O Legado dos Collins - Escudo de Papel

17 - Matilde Connor

Em algumas horas o sol desceria e a noite se faria forte. Matilde se sentia preocupada por seu irmão, Boby, mas ainda assim esperou o agente Wut de número 157 no portão principal.

– Boby, você terá que ir conosco – disse Matilde. – Lucas não estar aqui como combinamos, então terá que ir. Não posso deixá-lo aqui, sozinho.

E no momento em que se calou, ouviu cascos de cavalo vindo em sua direção. Era o Número 157 com outras duas pessoas. Uma delas era o seu irmão mais velho, James Connor.

– James... – Matilde não o via a anos. Em um ato de rebeldia ele havia abandonado a fazenda e vindo morar por detrás das muralhas de Aska. Nunca mais voltou.

– Matilde – disse ele e então se voltou para o Número 157 e encarou o dragão dourada que era a máscara do homem. – Você não disse que meus irmãos estariam nisso. Deixo-os ir, são apenas crianças, estudantes que nada podem ajudar.

– Sua irmã tem uma visão e audição extraordinária – argumentou. – O rio e grande e largo. Simplesmente, não posso me dar o luxo de deixá-la ir. Ela é necessária.

– Ela é uma criança – retrucou James. – Me perguntou quando foi que o Reino ficou tão falido ao ponto de designar crianças para missões suicidas como essa. Se ela for, eu não fico.

– Seu eu disser que irá, então você irá – o mascarado ameaçou. – Jurou servir o reino.

James resmungou algo inteligível e se calou.

– O menino não poderá ir – disse Número 157 olhando pada Boby.

– Ele não tem com quem ficar – rebateu Matilde. – Não posso deixar uma criança aqui, nessa cidade. Ele é meu irmão.

– Se ele morrer isso é problema seu e não da reino. Esse é seu cavalo – e indicou um cavalo marrom forte. – Esse aqui você conhece, seu irmão mais velho, James Connor. A loira é Temari Delta. – Então olhou em direção da loira e disse; – Temari, essa é Matilde Connor, uma estudante.

– Olá – foi a única coisa que a moça disse com um sorriso no rosto.

– Vamos agora – ordenou Número 157. – Não temos um segundo a perder.

Número 157 conversou com os guardas do portão principal e lhes mostrou o selo de Carlos Avelar. Mais que imediatamente os portões rageram e eles puderam passar com seus cavalos a toda velocidade rio a cima.

O céu começava a escurecer com seu crepúsculo multicolor e aos poucos Matilde sentiu algo estranho crescer dentro de si. Havia algo errado, mas tímida como ela era, não chegou a verbalizar a ninguém. Seguiu viagem com o coração pulsando de aflição.