Meio Irmão

O dia em que eu conheci Eduardo

        Acordo com a minha mãe me cutucando e fazendo carinho nos meus cabelos.
-Acorda dorminhoca, já são 09:00 -hoje eu viajo, meu vôo está marcado para 13:00, então teria que levantar rapidinho.
Tento abrir meus olhos mais a claridade impede, então pego meu cobertor e coloco no rosto.
-Tô com sono mãe -falo com voz de dengo.
-Se você não levantar vou fazer cosigas no seu pé -logo escondo meus pés e descubro fazendo alguns fios do cabelo cobrir meu rosto.
-Mãe vou sentir sua falta -falo sentando e pegando a sua mão.
-Rafa por favor não fala isso pelo amor de Deus, já tô com o coração apertado e você fala isso ainda
-Desculpa mãe, mais tive que falar -falo rindo mais com os olhos lacrimejando. Então ela pega meu queixo, e faz eu olhar em seus olhos que por sinal está cheio de lágrimas.
-Minha pequena..... -ela para de falar, olha pra cima e suponho que seja pra não cair as lágrimas que estão acumulados em seus olhos, e então ela continua.
-Você sabe que eu te amo, e tá sendo muito difícil pra mim te soltar assim pra outro lugar sozinha, mais aí lembro que vai ver seu pai e isso é justo sabe, então não posso te prender aqui você já tem 23 anos é uma adulta e sabe o que tá fazendo -fico olhando para ela espantada e pensando "mãe é você mesmo que tá ai?" Porque ela nunca Falou assim comigo antes, me trata que nem uma adolescente de 15 anos.
-Ahhh senhorita Flávia percebeu que não sou mais criança né - falo dando um tapinha na sua perna.
-Mais isso não quer dizer que ainda não seja criança, para mim até você casada é um bebê -ela aperta minha bochecha, faço uma careta inclinando a cabeça para traz afastando sua mão do meu rosto, corro os olhos no relógio que está marcando 09:50, então desço da cama correndo e vou direto para o banho lavar meu cabelo que não é tão fácil assim porque faço vários tratamentos nele. Assim que termino vou logo para o closet e escolho uma roupa bem bonita, pego uma saia a cima do umbigo longa Preta com fenda do lado direto, um croped Rosa e uma rasteirinha preta, vou para a penteadeira e escovo meu cabelo, faço uma maquiagem leve mais com a boca marcante, passo um vinho escuro. Desço tomo café e ouço meu celular apitar.
-Eduardo: louco pra ver você gata
-meu coração acelera não sei porque, e me retiro da mesa indo pra sala.
-Eu: Chego aí amanhã de manhã
-Eduardo: te espero ancioso
-Eu: não posso ficar cv tenho que terminar as coisas aqui
-Eduardo: tá bom vai lá não quero atrapalhar... Bjssss
-Eu:bjsss
Subo e pego minhas duas malas colocando no Centro do quarto, e vejo minha mãe entrar.
-Rafaela?
-Sim mãe?
-Queria falar outra vez com você, cuidado com o Eduardo ok? Ele não é flor que se cheire e pelo que eu fiquei sabendo ele está com uma namoradinha aí, então fica de olho -ele tá namorando? Sinto uma coisa estranha não sei o que é, parece um frio na barriga.
-Mãe eu sei me cuidar tá, e se ele está realmente está "namorando" nem pode acontecer nada então tá de boa -ela me pega pelo braço e me abraça.
      Descemos as escadas e vejo que já são 12:00 e está na hora de ir pra o aeroporto, então me despeço da Lucinha com um abraço bem forte e vários beijos em todo seu rosto e ela tbm faz o mesmo, pego minha mala, minha bolsa e meu ursão é logico. Minha mãe já está a caminho da porta com a minha outra mala e seguimos para a garagem, colocamos as malas no porta mala e entramos no carro. Seguimos para o aeroporto, no caminho percebo que está muito tédio então ligo o radio e tá passando Work-Rihanna que eu amo. Meia hora depois chegamos no local e estava lotado não sei porque, deve ser por causa do fim de semana sei lá, fizemos o chekin e esperamos chamar meu vôo. Passando 40 minutos o meu vôo é chamado, dou um abraço bem forte na minha mãe e vou.
A viagem foi bem cansativa, então assim que desço do avião vejo uma placa enorme escrito "Bem vinda minha pequena" e vejo meu pai vindo em minha direção.
-Minha pequena você não imagina a saudade que eu já estava -ele fala me abraçando.
-Também viu pai -falo. Enquanto conversarmos andamos em direção às malas que já estavam a nossa espera. Ele pega uma e eu pego outra, acena com o dedo indicando onde estava o carro que se encontrava em frente do aeroporto. Entramos no mesmo e ficamos conversando sobre diversas coisas até chegarmos em casa. Assim que saio do carro dou uma olhada e vejo diferença, pois a casa estava com uma cor amarela bem diferente de quando eu fui embora. Abro a porta percebendo que a casa está muito diferente, os móveis tinha sido modificados e estava muito, muito mais bonita, escuto meu pai me chamar e guiando até o jardim, vejo Silvana tomando sol na beira da piscina, quando ela ouvi meu pai chama-lá, olha e abre um sorriso bem largo e se levanta "uauu" que corpo, que rosto ela era muito bonita, assim que ela se aproxima tira o chapéu e me comprimenta.
-Oi Rafaela!!! -ela diz em um tom de alegria.
-Oi Silvana prazer em te conhecer -Nossa o prazer é todo meu! -nos comprimentamos com beijinhos de cada lado do rosto.
-Seu pai fala muito de você, estava louca pra te conhecer
-Então já conheceu -falo dando uma voltinha e todos nós sorrimos, até que ela é simpática acho que já estou mudando meus pensamentos a ela.
Dou uma olhada pelo Jardim e nada do tal Eduardo. -Pai queria subir e descansar um pouco -Claro Rafa ,o seu quarto é no mesmo lugar e já está tudo arrumadinho só a sua espera, filha vou da uma saída a tarde com a Silvana e devo voltar a noite -ele fala passando a mão nos meus cabelos, então eu faço que sim com a cabeça e subo.         Entro no meu quarto e vejo que está tudo do jeito que eu deixei, lilás, com ursinhos na cama, tudo direitinho, tinha mudado só o computador e meu closet que agora está maior. Então para completar meus ursinhos vejo que esqueci o meu grandão lá em baixo, chego na porta me enclino para o lado deixando somente meu rosto para fora e grito.
-Paai?? -e logo ele responde.
-O que?
-Pega meu ursão aí pra mim por favor? -Tá bom já vou -entro batendo a porta e fico namorando o meu quarto, entro na parte do closet e vejo que tem roupas novas no cabide. -Nossa!! -fico admirada.
Ouço alguém abrir a porta.
-Pai é você? -grito, mais ninguém responde. Aff odeio essas brincadeiras que meu pai faz de não responder, sigo para o quarto. -Pai você não muda mesmo né, sempre com essas Brin..... -então paro imediatamente entre o quarto e o closet assustada e boquiaberta.
-Oi pequena!