Capítulo 7

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Levamos a mala com o dinheiro para Farone, enquanto outros homens da organização se livravam do corpo do Major.

Assim que chegamos ao galpão, Farone nos recebeu sorrindo.

- Minhas crianças! - Farone disse levantando o copo para cima.

- Aqui está o dinheiro - falei seriamente.

- Sentem-se, por favor - pediu Farone.

Leona me olhou furtivamente, como se implorasse que eu o obedecesse, afinal ela sabia que Farone estava com cara de poucos amigos.

Sentei e cruzei os braços, esperando que ele continuasse.

- Quero saber. Por que você descarregou a arma no major Leona? Se não me engano, dei ordens ao novato de executar o infeliz - disse tentando não se exaltar.

- Fui eu quem o matei - disse respondendo antes de Leona.

- Não perguntei nada a você senhor Mendes - Farone disse com raiva olhando diretamente para Leona.

- Senhor desculpe. Só estava mostrando ao novato que não devemos confiar em um único tiro. Podemos ser surpreendidos, mas ele está certo, o tiro que Lucas deu foi certeiro - explicou Leona de cabeça baixa.

- Espero que isso não volte a acontecer mocinha, ou eu mesmo atiro na sua linda cabeça loira, entendeu? - avisou Farone apontando-lhe o dedo em riste.

- Sim senhor, entendi - respondeu sem encará-lo.

Ele abriu a mala e tirou um montante de dinheiro.

- Aqui está sua parte garoto - falou jogando um chumaço de notas para meu lado e fez o mesmo com Leona.

- Agora tenho uma missão mais especial para você Lucas. Espero que cumpra e não se meta dessa vez Leona - falou seriamente a encarando.

- Tranquilo chefe - disse Leona acenando com a cabeça.

- Pode mandar - falei sabendo que não tinha escolha.

- Precisa se aproximar intimamente de uma mulher, o irmão dela está escondido e você precisa conquistar a confiança dela. Precisamos descobrir o paradeiro dele. Seu nome é Alberto Fauer, foi da organização por dez anos. Ano passado ele nos traiu fugindo com dez milhões de dólares, pelo que ficamos sabendo só Roberta sabe de seu paradeiro. Não podemos forçá-la a nos dizer, até porque ela está sob influência da polícia. Sendo protegida como testemunha. Se ela abrir o bico para a polícia, antes de matar seu irmão, eles acabam nos entregando, entendeu? - explicou Farone.

- Deixe-me ver se entendi direito. Eu tenho que me aproximar dela como policial e conquistá-la é isso? - perguntei tentando entender.

- Não será difícil para você, é bonito, aparenta ser confiável e toda a polícia sabe o quanto você é incorruptível, ou era - falou sorrindo e fumando um charuto.

Leona me olhou com raiva, mas não podia recusar a ordem de Farone.

- Amanhã mesmo vejo como me aproximar dela - respondi, enquanto levantava-me.

- Agora vão se divertir sei que estão loucos por um banho.

Saímos do galpão, Leona não falou nada durante o trajeto de volta, dirigia sem olhar para mim. Assim que chegou à frente do meu prédio, desligou o carro.

- Chegamos - disse cruzando os braços.

- Deu pra perceber - falei sorrindo e divertindo-me com seu jeito bravo.

Uma bandida em minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora