La La Land: O Sonho Americano

PRÓLOGO

Ah, o show business. Tentador e vermelho tal qual a maçã no jardim do Éden. Proibido? De certa forma. Totalmente cruel. Desleal. Arrasador. Ele te seduz e te atrai de um jeito enigmático. Leva-te até o seu limite, transforma sua mente em um mero fantoche. Ele te comanda; ele te detona. Muda os seus princípios e acaba com seus sonhos.

Todos estão olhando para lá, todos estão ligados - ninguém se atreve a não acompanhar a tela de estrelas infinitas. O mundo inteiro quer sair na capa da revista e o desejo oculto da massa é ser um dos exclusivos.

Pobres tolos.

Não se deixe enganar, ninguém fica por cima durante muito tempo. Há sempre um forasteiro pronto para dar o bote e ocupar a sua posição. É um jogo sujo, regido por traições. Se você está no topo, é comparado a Deus; eles te chamam de lenda e todo o dia chove no seu quintal.

Chuva de assédio. Chuva de glamour. Chuva de fama.

Só não se atreva a descer sequer um degrau, afinal, o show não pode parar, não é?

Pois eles simplesmente te esquecem, não lembram mais o seu nome, perdem o seu telefone, fingem não te conhecer. Você fica desamparado, jogado na sarjeta escura. Torna-se passado, notícia velha, não vende mais. Se pega bajulando aqueles que antes te imploravam por atenção, para tentar conseguir de volta uma migalha do amor que eles diziam ter.

Um amor cruel. Um amor infiel. Um amor efêmero que machuca.

O mais curioso de tudo é que, mesmo sabendo de tudo isso, quem é que não gostaria de dar uma mordida nessa maçã?