Capítulo 11: Ciúmes.

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- Licença. – Falei alto o suficiente para que eles ouvissem. Toby soltou Melissa rapidamente, arregalando os olhos.

Passei por Amber, indo até a geladeira pegar a garrafa d'água.

- Gata, não é nada disso... – tentou.

- Nem tente explicar Tobias.

Ele deu um passo em sua direção e ela andou para trás.

- Me deixa falar Amber...

- Deixa ela, Toby. – Melissa se manifestou.

- Fica na sua, Mel. – Respondeu-lhe bravo.

Virei-me de costas, e enchi meu copo com a água. Bebi lentamente, ouvindo-os começar uma discussão sem sentido.

- Por quê? Está na cara que você não quer ficar com ela. – Melissa pirraçou.

- Ah, cala a boca sua vadia. – Amber gritou.

- Calma gata, vamos resolver isso...

- Saiam da minha casa. – Falei mais alto que os três.

- Como é? – Toby me encarou.

- Isso que você ouviu. Vão resolver essa merda longe daqui, não tô afim dessa briga estupida no meio da minha festa.

Coloquei o copo na pia, e comecei a sair dali.

- É o que dizem: quem trai uma vez, trai sempre. – Alfinetei, antes de deixar o cômodo.

Eu simplesmente não me importo com o peso das minhas palavras. Está mais do que na hora de voltar a ser o Noah de antes.

[...]

Desgrudei minha boca do pescoço da bela morena, e olhei em seus olhos que estavam em chamas. Estávamos ambos arfantes, em um canto da boate, tentando entrar um dentro do outro.

- O que acha de sairmos daqui? – Ela disse de modo sedutor.

Por mais que meu corpo gritasse: SIM! Eu não consegui responder. Na verdade, nem o nome dela eu me lembrava.

Foi um momento extremamente constrangedor. Queria aceitar, mas também queria negar, por que eu ficava me lembrando de certa morena com os olhos brilhantes a todo instante.

Fingi que meu celular estava tocando e virei-lhe as costas. Atender o celular e fingir uma emergência é à saída de mestre, sempre.

Dei dois passos e parei, ao ver ali a dona de todos os meus pensamentos, paralisada e com olhos arregalados, me encarando.

- Noah! – Exclamou, alto o suficiente para se fazer ouvir.

- Oi Morena. – Respondi, já me esquecendo do celular e da mulher atrás de mim.

Amber deu alguns passos, acabando com a distância entre nós e se jogou em meus braços. A abracei no susto, sem entender o porquê daquele gesto inesperado.

- Meu amor! – Gritou, dando-me um beijo rápido. – Estava com tantas saudades.

- O que? – Sussurrei.

A mulher que até instantes atrás eu estava beijando, passa por nós bufando.

- Você é um idiota. – É a última coisa que diz, antes que eu a perca na multidão.

Afastei-me de Amber, sem entender o que tinha acontecido. Aproveitei para dar uma analisada em seu corpo que estava maravilhosamente espremido em um short preto de couro.

- Que merda foi essa?

Ela apenas deu de ombros, virando-me as costas fazendo questão de sair. Fui mais rápido, colocando-me a sua frente e segurando seu braço.

Conquistando Um Vigarista [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora