Amizade

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Andrômeda saiu da escola com pressa aquele dia. Assim que o sinal tocou, ela abriu suas asas e voou o mais rápido que conseguia.

-Se eu não chegar antes da Ariel no castelo ou eu vou ter que dormir na sala de novo! Ela essas apostas de criança... Não sei como ainda caio nessas!!- dizia Andrômeda, enquanto se esforçava ao máximo para voar o mais rápido que conseguia.

Andrômeda voava tão rápido que mau podia ver o que havia ao seu redor. Tudo o que ela via, não passavam de manchas coloridas e borradas, nada mais que isso.

-Cuidado!!- ela ouviu uma voz falar à sua frente.

-O qu...- antes que pudesse dizer ou fazer qualquer coisa, ela e a tal "coisa" se esbarraram.
Os dois acabaram caindo juntos em baixo de uma árvore de folhas brancas. Quando finalmente atingiu o chão, viu o que parecia ser um demônio. Ele estava em cima dela, pressionando seus pulsos no chão. Ambos ficaram envergonhados com a situação em que se encontravam.

-V-Você está me machucando...- disse Andrômeda desviando o olhar para a direita.

-D-Desculpe.- disse o tal demônio, saindo imediatamente de cima de Andrômeda.

-Qual o seu nome?- perguntou Andrômeda após levantar-se.

-Meu nome? Meu nome é Sirius, filho de Satã.- disse o demônio. -E o seu?

-Meu nome é Andrômeda, filha de Deus.- disse Andrômeda.

-Lindo nome, quer dizer, para um anjo- as bochechas do demônio adiquiriram um leve tom rosado ao dizer tais palavras.

As bochechas da outra também adiquiriram o mesmo tom ao ouvir tal frase. Para que isso não se deixasse levar para outra coisa, a mesma rapidamente mudou de assunto, perguntando como era ser um demônio.

-Não muito, principalmente quando você é o filho de Satã.- disse Sirius, com uma expressão mais séria em sua face.

-Por quê?- perguntou Andrômeda.

-Bem... Todos esperam muito de mim, principalmente o meu pai, mas na maioria das vezes ele se mostra um pouco rígido e intolerante demais. Tanto é que quando o "decepciono", ele me chicoteia até cansar.- explicou o outro.

-Isso é terrível!- questionou Andrômeda.

-Eu sei, mas o poder dele é bem maior e mais forte que o meu. Fazer o quê né...- disse, recostando-se ao pé da árvore. Os dois conversaram bastante àquela tarde, mas quando se deram conta, já estava no pôr do Sol.

-Desculpe, Sirius, mas preciso ir. Meus pais ficarão preocupados.- disse Andrômeda, abrindo suas asas pronta para levantar vôo.

-Espera!- gritou o outro, quase que involuntariamente segurando o braço de Andrômeda. Novamente, aquele mesmo tom rosado surgiu nas bochechas de ambos.

Ela olhou para Sirius, tentando ao máximo esconder a enorme vergonha que estava sentindo naquele momento. -S-Sim?

-Quando posso te ver de novo?- perguntou Sirius.

-Amanhã, neste mesmo lugar, nessa mesma hora.- disse, abrindo um sorriso em seus lábios.

Sirius concordou e ambos se despediram, cada um tomando um caminho diferente do outro.

-"O que é isso?! Que sentimento é esse?! Isso não pode ser amor!! Mas tenho que confessar que... Ele não é nada feio, é bem bonito na verdade... No que eu estou pensando?! Ele é um demônio!! Nunca daria certo..."- pensava Andrômeda, no caminho de sua casa.

Finalmente havia chegado. Seus pai, seu irmão e sua irmã, a tão criança Ariel, estavam todos na sala principal.

-Filha, por que demorou tanto assim para chegar? Eu e seu irmão ficamos preocupados. Por onde andou?- perguntou Deus.

-Em lugar nenhum, é que hoje foi o meu dia de limpar a sala de aula.- disse Andrômeda. Mesmo que ela contasse a verdade para seu pai, ele não aceitaria.

>No caminho de Sirius...<

-"Como alguém pode ser tão linda e meiga como ela? Eu não sei, mas acho que estou apaixonado por ela. Mas eu acho que não daria certo, já que eu sou o filho de Satã e ela é a Filha de Deus. Como eu sou idiota!"- pensava Sirius, indo no caminho de sua casa.

Um Anjo E Um Demônio (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora