Capítulo 4: A casa nova

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Gustavo on:

  Eu e o Phill estávamos colocando as malas no bagageiro quando vi as duas entrarem no ônibus e já sabia que isso não daria certo.

  Eu: Phill, termina aí com as malas que eu preciso entrar. - falei já saindo de perto dele.
  Philippe: Você me deve vinte euros. Quer dizer vinte reais.
 
Eu não ia lhe pagar vinte reais mas preferi não discutir. Entreino ônibus às pressas e como eu previa minha mãe estava se sentando ao lado da Milly.

  Eu: Mãe, será que eu poderia sentar com a Milly.
  Mãe: Ah, sim, claro. - ela falou e sentou na cadeira da frente e eu sentei-me ao lado da Millena.
  Milly: Gustavo Shimon eu te amo
  Eu: Fiz isso porque a senhorita ainda precisa me explicar porque saiu escondida e pulou a janela do segundo andar para entrar. - eu menti, na verdade não queria que ela fosse groça com nossa mãe.
  Milly:- Sério isso? - eu fiz que sim com a cabeça - Eu pulei a janela porque tinha saido escondida e sabia que você ia me dar uma bronca se me visse chegar, e eu sai fugida porque sabia que se eu te falasse você não deixaria eu ir.
  Eu: E aonde você foi? - falei enquanto o ônibus arrancava.
  Milly: Na casa da Clara.
  Eu: Da próxima vez avisa, prometo que não vou te proibir de sair. - falei rindo da cara que ela fez.
  Milly:Tá bom.

  Vi ela pegar o celular e tentar ligá-lo mas ele não funcionou

  Milly: Gutinho do meu core...
  Eu: fala logo - ele me interrompeu.
   Milly: me empresta o seu celular.
  Eu: nem pensar eu vou usar ele. Deita ai e dorme.

  Achei que ela fosse insistir mais não ela apenas virou de costas para mim. Liguei uma música no fone e fiquei observando a Milly, cara como ela consegue dormir tanto, dês de que saímos de casa ela está dormindo. Já era noite e chegaríamos na casa da nossa mãe ao amanhecer então resolvi dormir também.
                      ***

  - Guto! Acorda e chama a Millena, nós já chegamos. - o Philippe falou.
 
  Levantei e passei as mãos em meu cabelo. Tentando acordar.

  - Milly acorda a gente já chegou.
  - Me leva no colo Guto eu não quero acordar. - ela falou sem abrir os olhos
  - Millena acorda logo! Credo você dorme de mais.
  - E você é o pior irmão do mundo.
  - Tchau, fica ai então.
  - Não! Me espera.

Saímos do ônibus e eu vi minha mãe encostada em um táxi falando no celular.
 
  -Vamos até ela - Milly falou séria
  - Não, temos que pegar nossas malas. -falei no mesmo tom
  - Não têm não, eu já peguei estam no taxi. - o Philippe falou atrás de mim e eu me assustei

Eu: Poha Philippe. Não faz mais isso.
Philippe: OK. Da próxima levo só as minhas
  Eu: Eu estava falando de chegar sem avisar trouxa.
  Milly: Será que os senhores podem deixar para brigar em casa eu estou com fome.
  Eu: Também estou. Vamos logo.

  Saímos andando e quando chegamos perto do táxi percebi que nossa mãe ainda falava no celular e parecia bem preocupada. Assim que ela nos viu desligou o celular e mandou-nos entrar.

  - Aconteceu alguma coisa mãe. - falei quando todos já estávamos no carro.
  - Não, nada de mais. Crianças olha nossa casa será bem simples, não vivo no luxo que vocês estão acostumados não. - ela falou meio cautelosa.
  - Nós sabemos mãe, não precisa sr preocupar com nosco não. - Philip falou.
  - A Jéssica, o Miguel e o Rafael saíram para comprar algumas coisas e só voltam a noite então a casa é toda vossa até o anoitecer.
  - Beleza. -Millena - Ainda demora muito até chegarmos?
  - Na verdade essa é a nossa rua.

  Olhei pela janela, o lugar era calmo não vou falar que era lindo mas já vi piores, havia muitas flores e gramados por todo lado e isso me deixou bem feliz, pois gosto bastante de estar em contato com a natureza. O carro parou na frente de uma casa branca desbotada, ela tinha dois andares ( a nossa em Portugal tinha 4), as janelas e a porta central eram de madeira antiga e na sua frente havia um vasto gramado.

  - Chegamos. - nossa mãe falou.
 
  Desse-mos do táxi e fomos buscar nossas malas.

  Katarina: É por aqui meninos. - ela falou nos guiando até o segundo andar da casa.

  Deixamos tudo nos nossos devido quartos e descemos as escadas.

  - Aonde eu posso tomar um banho? - a Milly falou e pela sua voz estava agoniada.
  - Está tudo bem Milly? - falei
  - Está sim, só preciso de um bom banho.
  - É no segundo andar ao lado do seu quarto. Têm toalhas no armarinho de madeira.
  - Obrigada Katarina. Se vocês me dam licença...
  - Claro querida a casa é sua. - ela respondeu e a Milly tornou a subir as escadas. - Rapazes vou fazer o almoço se vocês quiserem ir comendo alguma coisa.

Seguimos-a e ela nos levou até avozinha da casa. Ela era de um tamanho razoável, suas paredes eram brancas e tinha um grande balcão de granito com alguns bancos em volta e uma cesta de frutas no centro. Eu comi uma maçã e o Phillipe outra, depois eu subi para o meu quarto e o Phill ficou lá em baixo. Arrumei minhas roupas na minha parte do guarda roupas uma vez que o dividiria com meu irmão e acabei dormindo.

   Acordei já era noite com alguém batendo na porta.

  - Está aberta - falei
  - A Katarina está chamando para o jantar - falou uma voz que achava ser do Rafael.
  - Já estou descendo.

  Levantei-me, arrumei meu cabelo, vesti uma bermuda preta e uma camiseta vermelha e sai do quarto. Quando cheguei lá em baixo todos estavam sentados a mesa, todos menos a Milly.

  - Olá gente.
  - Oii - falaram juntos
  -  Mãe cadê a Milly?
  - Estou aqui - ela falou atrás de mim

  Ela vestia uma blusa colorida e  listra de mangas cumpridas e  short preto curto. Odeio quando a Milly veste roupa curta e ela parece adorar me provocar.

  - Millena que short é esse. - sussurrei em seu ouvido enquanto fingia abraçá-lá, e ela apenas sorriu.
 
  Katarina: bem esses são meus outros filhos: Millena e Gustavo - ela falou apontando para nós. - e estes são o Miguel meu marido e o Rafael filho dele.
  - Prazer eu falei - estendendo minha mão e eles retribuiram.
  - Olá... - a Millena falou tímida e o Miguel  a abraçou.
  - Seja muito bem vinda.
 
O Rafael fez o mesmo mas quando ele a abraçou ela deixou escapar um gemido alto e todo mundo ficou sem entender nada.

  - Ow... Eu te machuquei? Me desculpe.
  - Não foi nada. Eu preciso de ir ao banheiro com licença. - ela falou saindo da sala e eu sai atrás dela.

  - O que houve Millena? -falei preocupado.
  - Já falei que não foi nada. - ela falou subindo as escadas mais depressa e eu segurei em seu braço - me solta você está me machuncado.
  - Ah não Milly - falei desconfiado do que estava acontecendo e ela começou a chorar - Millena você está se cortando de novo?

             * ( continua) *
 
 
 

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