Who would believe it? [H.S]

[ 58 ]

- Mas isso não faz sentido, Amy! – exclamei devolvendo-lhe o celular, depois de ler umas 10 vezes o artigo.

- Você já falou com o Harry? – perguntou, preocupada.

- Não. – respondi, sentindo-me perdida. – Sinceramente? Tenho medo de que ele não acredite em mim.

- Ele vai, Cassie. – confortou-me a loira. – Ele te conhece, sabe que não faria algo do tipo.

Suspiro com pesar, vestindo o uniforme e pegando o celular.

Eu: Não fui eu, nos falamos quando sair do trabalho? Me desculpe.

Enviei para Harry com um link do site que vi, mesmo sendo tantos, ele vai entender. Espero que entenda.

Minha cabeça está a mil, não sei porque isso aconteceu, mas um palpite seria para ganhar ibope as custas de Harry. Suspirei enquanto arrumava alguns copos. É incrível como algumas pessoas sempre querem tirar vantagem de alguma história, mesmo que não tenha nenhum fundo de verdade nela, para prejudicar ou apenas para ganhar lucro com isso.

Mesmo que eles estejam certos sobre nosso encontro, nada ali é tão pessoal que não poderia ser deduzido por qualquer um. O ponto é que, apenas olhando uma foto nossa do dia, é fácil ficar brincando de adivinha e dizer que era um encontro, que foi romântico e etc.

Reviro os olhos frustrada. Nem ousei olhar minhas redes sociais porque tenho certeza que vai estar uma zona de guerra.

A tarde passou tão lenta quanto uma lesma se arrastando no chão. Quanto mais eu olhava para o relógio, menos tempo havia passado, mas finalmente chegou a hora de ir embora.

- Tchau, Cassie. – disse Amy com um sorriso reconfortante. – Vai ficar tudo bem, você vai ver.

- Tchau, obrigada Amy. – sorri fraco, saindo do café.

No lado de fora, soltei um resmungo cansado.

- Oi. – ouvi alguém dizer, me fazendo pular de susto.

- Harry! – exclamei, surpresa. – O que... Ah, você deve ter vindo por causa das notícias... Eu... É, você sabe que...

- Cassie. – ele me interrompe sorrindo, o que me faz relaxar um pouco. – Está tudo bem, eu sei que não é sua culpa. – continuou me abraçando e depositando um beijo em minha cabeça.

- Fiquei preocupada. – confesso, abraçando-o de volta.

- Você já comeu? – perguntou, se afastando. Balancei a cabeça, negando. – Quer comer algo?

- Tem certeza? – olhei em volta, incerta.

- Tenho, não vamos nos esconder por conta de falsos boatos. – retrucou, dando um peteleco no meu nariz. – Você está bem com tudo isso?

- Ainda não vi os comentários. – falei, andando ao seu lado. – Não estou preparada psicologicamente.

- Vai ser tranqüilo, já me pronunciei. – disse, piscando um olho para mim.

- Harry! – reclamei, mas acabei rindo. – Você nunca fala da tua vida amorosa e do nada fica assim? Aí mesmo que todo mundo vai cair em cima.

- Ah, não reclama. – mostrou a língua. – Eu gosto de você, o que tem com isso?

Olhei para o chão, completamente desarmada. Não é a primeira vez que nós conversamos ou falamos abertamente sobre nós, mas ouvi-lo dizer que tem sentimentos por mim na minha cara, é um afago no coração.