17 - Ele voltou...

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Acordei com meu despertador tocando e meu gato me mordendo. Me assustei ao ver a cama de minha irmã vazia, mas logo lembrei que ela dormiu na casa de Lucas (nota da escritora: Será que ela dormiu mesmo? ). Peguei meu celular e vi que estava vibrando e tocando freneticamente, dessa vez não tem nenhum olho azul bonitinho para me atrapalhar.

Me arrumei bem rápido. Vesti o de sempre, calça jeans, uma camiseta e tênis. Vi que o quarto de Lange estava com a porta fechada, o que é uma boa coisa já que eu não tenho vê-lo logo de manhã para ficar revoltada novamente.
Peguei uma maçã e fui indo em direção ao ponto de ônibus. Lá estavam Lucas, o meu melhor amigo; Carlo, o meu amigo gay mais legal do mundo e Letícia, conhecida como a "menina que dava para geral".
- Olá! - cumprimento todos. 
- Nossa Lua, meu amor, por que está triste? - disse Carlos me abraçando e tentando me animar.
- Verdade. Geralmente você chega toda alegre gritando: OLÁ MEUS AMORES!! - reforça Letícia, que não sabe me imitar nada bem.
- Eu já sei o que é - disse Lucas, sério - Mas não vou contar. É assunto meu e da Lua.
Letícia e Carlos ficam totalmente curiosos até o ônibus chegar. Subimos e fomos direto para o fundão. Eu me sentei na janela esquerda, seguida de Lucas, Carlos e Letícia. 
- Lucas - chamei -, como você sabe?
- Na verdade eu não sei. Só estava tentando te deixar curiosa. 
- Conseguiu, seu trouxa - dou-lhe um leve soco no ombro e pego meus fones para ouvir música.
Eu sei que o Carlos está ouvindo Pop, o Lucas Rock, Letícia um funk pesado e eu eletrônica. Parece que a música acelera o caminho e chegamos mais rápido. Sempre gostei deste estilo de música, me deixava mais calma. Lucas parecia surdo, podia escutar sua música daqui. Ele estava ouvindo Bohemian Rhapsody, do Queen. Eu entendia pouco de Rock, só o suficiente para saber o que Lucas gostava.
Chegamos na faculdade em pouco tempo. Como faltava muito tempo para nossa aula começar, eu e Lucas sentamos em uma banco ao lado de fora da faculdade. O prédio era grande, haviam seis blocos com diferentes cursos. A universidade tinha uma escadaria horrível em cada bloco, todas seguidas de elevadores que eram usados para os deficientes. Os grandes prédios tinham uma cara antiga, ótimos para serem estudados por arquitetos como eu. Eram de um tom cinza bem sujo, poderia compará-lo as casas dos barões antigos. 
- Por que você não me atendeu ontem? - pergunta Lucas. 
- Estava fazendo coisas - reparei a cara estranha que ele fez.
- O que você estava fazendo? - seu rosto era o mais malicioso possível.
- Isso mesmo que você pensou - brinquei.
- Mentirosa! - acusou ele com tom de brincadeira, apesar de ter um certo ciúme - Com quem? Onde? Por que? 

Eu abri a boca para responder quando vejo um homem se aproximando. Ele vinha em meu direção. O homem era alto, moreno e tinha uma barba aparente. Percebi que ele era adepto do penteado estilo samurai, o qual eu sempre achei bonito. Seu rosto não me era estranho.

- Reconheço esse cara - sussurro para Lucas ao meu lado.

Eu tento me lembrar dele. Parecia um daqueles historiadores que acabava de voltar de um sítio arqueológico. Usava uma camiseta xadrez com uma calça jeans surrada. Forcei minha mente ao máximo tentando me lembrar daquele rosto familiar. Eu não o conhecia do mercado, nem da rua, nem da faculdade... É claro! Era o Daniel, meu ex-namorado. Nem me lembrava mais o motivo de termos terminado, talvez fosse algo relacionado ao intercâmbio que ele faria. 

- Não acredito que é você Lua - cumprimenta Daniel assim que chega perto de nós. Ele continua com o mesmo sorriso bonito de sempre, seus dentes brancos sempre me fascinaram.
- Sim ... - minha cabeça era uma confusão sem fim. - Mas você não estava em um intercâmbio?

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Beijões,
Ronronados
E fuiiiii💛

Amor de Gatos ❤ R.L CellbitOnde histórias criam vida. Descubra agora