Conquistando Um Vigarista [Concluído]

Capítulo 06: Desculpa.

SEM REVISÃO.

- Porque disse isso? – Amber gritou, para se fazer ouvir.

Depois de muita insistência ela conseguiu me arrastar para um bar com música ao vivo. A semana foi desgastante e eu só queria dormir.

- Porque eu precisava de um par e o Drew queria me empurrar a Melissa. – Falei próximo ao seu ouvido.

Pude notar todos os pelos do seu braço arrepiados com a minha proximidade. Ao invés de me afastar, aproveitei para me aproximar ainda mais e plantar um beijo em seu pescoço.

Amber ofegou de olhos fechados, de certa forma apreciando o gesto.

Levei minhas mãos para o seu rosto, fazendo-a olhar para mim. Fui tomado pelo impulso de beija-la e me inclinei em sua direção. Senti sua respiração bem próxima a minha e pude sentir o roçar dos nossos lábios, estava quase beijando-a...

- AMBER! – Gritaram, interrompendo-nos.

Frustrado, me virei, e encarei o babaca que nos olhava espantado. Ele pode ser conhecido como Toby, mas certamente babaca combina mais com ele.

- O que está acontecendo aqui? – Gritou, bem no momento que a música acabou, fazendo todos olharem para nós.

- Na-nada. – Amber se apressou em dizer.

- Como nada? – Continuou, agora com a voz contida. – Vocês estavam se beijando.

- Quase. – Falei sorrindo. – Se você não tivesse atrapalhado.

- Não acredito nisso Amber. Está saindo logo com esse cara?

- E se tiver? – Ela respondeu, me surpreendendo com sua coragem. – Isso não é da sua maldita conta Tobias.

- Então você nem esperou a cama esfriar para deitar outro homem nela?

- Não seja um babaca. – Respondi por ela. – Some daqui antes que eu perca minha paciência. Não tenho o menor saco pra bêbado.

- Estou falando com a minha namorada. – Rosnou.

Pude perceber o quanto essas palavras afetaram Amber. Seus olhos arregalaram e ela deu um leve sorriso.

Só então percebi a merda que eu estava fazendo. A raiva tomou conta de mim por ser tão idiota. Eu não tenho nada a ver com eles. Amber quer ficar com ele e eu estou sendo o famoso empata foda.

Levantei-me com uma raiva imensa borbulhando. Raiva de mim mesmo por ser tão imbecil.

Abri a carteira e joguei algumas notas na nossa mesa e então me virei, caminhando até a saída do bar.

- Noah! – Pude ouvi-la gritando atrás de mim. – Espera.

Não parei, atravessando a rua com pressa.

Estava quase alcançando meu carro quando suas mãos puxaram minha blusa, me fazendo virar para ela.

- O que foi? – Perguntou com um olhar confuso.

- Sabe Amber, eu agradeceria se você não me usasse para fazer ciúmes no idiota que você chama de namorado. – Resmunguei irritado. – Não sabia que você seria tão baixa assim, de me trazer para o bar que ele estaria só para fazer uma ceninha.

Não esperei que ela respondesse e voltei a andar, dessa vez com mais pressa.

- Noah. – Chamou, então apressei o passo. – NOAH!

Entrei no carro, arrancando com pressa, deixando-a para trás.

Nunca havia me sentindo tão frustrado em toda minha vida. E estranhamente tão mal por me sentir usado. Afinal eu gostava de ser usado pelas mulheres, mas só na cama. Só quando era em benefício mútuo e não quando eu estava me sentindo atraído a ponto de beija-la para então perceber que estava sendo usado num joguinho de ciúmes.