8:55 da manhã. Eu e a Cecília já estávamos no aeroporto esperando-a. Eu estava bem nervosa. Tremendo, andando de um lado para o outro. Até que a Ciça (apelido carinhoso que dei para a minha amiga) me cutuca e diz que a minha felicidade chegou. Olhei para trás e a vi. Não sentia mais meu coração. Minha Ayla chegou.
Não tive outra reação a não ser ir em sua direção. Ela percebeu a minha presença, e na mesma hora parou e soltou a mala que estava em sua mão. Ela abriu o sorriso mais lindo que já vi em toda a minha vida. Abriu os braços para mim, e logo saí correndo. Eu estava abraçando a minha Ayla. Quanto tempo esperei por esse momento? Quando me acalmei, segurei teu rosto e a beijei.
A amiga dela, a Tita, é o tipo de amiga estraga prazeres. Ela nos interrompeu, dizendo que queria conhecer as coisas. "Pega o táxi e vai rodando a cidade", pensei. Mas ela estava ajudando, então concordei. Ayla segurou a minha mão, e fomos embora.
Chegamos ao apartamento. Era bem pequeno, mas para as duas estava de bom tamanho. Fiquei um pouco enciumada ao perceber que só tinha uma cama (e de casal) no quarto. Fui beber um copo d'água para tentar disfarçar a minha cara emburrada. Vi que a Ayla estava no sofá, e resolvi ir até lá. Parei em sua frente, e depois fui sentando em seu colo. Alisei os seus cabelos e aproximei o meu rosto do dela. Ela, automaticamente, me puxa pela cintura e me beija. Meu coração estava tão acelerado que nem o sentia mais. Coloquei minha mão em sua bochecha, e fiz carinho por todo o rosto. Com a unha, arranhava de leve o teu pescoço. Nosso beijo era tão suave, tão nosso. Eu estava nas nuvens. Não tinha como ficar melhor. Eu estava enganada.
Ayla ergueu uma das mãos, e a pôs nos meus cabelos. De um jeito único, ela morde levemente o meu lábio inferior. Minha mente já não estava funcionando direito. Ela então puxa os meus cabelos, fazendo com que minha cabeça arqueasse para trás. Ela então beija o meu pescoço.
— Ai meu deus... uuh... — não consegui controlar. Acabei gemendo e me contorcendo. Eu já estava ficando louca.
Ela então levanta, e me deita no sofá. Não pensei duas vezes, e a prendi, colocando minhas pernas em sua cintura. "Você é minha", pensei. Eu já estava excitada ao extremo. Não parava de arranhar as suas costas. E então escutamos um barulho: era a demônia da Tita, comendo salgadinhos, e nos olhando com a cara mais cínica do mundo. Me emburrei novamente.
— Saí de um estado para ser vela em outro. Vamos, ou não ao bar? Ou vocês vão querer que eu ligue para pedir pizza?
A praga era engraçada. Começamos a rir, e então Ayla se levantou para ir tomar banho e se arrumar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
789,86 km de distância
RomanceMinas. Bahia. Dois estados distintos. Um amor em comum.