"Estava andando por um corredor escuro, não conseguia ver muita coisa, parecia que era um esgoto, podia ouvir água caindo em algum lugar, sem falar nos gemidos dos ratos que me apavoravam, adentrei mais a afundo naquele corredor, quando comecei a ouvir passadas rápidas e ferozes vindo em minha direção e junto com elas a luz se movia e num ato involuntário minhas pernas começaram uma corrida frenética tentando escapar a todo custo, até o momento não sabia o porquê daquilo, então veio da luz emergiam vozes em uníssono, SUA ABERRAÇÃO!!!, VOCÊ VAI MORRER!!!, VOCÊ NÃO MERECE A VIDA!!!, SEU GAY!!!. Então eu vi diante do meu maior medo, a repulsa que a sociedade tem como pessoas como eu, só conseguia correr e correr até ser encurralado por todos os lados e todas aquelas pessoas avançarem sobre mim, até minha família, e quando já não havia mais esperanças uma luz branca pairou na minha visão..."
Acordei atordoado, sim foi um sonho, um horrível e desprezível sonho, era raro eu sonhar e de um tempo pra cá quando sonho são coisas desse tipo, tem me tirado um pouco de sono, mas nada como algumas horas de música para esquecer e engrenar na vida de novo, levantei e olhei o relógio eram 5h02, estava suado e sabia que não iria mais conseguir dormir, foi tomar um banho bem demorado e relaxante para esquecer aquele pesadelo, sai e vesti somente uma cueca box vinho e uma calça jeans apertada e foi para cozinha preparar um café.
*ALGUM TEPO DEPOIS*
Estava na mesa sentado tomando café sozinho, já eram umas 6h30, quando minha sai ainda de pijama na porta que dava acesso da sala para cozinha.
- Já está acordado... E melhor já fez café, que a que santo devo agradecer hoje em Max? – ela disse contendo uma risada.
- Tive um pesadelo e não consegui mais dormi – olhei serio pra ela dando uma mordida num sanduiche que havia feito.
- Nossa que mal – ela disse se arrependendo do que havia falado, ela sabia que meus pesadelos me tiravam o sono, mas nunca contei o conteúdo deles por medo.
Assim que terminei de comer subi ao quarto preparei algumas coisas para ir para escola, vesti minha farda, peguei um moletom, meus fones e minha mochila, olhei o relógio.
- Sete horas, hora de ir – desci as escadas, colocando um lado do fone e me deparei com minha mãe na porta me esperando.
- Boa aula filho, não tá esquecendo nada não?- falou em sinal para eu lembrar-me de algo, que claro me escapou.
- Já peguei tudo, acho que não, só do seu beijo – me aproximei e dei um beijo no seu rosto – Já vou indo...
- Humm bonitinho... Esqueceu que você disse que acompanharia o filho da vizinha, já que ele é novato? – cara que merda, fiquei tão atordoado com meu pesadelo que esqueci do vizinho gato – Passe na casa deles e o leve, faça esse favor para sua mãe...
- Nossa tinha me esquecido... Desculpa, mas não intendo esse seu interesse que eu tanto ajude esse garoto que nem conheço... – a olhei serio e ela deu um sorriso para disfarçar.
- Só para ser gentil com os novos vizinhos meu filinho – tá não queria mais saber só sai andando e logo ela fechou a porta e eu fui bater na porta dos novos vizinhos.
Bati na porta umas duas vezes até ela ser aberta e quem abriu foi a dona Bia.
- Bom dia Max, o Gustavo tá terminando de se arrumar, espera um pouquinho por favor, enquanto isso entre..
- Não estou bem, espero aqui – olhei o relógio 7h10, vou me atrasar logo no primeiro dia de aula, se bem que meu atrasar quer dizer que vou ficar sem um tempinho pra jogar conversa fora com meus amigos.
- GUSTAVO ANDA LOGO O MAX JÁ ESTA AQUI – ele o alertou para vim logo.
- Pronto vamos – ele passou por ela se despedindo e saindo na minha frente e só o acompanhei até ficar ao seu lado indo em direção à escola.
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O Amor mora ao lado?
RomantizmUm típica história adolescente que retrata um pouco da realidade do jovem homossexual e suas dificuldades, conflitos psicológicos e muitos temas que abrangem toda a juventude dessa comunidade.