Capítulo 22 - Shorts Vermelhos

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18 de Julho de 2015

Sábado


Ted está na minha frente, ajoelhado com um buquê de rosas estendidas para mim. Ele sorri, o sorriso que me alegrava todos os dias de minha vida e me dava sentindo para viver. Para seguir em frente. Aqueles olhos que eu sempre via todas as manhãs quando ele mandava uma imagem, aquela boca maravilhosa que sorria para mim com os dentes perfeitos, aquele cabelo bagunçado que enlouquecia a minha mente e me levava a pontos extremos de amor. Sim, apesar de tudo o que aconteceu eu ainda amo Ted, mas será que ele me ama assim também? Será que a relação que ele teve com Marta mudou seus sentimentos por mim? Minha cara entristece e eu vou me afastando. Ele fica confuso, com uma cara de dúvida, mas eu apenas corro e corro, sem olhar para trás. Às vezes devemos deixar pessoas que amamos para trás para podermos seguir em frente. Tropeço e caio. Antes que eu bata no chão, alguém me segura, e do nada eu estou em um hall enorme cheio de pessoas com trajes de gala, dançando ao som de uma música clássica. Quem me segurou foi Will. Ele não diz nada, só me ergue e começa a dançar, me levando juntamente com ele. Will parecia um guerreiro medieval na comemoração da casa do rei. Seu traje era antiquado, mas caía incrivelmente bem no seu corpo, destacando os músculos e as definições. Os olhos de Will me encaram, com aquele calor que tira minha alma das profundezas da solidão gelada, e seu sorriso me leva a loucura. Qual é a do sorriso dessa gente de Mato Grosso? Questiono-me silenciosamente. Ele faz um último passo e me roda, soltando-me e eu giro até que eu não esteja mais naquele belíssimo hall e sim num lugar escuro, com poucas luzes coloridas, barulhento e com muita gente. Devia ser algum tipo de balada, não sei. Como eu fui parar ali também não faço a menor ideia, mas eu estava ali e a única coisa que eu deveria fazer era aproveitar. Eu dancei pouco porque logo avistei Sanny chegando de mãos dadas com outro menino. Não entendi imediatamente até lembrar que ele era gay e blá blá blá... Fodas. Eles começaram a se pegar ali na minha frente até que eu tomei coragem e comecei a beijar os dois ao mesmo tempo. Hum, até que beijo triplo não é tão ruim assim. E eu beijei até acabar na cama com os dois. Acho que eu estava bêbada porque tudo estava girando e tremendo. Eu levantei e saí apenas com as roupas de baixo. Quando abri a porta, saí num jardim. Não sei como eu fui parar ali, e parecia que eu não estava mais bêbada. Sentado debaixo da sombra de uma árvore estava Nathan, com um piquenique bem arrumado ao seu lado. Eu fui até lá sem hesitar e sentei ao teu lado, abraçando-o e saboreando aquele maravilhoso dia. Podia ser assim para sempre, mas porque tem que ter todos esses problemas da vida? Nathan olhou para mim, abriu a boca e disse:

- Acorde. – e logo depois disso eu mergulhei em uma escuridão profunda até acordar na cama de casal do quarto do hotel, com minha roupa grudada no corpo devido ao suor.


12:00AM Los Angeles

O refeitório do hotel se abre e as pessoas começam a entrar. Elas falam seus nomes para a recepcionista, que olha na lista e da a eles um prato, garfo e faca. A porta é de vidro, com corrediças metálicas perfeitamente limpas. O interior do restaurante era magnífico e enorme. Grandes lustres de cristal pendiam no teto de 10 metros de altura, as pilastras que sustentavam o interior tinham decorações de guerras medievais e pinturas renascentistas e as mesas era de madeira muito bem cuidada, já que estava brilhando, e cada mesa vinha com seis cadeiras, três de cada lado. Essas cadeiras estavam dispostas em um círculo nos cantos, ao lado das janelas, e no meio havia diversas mesas de mármore branco com diversas panelas sofisticadas de comida. Pelo cheio e pela imagem, parecia estar uma delícia.

Com meu prato, fui pegando um pouco de cada coisa que havia lá. Arroz, feijão, carne, batata, macarrão, salada, maionese, molhos e outras coisas. Uma carne de peixe e uma de porco. Se eu pegasse uma carne de cada eu não iria aguentar comer, então peguei só o necessário e sentei na mesa junto com Carlos e Judy e Caio e Zoe sentaram em uma atrás de nós. Eu comecei a comer sem olhar para os dois.

Lara Apaixonada...Onde histórias criam vida. Descubra agora