Reencontro

Capítulo 19

Enfim o momento esperado...

Alice fecha os olhos e abre os lábios enquanto William passa os dedos por toda a extensão dos braços dela, em gestos lentos e suave. William beija o pescoço, o rosto, as pálpebras dela, e  Alice sente a umidade de sua boca em todos os lugares que seus lábios tinham tocado. Ela segura a mão de William e a conduz para seus seios, e na garganta dela brota um gemido quando ele os toca delicadamente através do fino tecido da camisa.
O mundo parecia feito de sonhos quando Alice se desvencilhou dele, com o rosto esbraseado pela luz do fogo. Sem dizer uma palavra, Alice começa a desabotoar a camisa dele, de cima para baixo, ele a observa e escuta sua respiração. A cada botão aberto, William sente os dedos dela roçando-lhe a pele, ela abre um sorriso terno quando por fim acabou. Ele sente as mãos dela deslizar por dentro, tocando-o com a maior delicadeza possível, e deixou que as mãos dela explorassem seu corpo. William estava quente, e Alice passa as mãos pelo peito ligeiramente úmido... Inclinando-se, Alice beija bem devagar o pescoço de William enquanto tira sua camisa pelos ombros, prendendo os braços dele  atrás das costas. Alice levanta a cabeça e deixa que William a beijasse enquanto mexia os ombros para se livrar das mangas da camisa.

E então é a vez dele de tocá-la, com movimentos vagarosos. William ergue os braços de Alice e tira a camisa que ela estava usando, depois de passar lentamente os dedos pela barriga dela. Alice perde o ar quando William abaixa a cabeça e a beija entre os seios  e vai subindo lentamente com a língua até o pescoço. As mãos dele acariciam suavemente as costas, os braços e os ombros dela. Alice sente seus corpos quentes encostados um no outro, pele com pele. William beija o pescoço de Alice mordiscando devagarinho enquanto ela erguia os quadris para deixar que ele tirasse a parte de baixo. Alice procura o botão do jeans e abre e vê que ele faz a mesma coisa. Foi quase em câmara lenta que seus corpos finalmente se uniram, ambos trêmulos com a lembrança do que outrora tinham compartilhado.
William roça a língua pelo pescoço de Alice ao passo que suas mãos deslizam pela pele quente e macia dos seios, descendo pela barriga, pelo umbigo, e subindo de novo. Estava impressionado pela beleza de Alice. Seus cabelos brilhantes capturavam a luz e a refletiam. A pele dela era bela e macia, quase incandescente à luz da lareira. William sentiu as mãos de Alice nas suas costas, chamando-o.
Eles se deitam junto a lareira, por causa do calor o ar parecia espesso. As costas de Alice se arquearam ligeiramente quando William, em um movimento fluido, ficou por cima dela, com as mãos apoiadas no chão, os joelhos na altura dos quadris dela. Alice levanta a cabeça e beija o queixo e o pescoço dele, com a respiração ofegante, lambeu os ombros de William, e sente o gosto do suor  que pairava sobre sua pele. Alice enterra as mãos nos cabelos dele enquanto William se mantém por cima dela, os músculos dos braços duros pelo esforço. Franzindo a testa com uma expressão tentadora, Alice puxá-o para mais perto, mas William resiste, se abaixa e esfrega de leve seu peito contra o dela, Alice sente o próprio corpo reagir de expectativa. William repete o movimento várias vezes, bem devagar, movendo-se por cima e beijando cada centímetro do corpo de Alice, escutando os gemidos e soluços baixinho que ela dava.
E assim William continuou até Alice não aguentar mais.
Quando os dois por fim se tornam apenas um, Alice solta um grito agudo e enterra as unhas nas costas dele. Esconde o rosto no pescoço dele e sente que William entra bem fundo, sente a força e a delicadeza dele, sente os músculos e a alma de William. Alice se move ritmadamente contra ele, permitindo que William tomasse conta do corpo dela e o levasse para onde quisesse, para o lugar onde ela devia estar.
Alice abre os olhos e olha para William à luz da lareira, maravilhada com a beleza dele movendo-se por cima dela. Vê o corpo dele brilhando com suor cristalino e vê que gotas escorriam pelo peito de William e caíam sobre ela como a chuva lá fora. E a cada gota, a cada respiração, sente que todas as responsabilidades, todas as facetas da sua vida ia desaparecendo.
Os corpos dos dois refletiam tudo que era dado, tudo que era tomado, e Alice é recompensada com uma sensação que sequer sabia que existia. Sensação que continuou repetidas vezes, tinindo pelo seu corpo e aquecido antes finalmente se apaziguar.. Alice luta para recobrar o ar enquanto treme sob o  corpo de William. Mas no momento em que a sensação acaba, outra teve início, em longas sequências, uma logo após a  outra. Quando a chuva cessa e o sol se põe, o corpo de Alice estava exausto, mas nem um pouco disposto a dar um basta ao prazer de ambos.

William e Alice passam resto do dia nos braços um do outro, ora fazendo amor junto a lareira, ora abraçados contemplado as chamas se enrolarem na madeira. Às vezes, William se declarava enquanto Alice ficava deitada ao lado dele, escutando de olhos fechados. Depois, quando estavam prontos, juntaram-se de novo e ele murmurava palavras de amor entre beijos, um passando os braços em volta do outro.
E assim continuaram noite adentro, compensando os anos de separação, por fim dormiram nos braços um do outro. De vez em quando William acordava e olhava para Alice, para o corpo cansado e radiante dela, e sentia como se de repente tudo tivesse ficado certo neste mundo.
E numa dessas vezes, quando William estava olhando para Alice nos momentos que antecedia o amanhecer, os olhos dela se abriram, ela sorri e estende o braço para tocar o rosto dele. Com delicadeza, William pousa os dedos sobre os lábios de Alice, proibindo-a de falar, e durante um longo tempo apenas se entreolharam.
Quando conseguiu vencer o nó que tinha se formado em sua garganta William sussurra: - Você é a resposta para todas as minhas orações. Você é uma canção, um sonho, um murmúrio, e não sei como consegui viver sem você durante tanto tempo. Eu amo você, Alice, mais do que você é capaz de imaginar. Sempre te amei  e sempre vou te amar.
- Oh William - diz Alice o puxando para perto e o beijando. Ela o queria, precisava dele agora mais do que nunca, mais do que qualquer outra coisa, mais do que tudo.

- Eu adorei cada momento que passei com você e sua lembrança foi o que me deu força pra seguir em frente, pra aguentar esse tempo que fiquei longe de você, mas quero ter você comigo, assim pro resto da vida. Ter você nos meus braços e saber que não é um sonho e que estamos juntos e não precisamos de mais nada. - completa William.