Prólogo.

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Danger.






—Suas últimas palavras? —Perguntei já engatilhando minha arma e mirando na cabeça daquele ser nojento.

Estava fazendo mais um dos meus serviços para Mitchell, serviços que eu adorava fazer.

—Por favor, me deixa viver, eu faço diferente…

—Péssima escolha de palavras.

Apertei o gatilho e atirei, me mantive firme, com as mãos paradas no ar.

—Vamos, Grande, logo os caras do Sean vão baixar aqui, e se pegarem a gente, estamos mortos. —Disse Austin de maneira firme.

Sem esperar muito fiquei fitando o velho morto em minha frente, era um traficantizinho de merda, quinta categoria, não era importante para Mitchell, apenas estava vendendo drogas na parte errada no Canadá, na parte dele.

 Coloquei a arma em minha cintura e caminhei até a porta daquele lugar pequeno e fétido juntamente com Austin. Fomos até a van preta onde vários dos homens de Mitchell nos esperavam, e também alguns de nosso amigos,  ao adentrar lá lancei um sorriso gentil para eles e vi Alex rir. Alex não era exatamente o tipo de garoto que mexia diretamente com o que nós mexíamos, mortes roubos e espionagem e esse tipo de coisas, ele era meio que o cabeça da ação.

—Do que está rindo Constâncio? —Perguntei um pouco curiosa.

—É engraçado, você toda pequena e meiga, fazendo essas coisas.

O motorista arrancou o carro e saiu cantando pneu, chance perfeita. Me ajoelhei no banco e tirei minha arma da cintura a engatilhando e mirando diretamente na cabeça de Alex.

—Você é um merdinha, se fosse um homem você não reclamaria. —Falo rápido tentando manter meu corpo imóvel já que o carro se mexia rapidamente.

Um “Ow” e risadas foram ouvidas de todos os homens, todos ali me conheciam bem e ninguém mexia comigo por isso.

—Ow, ow ow, Calma aí Ariana, eu não quis ofender, abaixa esse treco! —Exclamou levantando as mãos em sinal de rendimento.

Então eu apertei o gatilho. Foi engraçado ver a cara dele, mas a arma não estava carregada.

—Porra Ariana, quer matar o garoto de susto? Relaxa cara, ela sabia que não estava carregada. —Disse Austin dando tapinhas no ombro de Alex tentado o acalmar.

—Não sabia não! —Exclamei.

Eu sabia, mas ele não precisavam saber.

O carro parou bruscamente e quando olhei para fora já estávamos em frente à mansão de Mitchell. Saímos do carro e então eu fui correndo até o portão passando por dois seguranças na frente, logo estava adentrando a casa e indo até a parte dos fundos, la tinha um enorme corredor que levava ate uma porta de mogno puro, então bati na porta e ouvi um “Entre”.

Quando entro sinto um cheiro enorme de maconha invadindo minhas narinas, e lá estava ele, o grande e velho Mitchell.

—Pai, foi incrível! Chegamos lá e pegamos ele, eu mirei bem na cabeça e estourei os miolos dele. —Falei enquanto gesticulava com as mãos me aproximando da mesa no centro da sala.

Mitchell não era exatamente meu pai, ele era meu padrinho, meu segundo pai, meu pai de verdade morreu em um tiroteio, Sean o matou, e eu mataria ele.  Mitch ergueu uma das suas mãos e eu parei de falar, ele tirou de sua boca o baseado que estava fumando e colocou no cinzeiro.

Danger. [Jariana]Onde histórias criam vida. Descubra agora