Capítulo 16

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Chegaram à doca minutos depois, e William aproximou-se bastante para facilitar a descida dela. Ele ajudou Alice a sair, e depois arrastou a canoa margem adentro, longe o bastante para que não fosse tragada pelas águas. Uma vez que, a essa altura, já sabia que um minuto a mais, um minuto a menos debaixo de chuva já não fazia muita diferença, William ainda demorou-se um pouco amarrando a canoa à doca.

Quando estava prendendo a canoa, William ergueu os olhos para ver Alice e perdeu o ar por um segundo. Ela estava de pé, olhando para ele, incrívelmente bonita e completamente à vontade debaixo da chuva. Estava esperando por ele, sem tentar fugir nem se abrigar do aguaceiro. Ele pode ver o contorno dos seios dela querendo rasgar o tecido do vestido colado ao corpo. A chuva que caia não estava fria, mas mesmo assim William pode ver os mamilos rígidos e protuberantes duros como pequenas pedras. Ele ficou excitado e rapidamente virou o corpo, embaraçado, resmungando alguma coisa consigo mesmo, contente que a chuva tenha abafado qualquer som. Quando acabou e se pôs de pé, Alice segurou sua mão, gesto que o surpreendeu. Apesar da chuva pesada, caminharam sem pressa na direção da casa. William imaginou como seria passar a noite com ela.
Alice também estava pensando na mesma coisa. O calor da mão dele fez com que ela se perguntasse como seria ter aquelas mãos tocando seu corpo, sentindo-se da cabeça aos pés, demorando-se lentamente sobre a sua pele. Só de imaginar isso Alice teve de respirar fundo, sentiu seus mamilos tinindo e um calor novo entre as pernas.

Então Alice se deu conta de que alguma coisa tinha mudado desde que chegou em Nova Esperança

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Então Alice se deu conta de que alguma coisa tinha mudado desde que chegou em Nova Esperança. E embora não soubesse identificar com precisão em que momento exato isso aconteceu - na véspera, depois do jantar, ao longo da tarde na canoa, ou talvez só agora, enquanto caminhavam de mãos dadas - Alice sabia que tinha se apaixonado outra vez por William, e que talvez, nunca tivesse deixado de estar apaixonada por ele.
Quando chegaram à porta e entraram na casa, não havia sinal algum de inquietação ou mal-estar entre eles.
- Você trouxe uma troca de roupa? Alice fez que não com a cabeça, ainda sentido o jorro de emoções em seu intimo, e perguntando a si mesma se isso era visível em seu rosto.
- Acho que posso ver se arranjo alguma coisa para você, assim se livra desse roupa molhada. Talvez seja um pouco grande, mas pelo menos é quente.
- Qualquer coisa serve - diz Alice.
- Volto em um segundo.
William subiu correndo as escadas, e um minuto depois reapareceu, trazendo debaixo de um dos braços um par de calças de algodão e uma camisa, e do outro, calça jeans e uma camisa azul.
- Aqui - William diz, passando a Alice as calças de algodão e a camisa - Pode se trocar no quarto lá em cima. Lá também tem um banheiro e uma toalha, caso você queira tomar um banho quente.
Alice agradece com um sorriso e sobe as escadas, sentido que os olhos de William a seguiam. Entrou no quarto e fechou a porta, colocou as calças e a camisa em cima da cama e se despiu. Nua, abriu o armário pegou um cabide e nele pendurou o vestido, o sutiã e a calcinha, que colocou no banheiro. Em seu intimo sentiu um arrepio de excitação por estar nua no mesmo quarto em que William dormia.
Entretanto, Alice não quis um banho de chuveiro depois de ter tomado chuva. Gostou daquela sensação suave na pele. Vestiu as roupas de William antes de se olhar no espelho. As calças eram largas, mas enfiar a camisa por dentro ajudou, e ela dobrou um pouco as pernas para que não ficassem arrastando no chão. Alice gostou do caimento da camisa dele no seu corpo. Depois escovou os cabelos molhados apenas o suficiente para desembaraça-lo, deixando-os soltos nos ombros. Quando acabou, conferiu o resultado no espelho, sentiu-se bonita, apesar de tudo, e desceu as escadas.
William estava na sala, agachado diante da lareira, fazendo o melhor que sabia para acender o fogo. Ele não a viu entrar, e Alice parou e ficou observando-o trabalhar. Ele também tinha trocado de roupa, e estava bonito.
William atiçava o fogo, mexendo a lenha, e acrescentou mais gravetos. Alice encostou-se no batente da porta, cruzou uma perna por cima da outra e continuou a observá-lo. Em poucos minutos o fogo tinha se convertido em chamas. William se vira de lado para endireitar os toros restantes que não tinha usado e vê Alice de relance pelo canto do olho. Girou o corpo rapidamente.

Mesmo vestida com as roupas dele, Alice estava maravilhosa

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Mesmo vestida com as roupas dele, Alice estava maravilhosa. Depois de um momento, se virou novamente, e voltou a empilhar a lenha.
- Não ouvi você chegar - diz William tentando soar casual.
- Eu sei. Não era para você ouvir mesmo - Alice sabia no que ele estava pensando e sentiu uma pontinha de deleite por ver o quanto ele parecia jovem.
- Há quanto tempo você está aí em pé?
- Alguns minutos.
William esfrega as mãos nas calça depois aponta para a cozinha.
- Posso te oferecer uma caneca de chá? Já coloquei a água para esquentar enquanto você estava lá em cima. - Conversa fiada, qualquer coisa para pensar em outro assunto. Mas caramba, como ela é linda...
Alice pensa por um segundo, via a maneira que William estava olhando para ela, e sentiu os velhos instintos assumindo as rédeas.
- Você tem alguma coisa mais forte, ou ainda é muito cedo para beber?
William sorri. - Tenho um pouco de vinho na geladeira.
- Por mim parece ótimo.
William passou por Alice a caminho da cozinha e, sob o olhar atento dela, enterrou a mão nos cabelos molhados.
Um trovão estrondeou e outro aguaceiro começou a desabar. Alice podia ouvir o rugido da chuva no telhado. Ela olhou pela janela e viu o céu cinzento brilhar por apenas um segundo. Logo depois, outro estrondo de trovão, dessa vez mais perto.
Pegou uma manta que estava em cima do sofá e sentou-se no tapete diante da lareira. Cruzando as pernas, aconchegou-se na manta até se sentir confortável.

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