Los Angeles. O lugar onde sonhei morar, agora é a minha realidade. Lembro do dia em que cheguei como se fosse ontem, toda aquela animação quando o avião pousou em LAX, quando conheci a família com quem ficaria... Deu tudo tão certo que achei que não era real.
Faz três meses desde que cheguei aqui, meu sonho de vir para Los Angeles não foi ao acaso, quero me tornar atriz e cantora de sucesso. Para isso ingressei na UCLA, Universidade da Califórnia em Los Angeles.
Infelizmente, vou ficar aqui apenas dois anos. Os Beckett, a família com quem moro, são adoráveis, desde que os conheci sempre me senti confortável, é como se eu estivesse em casa. Os pais, Lauren e John Beckett, têm uma filha da minha idade que se chama Brenda, sinto como se a conhecesse a vida inteira pelo modo como ficamos tão próximas, ela com toda a certeza é uma das minhas melhores amigas.
- Cassandra! – alguém chamou. – Cassandra!
Dei um pulinho e vi que o gerente estava me chamando.
- Tem uma fila enorme lá na frente, vê se coloca logo o uniforme e vai lá! – disse George, um homem gordo, baixo e carrancudo, mas muito amável. Apesar de ficar um pouco nervoso quando o lugar começa a lotar.
Comecei a trabalhar como balconista em um café há duas semanas. Eu gosto, mas ás vezes é um pouco puxado... Na verdade, quase sempre, pois o café normalmente está lotado. Eu trabalho no turno da tarde até fechar a noite, mas apenas de segunda a quinta. Nos finais de semana muda os funcionários. É, eu também não entendi. Temos dois tipos de funcionários. As garçonetes e garçons, que se o cliente se sentar, anota o pedido e os servem, e os balconistas, que são apenas eu e Nataniel. Nós ficamos no caixa e atendemos os pedidos para viagem. Ou seja, se precisarmos fazer um café, nós fazemos, pois as maquinas ficam junto conosco, além das que ficam na cozinha. Normalmente nos dividimos entre um ficar no caixa e pegar a comida que o cliente escolheu (se ele escolheu) e o outro faz os pedidos de café e coisas do tipo. Bom, pelo menos temos apenas salgados como comida, então não dá muito trabalho.
Terminei de colocar o avental e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo. Dei uma corridinha e já pude ouvir o burburinho. Quando cheguei Nataniel estava meio atordoado e me olhou com alívio, logo me passou vários pedidos enquanto ele cuidava do caixa e dos salgados.
Com agilidade, consegui fazer todos sem demorar muito. Acabei criando prática, pois o café normalmente está lotado.
Depois de algumas horas, o pique passou. Tinha apenas cinco pessoas comendo e bebericando seus cafés nas mesas e duas na fila. Olhei o relógio, seis da tarde. Fechamos às sete e meia. Atendi as duas pessoas e Nataniel fez os pedidos.
- Preciso muito ir ao banheiro. – ele disse para mim com uma cara de quem estava com problemas no estômago. Ri e falei que eu cuidava de tudo aqui.
Passaram-se alguns minutos e só restavam duas pessoas. A música na rádio estava em um volume agradável para o café, não estava muito alta, mas também não estava baixa. Comecei a lavar alguns pratos e ouvi começar Sorry do Justin Bieber e como eu quase não gosto dele... Sem perceber já estava cantarolando a música enquanto arrumava alguns copos de café. Até que ouvi alguém pigarrear. Dei um salto e olhei para o balcão do caixa.
- M-me desculpe, não vi o senhor. – falei atrapalhada sem nem ver a pessoa direito e deixei a pilha que estava organizando, parei-me na frente do homem. – O que o senhor deseja?
Estava com meu bloquinho em mãos e esperei pela resposta.
- Você tem a voz muito bonita. – falou, em vez de me dizer o seu pedido.
- Ahm... – murmurei envergonhada e tenho certeza que, mesmo eu sendo morena, eu fiquei vermelha. – Obrigada, mas... Ahm... Não era para ninguém ter ouvido e... O senhor já decidiu?
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Who would believe it? [H.S]
Fanfic"- Cassie. - sussurrou meu nome, levantando meu queixo com sua mão. - A gente não escolhe por quem se apaixona. Se algo tem o direito de escolher, é o coração. E se esse for o caso, o meu te escolheu. Eu sinto isso e não posso mudar, o que eu posso...