Você já sentiu?

54 6 4
                                    

Você já se sentiu de forma tão vazia?
Já sentiu a incompletude permutando o peito?
Ou talvez a falsa calidez da heresia,
Que percorre o corpo mesmo no repouso em mais tenro leito?

Já sentiu quando o sangue lhe sobe a cabeça,
E a tua alma é refletida através de olhos melancólicos apenas?
Olhos tais que perscrutam o inconsciente, independentes de que a própria sanidade esvaeça.
Há de soar assustador, eu sei, mas desse mundo ainda há quem entendas,
Não em poderosos deuses se encontra a solução
Mas sim da mente dos ociosos de papel e caneta na mão!
Daquele sujeito sem rimas, sem fala, sem nexo, sem nada,
Daquele que brinca de poeta inda que regado em terreno amargo e se faz dono dos mais belos versos de amor!

Pois então,
Acalenta-te do teu vazio, se prenda a efluência...
Porque da dor e do sofrimento se encontra a beleza!
Não aquela que admira a todos a todo momento,
Mas da beleza rara, profunda e especialmente espiritual,
Da escrita que cura cicatrizes,
Da musa inspiradora que renova, e lhe faz finalmente enxergar
Que o vazio ocupa um espaço imenso!
E dele se faz necessário!

De meu vazio faço poesia,
E da poesia vem alegria.
Se o poema sai vazio...
Não mais crio ó tu poesia!
Da alma que me curou,
Do espírito que transformou
A ti juro fidelidade
De jamais cair i'mobilidade

Minha ExistênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora