Minha Existência

Posso eu?

Às vezes penso sentado na beira do cais...
O que seria do mundo se eu não existisse mais?
O mundo é relativo ou os mundos por assim dizer,
As vezes me impressiono com o que alguns poucos conseguem fazer...

Será eu diferente disso?
Será eu especial?
Cairiam impérios por mim?
Ergueriam se estátuas em minha homenagem?
Ou sequer se lembrariam do meu nome no mais improvável ímpeto da morte?

Não lhes pese uma lembrança invertida,
Pois é a única certeza de que tenho na vida.
Quero ser importante, quero fazer a diferença!
Sou jovem, não subestimes minha crença!
Tenho a esperança que move o mundo,
Tenho de todo o necessário para uma união.
Uma união de pessoas
Numa união de sentimentos afáveis um com os outros...

Se importas a alguém meu pensamento,
Diga-me! Pois sou feita de papel...
Um papel onde pinto minha imagem,
Cores alegres e quentes, bela figura... Quem diria?
Não julgues um livro pela capa,
Tenhas paciência! Instigue-me com cuidado.
Tome conhecimento do real impressionismo...
Não é belo porém chocante!
Há de você gostar de fortes emoções?

Novamente pergunto,
Faço parte deste mundo? Ou ele faz parte de mim?
Nenhum nem outro...
Não pertenço a este lugar, um vácuo tão frio e vazio...
O que há de errado comigo?
Não estou só me disseram algumas vezes... Proves então!

É bela a teoria, porém vejo na prática algo mais eficaz!
Afim de cessar minhas enfermidades... Posso eu?
Posso eu questionar minha solidão?
Tenho tal direito?
De culpar o destino do que por acaso não foi de minha culpa?

Males atraem males...
Prove meu anjo, meu guia aonde estiver...
Prove o meu propósito nessa selva que chamamos de Terra.
Faça me ver cores antes vistas tão pouco...
Mude-me o pensamento,
Traga de volta AQUELA luz no fim do túnel...
Cure meus olhos do que me recuso ver,
Traga-me o antídoto antes que venha a adoecer,
Traga de volta! Cure-me de vez, faça-me seu mundo...
O Mundo o qual não lhe caberá abandonar ou esquecer...