Guerra

80 4 0
                                    

Estava um dia lindo no Submundo. Mais almas chegavam a cada segundo, almas de assassinos e criminosos, que pecaram em suas vidas e não tiveram seus pecados perdoados por Deus. Vendo tudo do alto de sua torre, Satã abria um sádico sorriso em seus lábios, enquanto pensava naquele motivo para haver uma guerra.  

Seus outros dois filhos também estavam presos, porém apenas por traição ao Rei do Submundo e adoração à outra entidade, senão ele.

Agni apareceu do lado de Satã, e atrás, mais onze demônios.

-Podemos ir, Mestre? Declarações de guerra não acontecem sozinhas.

Satã fez um sinal com a cabeça, e de suas costas, saíram enormes asas de morcego, negras como a noite. Ele e os outros doze pularam da sacada, voando em direção ao Limbo.

Satã apareceu no portão da frente de Civitate Dei, acompanhado por Agni e mais onze demônios. Todos os anjos que ali estavam presentes, correram ou voaram na mesma hora. Satã estalou os dedos, e as grades dos portões se quebraram, dando passagem para os treze. Quanto mais eles avançavam, as ruas iam ficando mais desertas. 

No meio do caminho, Deus apareceu, acompanhado por Rafael e por mais onze membros da guarda real.

-Ora ora ora... Finalmente resolveu aparecer.- disse Satã em tom de deboche.

-Por que não volta para o Submundo, Lúcifer?

-Lúcifer... A muito tempo não ouço este nome.

-O que quer aqui?

-Quero o que você tirou de mim, Deus. Quero Sirius de volta.- disse Satã, estendendo a mão, como se pedisse um objeto de volta.

-Jamais. Seu filho terá o devido castigo por se engraçar com a minha amada filha.- Deus virou as costas.

-Acho que não sabe, mas não se pode dar as costas para um demônio.

-Não, Lúcifer, eu sei muito bem. Quem vencer a guerra, destrói o mundo do outro. Espero você e suas tropas no Nada, ao terceiro nascer do Sol do terceiro dia do terceiro mês.- ao dizer tais palavras, Deus e seus guardas retornaram para o palácio.

Satã e os outros doze deram meia-volta, e puseram-se a voltar para de onde haviam vindo. 

Uma grande guerra estava prestes a começar, e nada podia parar essa guerra. Muitos iriam morrer, muitos iriam perder suas famílias, muitos iriam sofrer. Ambos sabiam disso, mas agora já estava feito. Nada poderia mudar esse destino.

Um Anjo E Um Demônio (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora