sabe ser amigos - vizinhos sempre pedindo favores.
- Tudo bem, agora tenho que ir terminar minhas pesquisas - me despedi delas e voltei ao quarto e fiquei pensando um pouco e logo me distrai com as pesquisas e esqueci o assunto.
Sou Max, tenho 16 anos e estou no terceiro ano do Ensino médio, e logo poderei ir a faculdade, bem sou um garoto tímido e com suas peculiaridades, sou branco, um pouco alto, olhos mel, e cabelo castanho claro, bem como disse sou peculiar por ter poucos amigos, ser um dos mais inteligentes do colégio e ser taxado de gay e coisas ofensivas quanto a minha sexualidade, e bem posso dizer que realmente sou homossexual, mas isso não é pra sair espalhando, sou assumido somente para alguns amigos e os que percebem não falo questão de me importar, mas quando se trata de família é outra historia, prefiro deixar eles pensarem oque quiser só não confirmo nada. Procuro sempre socializar, mas é difícil as pessoas se afastam, por ser o nerd gay da turma, chega a magoar, logo deixo de lado e tudo bem, amo todos os meus amigos e sou extremamente carinhoso com todos e tenho retribuição deles, nunca me apaixonei por ninguém, muito menos fui para cama, só uns beijos aqui e ali, nada de mais, e esse ano falei que irei deixar toda minha timidez de lado e entrar de cabeça em tudo que me aparecer.
Já era umas oito da noite quando sai do quarto e tomei um banho, desci para sala de jantar com minha mãe e meu pai, sim sou filho único e agradeço por isso, logo fomos jantar, minha mãe tinha feito uma lasanha que eu amo, diria que minha comida preferida, conversamos um pouco, terminamos e ajudei minha mãe a arrumar a cozinha e lavar a louça.
- Filho suas aulas começam segunda, não é? - falou terminando de lavar enquanto eu enxugava a louça.
- Sim, e estou ansioso para isso.
- Que bom, então quero que vá amanhã conhecer o Gustavo, filho da vizinha, para segunda ir com ele a escola - minha mãe me dizendo para ajudar a vizinha quase desconhecida? Claro que é estranho.
- Tudo bem, mas só de tarde, amanhã é domingo e tenho piscina com os amigos -falei já subindo as escadas pro quarto.
*DIA SEGUINTE*
Tive uma ótima noite de sono e estava pronto para nadar, levantei e tomei um banho rápido e desci para tomar café e logo me deparei com minha mãe e meu pai a mesa e por surpresa lá estava a nova vizinha e seu marido, nossa esse povo realmente é entrosado.
- Bom Dia - sentei a mesa junto com eles e logo fui comendo oque via pela frente.
- Bom dia filho, esse é o Sergio marido da Bia, estavam passando na frente vindo de uma caminhada cedo e chamei para tomar café.
- Bom dia - disseram eles me olhando - espero não esta encomendando.
- Imagine, sempre bom ver gente nova - falei sendo educado e logo pegando um pedaço de bolo e me levantando da mesa - tenho que ir ou vou me atrasar, até depois e prazer senhor Sergio.
- Só Sergio esta bom filho - ele indagou me olhando e logo a minha mãe.
- Ok Sergio, beijos mãe, chego depois das uma - e sai de casa indo em direção ao clube que não era muito longe.
Cheguei e logo vi o pessoal me esperando, Alex já na agua com a Bianca, enquanto Murilo e Cecilia estavam sentados na beira olhando eu me aproximar.
- Atrasado mocinho - Falou Cecilia fazendo cara feia pra mim.
- Deixa ele Cê só dez minutos não faz mal - disse Alex jogando agua nela.
- Não briguem por mim meninas - disse rindo dos dois - desculpa tinha visitas em casa - disse só pra justificar, na verdade acordei mais tarde kkkk.
- Vamos logo para agua - Disse Murilo me empurrando junto com a Cecilia.
- Não seu idiota - ela resmungou e logo riu.
- Iae como vai a vida Max - dizia Alex chegando por trás e falando no meu ouvido.
- Não faz isso Alex, vai que eu xono kkk - eles começaram a rir.
- Qual você acha que é minha intenção kkkk - ele sempre faz essas brincadeiras, nos sabemos que ele curti as meninas e pega uns guri também kkk, mas não caio na dele e fico nessa zoação também.
- Ele tá xonado em tu Max, só que não assume - disse Bianca jogando agua nele.
- Ei! - disse ele revidando.
E assim passamos à manhã mantando a saudade do tempo que ficamos sem nos ver, antes de voltar no dia seguinte às aulas, sempre sendo os idiotas de sempre, e amamos ser assim, nos torna diferente dos outros. Logo saímos do clube e fomos para nossas devidas casas, cheguei e subi direto para o quarto tomar um banho para tirar o cloro e trocar de roupa.
- Filho já voltou? - meu pai perguntou assim que entrei na sala, enquanto ele via futebol.
- Já sim e tô morto de fome.
- A comida tá pronta só estava esperando você e sua mãe voltar.
- E onde a coroa foi?
- Tá na vizinha - mamãe gostou mesmo da vizinha, já tem com quem fofocar.
- Vou chamar ela - disse saindo em direção a porta.
Cheguei na vizinha, é ao lado e bati na porta, para minha surpresa e prazer foi o Gustavo que abriu, o filho da vizinha, um cara da minha idade, lindo, olhos azuis, cabelo grande de cor castanho escuro e uma pele branca que leva qualquer um ao delírio, na hora fiquei estático, mas logo fui tirado do transe por ele.
- Sou o Gustavo e você deve ser o Max não? - ele disse me olhando esperando uma resposta que demorou um pouco a se formular na minha mente.
- S-sim, sou eu, minha mãe tá ae? - fiquei um pouco nervoso e envergonhado, meu coração parecia que ia sair pela boca.
- Está, vou chamar, entra ae - disse logo andando de costa pra mim e indo até a sala - Dona Marcia seu filho tá lhe chamando.
Logo ela veio até a porta onde eu ainda estava.
*JÁ EM CASA*
- Conheceu o Gustavo? - ela perguntava.
- Sim, bem gentil ele... - logo voltei a comer e navegar nos meus pensamentos.
Mas aquele garoto era lindo devia ter minha idade e era possível ver os músculos dele que me pareciam até mais desenvolvidos que os meus, que eram até atraentes pela natação e exercícios que eu fazia, mas que olhos eram aqueles e como meu coração disparou no meu peito? Isso era normal? Nunca senti algo assim ao ver ninguém, nem quando conheci o Alex que pode até ser meu amigo, mas é um gato, que por ser justamente meu amigo nem chance de rolar algo, mas e agora oque fazer tendo que ver meu vizinho todo dia, ir a escola com ele, e já pensou se ele cair na minha sala? Oque vou fazer? Como diz Cecilia, não se preocupe, oque tiver de rolar o destino trata de fazer acontecer, ela diz que nosso amor que acha a gente, não importa onde, mas claro que nisso eu não credito e imagina com o Gustavo tendo maior cara de hetero, faça o favor neh...
#CONTINUA
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O Amor mora ao lado?
RomanceUm típica história adolescente que retrata um pouco da realidade do jovem homossexual e suas dificuldades, conflitos psicológicos e muitos temas que abrangem toda a juventude dessa comunidade.