Um homem humilde,com suas mãos calejadas, tinha seu rosto envelhecido pela ação castigante do sol do nordeste, Embora sendo novo,mas não tão novo. Apenas uma coisa era certa,ele era muito trabalhador, fazia bem no que trabalhava manejava bem um facão. Ele era um cortador de cana. Sua labuta começava ainda na penumbra da noite, onde se juntavam ele e outros companheiros num ônibus juntos com suas boias frias, e eram deixados num grande canavial. Que geralmente tinha sido devorado pelas chamas no dia anterior. Costume das usinas da região nordeste queimar a cana antes de corta-la.
O cenário muitas veses, não era muito agradável aos olhos de quem não tinha costume. Animais consumidos pelo fogo muitas veses com expressões de medo, com certesa teriam feito de tudo para escapar daquele inferno na terra, mas certamente se viram cercados pelas labaredas.
Seria mais um dia normal para esse trabalhador esforçado, se não fosse dele ter ouvido uma conversa entre o caminhoneiro e o encarregado do corte de cana. Onde ele ouvira dizer que parte daquela cana seria desviada, como de costume para outro fornecedor, para aumentar a produção do outro fornecedor. Situação corriqueira por essas bandas. Assustados ao perceber o boia fria, tentaram desconversar, mas eles sabiam por conhecer de muito tempo o cortador de cana, que era um homem correto, que ele seria um problema para seus negócios. Pois sabiam que se fosse questinado, ele diria oque ouvira. E foi aí que bolaram um plano para se livrar daquele problema.
Ao término daquele dia de trabalho, o encarregado chamou o boia fria e perguntou se ele queria ganhar um dinheiro a mais, disse que precisava dele para acender um outro canavial naquela noite, e por necessidade,pois aquele trabalho de má remuneração o forçava a aceitar outros servissos, confirmou sua presença sem desconfiar das verdadeiras intenções do incarregado. Na hora marcada por volta das 20:00h, no meio de um canavial, a única luz que se via era apenas o farol de um caminhão. onde só se encontrava ele, o caminhoneiro e o encarregado. parece ser simples, mas não é, o queimar de um canavial, pois exige um planejamento,o fogo não tem controle, e o vento pode o lançar para qualquer direção. E em canaviais que não estão prontos para queimada pode-se perder uma plantação inteira. O encarregado e o caminhoneiro sabiam bem disso, e aquele ponto escolhido não foi por acaso. Ficou combinado então assim: boia fria ficaria ali, e eles iriam para outro ponto, para acender simultaneamente o fogo ao tocar da bosina do caminhão, e ele queimaria de fora para dentro. E assim se despediram.
Daí em diante só se ouvia os grilos. O tempo se passava e ele não ouvia a bosina do caminhão. Algo em seu interior dizia que aquilo estava errado. De repente ele ouviu um barulho, mas não era a bozina do caminhão, era o estalar das folhas das canas sendo queimadas pelo fogo.-O fogo é algo destridor ligeiro consome tudo a sua frente rapidamente.- Por uma fração de segundos, veio a sua mente a imagem daqueles animais que via no meio daquele canavial, queimados, pois o seu olhar era de medo. Tentou correr,mas já era tarde demais o fogo o cercara. Ao longe, só se via as labaredas das canas, e se ouvia o estalar das folhas queimando.
Ao amanhcer, certos de que seu trabalho estava feito, o caminhoneiro e o encarregado seguiram a buscar os boias frias para levar para o canavial, como mais um dia de trabalho. Tinham certesa de que um dos outros cortadores de cana acharia o corpo. Iria se criar uma história e seu problema estaria resolvido. As horas foram se passando, e as canas que se encontravam de pé queimadas, aos poucos eram cortadas e deitadas em grandes leirões para que as máquinas as pegassem e as colocassem dentro dos tremenhões, para serem tranportadas para as usinas. Com os olhos fixos no canavial, a espera de que alguém gritasse ou alarmasse que tinha achado o corpo, nada se ouvira mas algo chamou a atenção do encarregado. No meio daquele cenário, meio cinza, meio negro das canas queimadas, bem no meio, havia um circulo de cana verde, parecia que o fogo não tinha nem passado perto, mas tudo ao redor estava qeimado. Como de costume os outros boias frias não cortaram essa parte por estar verde. Intrigados o encarregado e o caminhoneiro olhavam um para o outro. Eles marcaram para que as 20:00 horas se encontrassem ali. Poderia ser que o corpo do cortador de cana estivesse no meio daquele circulo, talves ele não tivesse sido queimado e sim asfixiado, mas eles terminariam o servisso de todo jeito. Procurariam o corpo queimariam aquele circulo.Outra ves naquele local só se viam os faróis do caminhão, os dois adentraram naquelas canas verdes, caminharam por entre eleas por alguns minútos mas nada encontraram. Quando de repente, lhes surgiu aos olhos um homem em chamas com um facão reluzente na mão. Seus olhos congelaram ao fitar aquela figura que se aproximava deles. Ficaram sem reação. Tentaram correr para sair daquele pequeno circulo de cana e chegar ao caminhão mais quanto mais eles corriam mais canas apareciam a sua frente, era como se tivesse tornado um grande labirinto. E numa dessas curvas no meio da cana
Se depararam com esse homem em chamas e seu facão que num só golpe atingiu os dois, o golpe não os cortou, mais onde o facão passou se ascendeu uma labareda de fogo que daquele ponto consumiu os seus corpos.No outro dia como de costume os boias frias estavam na praça, ainda abalados pelo desaparacimento de seu companheiro de corte de cana, mas também agóra por naquele dia não ter aparecido nem o encarregado nem o caminhoneiro para os levar para mais um dia de labuta. Um dos boias frias disse ter visto o caminhão no meio do canavial, pois era o caminho de sua casa, então todos correram para lá ao chegarem no caminhão encotraram os faróis acesos que apontavam justamente para aquele circulo de cana. Correram para lá e ao chegarem viram aquela expresão que todos já eram acostumados a ver, mas não em homens, os corpos consumidos pelo fogo e uma expressão de medo nos olhos. Mas o curioso, era que não havia nenhuma palha sequer queimada naquele circulo, apenas os dois corpos. Em cima dos corpos um caderno, onde tinha todo o esquema do desvio de cana, e a última folha deste caderno narrava a história que agóra vos conto. Dis a lenda, que durante a noite, geralmente as 20:00 horas é visto um homem todo em chamas com um facão reluzente nas mãos andando pelo meio dos canavias, junrando vingança aos injustos e protegendo todos os cortadores de cana.
Galera. Mil perdões pelo atraso. Meu pai anda trabalhando muito. Espero que esse capitulo compense o tempo perdido. E por favor não esqueção de votar e comentar.
Bjjs. ;)
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Contos Urbanos
Short StoryOque eu gosto nos contos, é que eles não são longos e chatos. E sempre deixam um gostinho de quero mais... principalmente os feitos pelo meu próprio pai. Embarque você também nessas aventuras tenebrosas. Garanto que vai gostar.