LEIAM AS NOTAS FINAIS
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Amy
A chuva batia com força contra as janelas da casa, Juliet estava deitada em meu colo, acariciava seus fios ruivos enquanto assistíamos um filme escolhido pela mesma.
-Como ela pode querer que todos não amem por achar ser um pecado?- ela dirige sua atenção a mim.
-Amar demais é o nosso poder, e a nossa fraqueza, somos destruídos facilmente quando estamos amando e acabamos ficando fortes, depois dela perder duas coisas que realmente amava desencadeou a sua fraqueza, então, fez da sua fraqueza um poder- tento explicar.
-Isso é triste- ela olha pra TV e depois pra mim.- Eu não saberia oque fazer se te perdesse.
-Não fale esse tipo de coisa, vamos ficar juntas até morrer, somos uma só- digo acariciando sua bochecha.
Ela segura minha mão e me olha intensamente.
-E se isso acontecer?
-Eu sempre vou estar viva- aponto para sua cabeça.- Aqui- aponto para seu coração.- E aqui, em sua mente sempre vai estar guardado todas as lembranças em que estamos juntas, e em seu coração sempre vai estar vivo o sentimento.
-Quero que também se lembre disso se algo acontecer comigo.
-Juli....
-Promete?
-Prometo.
Voltamos a prestar atenção no filme, o frio e a chuva tomavam conta daquele dia, nos dando liberdade para ficar deitados descansando e perdendo tempo com qualquer coisa, afinal, era domingo.
-Não acredito que ela fez aquilo com a própria irmã- ela se senta e começa a procura outro filme.
-Ela queria o poder, as pessoa fazem qualquer coisa por poder.
-Mas ela traiu a confiança da própria irmã, logo da pessoa que a amava- ela coloca em um outro filme.
-Nem todos nós vamos fazer as escolhas certas a todo momento, e algumas escolhas erradas acabam nos destruindo.
-Amy....- ela sussurra.- Lembra de quando....de quando eu fui estuprada?
-Sim, mas preferia não lembrar- abaixo meu olhar.
-Você realmente não sabia? Não sabia que aquilo iria acontecer?- ela pergunta.
-Eu poderia nunca ter sido ou até mesmo ser a melhor pessoa do mundo, só que eu nunca faria aquilo com alguém, nem com você e nem com ninguém- volto a olha-la e dou um suspiro.- Eu não queria que aquilo tivesse acontecido, eu realmente não queria, se eu soubesse teria impedido tudo antes mesmo de acontecer, aquilo foi culpa minha, eu deixei acontecer.
As lágrimas começam a descer ao lembrar de tudo que aconteceu, sabendo que era culpa minha.
-Queria te fazer o mal, acabei passando dos limites, você era uma pessoa maravilhosa e eu uma metidinha recém chegada no colégio, me envolvi com as pessoas erradas, e paguei muito caro, eu sinto muito por isso. Sinto muito por ter te machucado.
-Engraçado, mesmo depois de tantas tragédias, ficamos juntas no final, será que fizemos jus a frase "O amor sempre vence", o nosso amor venceu?- ela sorri.- Não quero que se sinta culpada por um erro que não é seu, você não sabia, todos passamos dos limites as vezes, mas você não sabia, não se culpe- ela me olha com compreensão.
-Você virou uma pessoa maravilhosa, alguém que eu tenho orgulho e que deveria ter orgulho de si, se eu te amo hoje, talvez sejam pessoas coisas horríveis que tenham acontecido, nem sempre podemos evitar tudo, por isso não podemos evitar o amor- ela diz.- Ele é a nossa fraqueza, e acima de tudo nosso poder, amando alguém ou amando a si mesmos, nos sentimos mais fortes.
-Eu me sinto mais forte quando estou com você- lhe abraço.- Mas você também é minha fraqueza.
Ela ri e me encara.
-É por isso que somos uma só, sentimos as mesmas coisas.
-Na maioria das vezes- dou um sorriso.- Oque acha de comermos fora?
-Acho que seria ótimo.
Depois de escolher o lugar e nos arrumar seguimos em direção ao restaurante, já não tínhamos carro e ele não ficava tão longe, na verdade, quase nada ficava longe por aqui, e isso era muito bom. Ainda chovia muito e dividíamos um guarda-chuva com arco-íris sorridentes desenhados, Juliet o escolheu como presente de aniversário, estávamos passando em frente a uma loja infantil no shopping quando ela viu o guarda-chuva, a moça da loja achou engraçado o fato de não estarmos comprando o guarda-chuva para uma criança, ou talvez fosse uma criança grande demais.
-Eu amo esse guarda-chuva.
-Eu sei- baguncei os seus cabelos recebendo uma careta infantil.
-Talvez você não seja uma criança, mas tem espirito de uma- digo.
-Você nunca deve perder a sua essência.
Fizemos os pedidos e em menos de 10 minutos eles chegaram, agradecemos e começamos a comer.
-Eu penso o quanto eles sofrem pra estar aqui- ela diz enfiando um pedaço de carne na boca.
-Eles quem?
-Os animais, coitados, sendo vitima de nós humanos. Mesmo eu me sentindo mal por come-los, eu não conseguiria parar, é tão bom.
-Isso continua sendo maldade- dou risada.
-Eu sei, mas culpo meu tio, ele que me acostumou- ela ri.
-Acho que somos más.
-Todos somos.
-É, da mesma forma que somos loucos.
-De todos os loucos do mundo eu quis você, porque eu tava cansada de ser louca assim sozinha...- ela canta baixinho.
-Eu te amo- solto.
-Eu também te amo.
***
Quero explicar tudo bem certo e com calma do porque de eu ter sumido e ter demorado tanto tempo pra postar, quero que saibam que dei o meu máximo para que o capítulo saísse bom, espero que realmente gostem, irei explicar tudo direito. Leiam o aviso postado.
-Tche.
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A Escolha É Sua! Essa Foi A Minha!(Romance Lesbico) {EM PAUSA}
RomanceNunca fui muito de me socializar, sabe? Também ninguém nunca me quis como amiga, todas as garotas achavam que eu não tinha a roupa certa o comportamento correto. Os garotos? Me achavam uma feia esquisita que passava o dia todo lendo e estudando, nun...