Intenso

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Quando fechou a porta, Ayla se virou para mim e percebeu o quanto eu estava zangada.

-O que foi, baiana? - perguntou, enquanto vinha em minha direção. Bufei e me virei de costas, fazendo birra.

-Então você não vai falar nada? Quer que eu descubra?

-Não vai ser difícil de saber.

Ayla colocou meus cabelos sobre um ombro meu só, deixando assim minha nuca à sua disposição.

-Hm, a senhorita está com ciúmes. - afirmou Ayla, enquanto beijava a minha nuca e me abraçava por trás.

-Não jogue sujo. - disse, revirando os olhos de prazer. Levantei a cabeça, coloquei uma mão em seus cabelos e a outra segurei sua mão que estava em minha cintura.

Ayla mordeu a minha orelha, e cochichou baixinho:

-Eu quero você.

Essa foi a cereja do bolo. Me virei numa rapidez sobrenatural, e a beijei imediatamente. Do nada, um celular toca. Ayla atende, e eu a prendi com as minhas pernas em sua cintura. Só ouvi uma coisa. O bendito nome: Hanna.

-Como é que ela sabe o seu número? - disse emburrada.

-Grupo da turma. Eu nem lembrava que tinha dado o número e nem sabia que ela era administradora.

-E o que ela queria? - perguntei, enquanto admirava o sorriso safado que se formava no rosto de Ayla.

-Me situar. Mostrei uns trabalhos. Ela precisa de uma produtora pra um trabalho. Ela é veterana, só quer usar os novatos. E eu não achei uma idéia ruim. -respondeu, me beijando logo em seguida.

Me agarrei mais ainda nela e eu não largaria. Nós ficamos um bom tempo juntas assim, e nem percebemos. Tita estava estudando, e esperando para fazer uma vídeo conferência com seus familiares.

-Me chame quando for falar com eles! Vou para o quarto. - avisou Ayla, enquanto ouvíamos a gargalhada de Tita. - Vamos arrumar as suas coisas. Vai dormir aqui, não vai?

-Lógico. Vai que alguém apareça mais tarde para trabalhar em pleno primeiro dia de aula. - respondi, segurando a sua mão.

Entramos no quarto, e Ayla logo fechou a porta. Ela desabotoou a camisa e a pendurou. Não disfarcei o interesse e fiquei a encarando. Ela sorriu.

-Não vai ter um strip! - ela disse, e eu ri.

Ela se trocou e me deu um blusão para eu vestir. Tita bateu na porta, pedindo algumas coisas para poder dormir na sala e logo foi embora. Enquanto isso, fui para a cama. Me sentei, com as pernas cruzadas. Ayla subiu na cama e deitou-se sobre mim. Por instinto, coloquei minhas pernas ao redor de sua cintura, e a beijei. O nosso beijo. Delicado, mas extremamente excitante. A cada beijo, uma mordida. Ayla colocou a mão em minha coxa e a arranhou de leve, me fazendo enlouquecer. Me tocando, mesmo ainda por cima da calcinha, ela me fez gemer como eu nunca tinha feito. Gemia baixinho em seu ouvido e arranhava suas costas. Ela então tirou a minha blusa e começou a beijar todo o meu corpo. Meu corpo tremia toda vez em que ela tocava em meus seios. Meu corpo pedia mais e mais. Pedia não. Implorava.

Ayla desceu, mordeu a minha calcinha e a puxou com os dentes, até tirá-la de mim. Ela me começou a me masturbar, e logo voltou a beijar meu corpo. Eu já estava delirando. Quando a língua dela encostou em mim... foi como se eu tivesse atingido o nirvana. Segurei firmemente seus cabelos, deixando o tesão falar mais alto. Eu já não aguentava mais. E foi quando fui pega de surpresa. Ayla parou o oral, começou a introduzir e disse:

-Você só vai gozar quando eu falar.

Isso me deixou maluca. Mordi o lábio com força, gemia alto e me contorcia cada vez mais. Rebolava freneticamente enquanto a sentia dentro de mim. Não segui suas regras, e gozei sem ela dizer que podia. Meu corpo tremeu e relaxou numa intensidade absurda. A abracei, ofegante, tentando me recompor.

-Você é ótima! - disse Ayla, enquanto eu me cobria, deixando-me deitar sobre seu peito. Depois de alguns minutos, ouvimos Tita gritar.

-Fique aqui, eu não demoro. Vou só mostrar que estou viva! - ela disse, beijando o meu rosto.

Fiquei pensando em tudo que aconteceu: em cada toque, cada beijo, cada palavra dita. O que temos é algo extremamente forte, isso ninguém pode negar. Ayla me completa. A quero só para mim. Minutos se passaram, e ela estava de volta. Eu já estava sonolenta. Ela deitou e me abraçou forte, estilo conchinha. Virei um pouco a minha cabeça para ela, e disse:

-Eu te amo.

E acabei pegando no sono.

789,86 km de distânciaOnde histórias criam vida. Descubra agora