Capitulo XI

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Acordei com uma tremenda dor de cabeça,  abri os olhos devagar e constatei que estava entrelaçada entre Roberta e Lucas que dormia pesado.
Fiquei por alguns segundos olhando para eles e pensando: Até quando vou ficar ligada a elePreciso me divertir um poucomas sem ele. Quero me reencontrarnesse meio tempo me perdiNão sei mais quem  sou.
Levantei,  peguei minhas roupas e sai a francesa. Fui em casa e tomei um banho rápido,  me troquei e segui para a delegacia.
Assim que cheguei, Braga se aproximou,  entrando atrás de mim.
- Bom dia doutora. Sinto muito entrar assim sem ao menos deixá-la se acomodar em sua sala,  mas acharam um corpo num prédio na Consolação,  pelo jeito foi queima de arquivo.  - Ele explicou colocando a mão no bolso e levando o copo de café a boca.
- Queima de arquivo?  Interessante! Vamos?  - Perguntei colocando a arma na parte de dentro do cós da calça.
- Sim senhora.  - Respondeu me seguindo.
Entramos no carro e seguimos para o local do crime.  Entramos no prédio e o cheiro era insuportável. O corpo estirado no chão coberto por um plástico preto,  ao redor o fotografo e um perito conversavam.
- Bom dia senhores. - Cumprimentei os dois, tirando os óculos de sol.
- Bom dia doutora. Pelo jeito teremos que manter esse caso em sigilo. O homem foi torturado - disse o perito,  tirando o plastico e mostrando o abdômen dilacerado. - Quando chegamos aqui,  tinha um balde de metal virado na barriga dele e dentro um rato morto,  que provavelmente o dilacerou para tentar escapar sem sucesso.
- Ja vi isso.  O crime organizado e a mafia costumam torturar desse jeito.  - Falei sabendo como agíamos.
- Exatamente. - Retrucou o perito.
- Ja sabe quem é a vitima?  - Indaguei sem nem ter prestado atenção no rosto do morto.
- Ainda não sabemos. Ja enviei amostras de saliva e sangue para o laboratório,  logo saberemos de quem se trata.
- Tire o plástico novamente,  me deixe observá-lo com atenção.  - Pedi fazendo gesto.
O perito tirou o plástico e mesmo com o cheiro exalando bem mais,  olhei no rosto do morto e quase tive um troço. Era Farone. 
Quem em sã consciência mataria o chefe da organização? Na hora peguei o celular e fiz sinal para que cobrissem-no novamente.
Sai de perto e disquei o número do Lucas.
- Onde você está?  - Perguntei.
- Atrás de você.  - Respondeu me fazendo virar e vê-lo.
- O que aconteceu? - Perguntou passando a mão nos cabelos.
- Queima de arquivo,  mas o morto é nada mais,  nada menos que Farone. - Falei mordendo o lábio,  como fazia quando estava nervosa.
- Quem? Você disse Farone?  O nosso Farone?  - Indagava desacreditado.
- Exatamente.  - Respondi baixinho.  Fazendo sinal para que ele fizesse o mesmo.
- Pelo jeito tem alguém querendo se vingar,  ou tomar o lugar dele. - Confidenciou-me sua suspeita.
- Sim.  Mas a pergunta é quem?  Precisamos descobrir o quanto antes.  Não quero ficar nas mãos de nenhum imbecil. Cuide de tudo por aqui,  vou ver o que consigo descobrir. Qualquer novidade me avise,  está bem? - Pedi saindo em seguida,  após o ver concordar com um aceno.

Sai rapidamente  do local do crime e fui direto pra casa. Enfim poderei ligar para Lorenzo Capeleti. Peguei o telefone e sentei no sofá, me recostei e sorrindo enquanto tocava pensei que seria divertido o que estava prestes a fazer.

- Buon giorno! - Disse uma voz feminina do outro lado. (Bom dia!)

- Buon giorno! Per favore, voglio parlare con il signor Lorenzo Capeletti. Respondi pedindo para falar com Lorenzo. ( Bom dia! Por favor, quero falar com o senhor Lorenzo Capeleti)

-A chi devo pubblicità? Perguntou a quem devia anunciar. ( A quem devo anunciar)

-Dicono che è delegata Leona Prada del Brasile.- Respondi. ( Diga que é a delegada Leona Prada do Brasil)

O telefone ficou mudo por alguns segundos, mas logo depois ouvi o barulho de alguém fechando uma porta.

- Spero che sia piuttosto grave. Qualunque sia la ragazza? Disse de maneira arrogante. Esses mafiosos se acham a última bolacha do pacote. ( Espero que seja muito sério. O que quer menina?)

-Non credo che sia una gioia per parlare con te, al contrario. Ma ho dovuto avvertire il Farone è stato eseguito. Sono appena tornato dalla scena del crimine. Questo era tutto. Passare bene. - Respondi sendo tão arrogante quanto ele.  Ele tinha era que agradecer de ter alguém como eu que deixo passar tudo que acontece fazendo a egípcia. (Não ache que é uma alegria falar com você, pelo contrário. Mas eu tinha que advertir que Farone foi executado. Acabou de voltar da cena do crime. Isso era tudo. Fiquem bem.)

- Aspetta! Credo che siamo partiti con il piede sbagliato. Andare in Brasile oggi e vuole vedere la sua, chi lo sa può essere utile per il nostro business lì? Pediu que eu não desligasse, querendo me persuadir a ouvi-lo. ( Espere! Eu acho que começamos com o pé errado. Ir para o Brasil hoje e quer vê-la, quem sabe pode ser útil para o nosso negócio lá?)

-Sto già essere molto utile qui signore. La maggior parte di tutto il possibile qui è per causa mia. Sto diventando la sensazione che Farone non mi ha dato il giusto credito per le mie azioni. - Disse demonstrando chateação, sobre o fato de Farone nunca ter me dado o real crédito por tudo que fazia pela organização. ( Eu já estou ser muito útil aqui senhor. Acima de tudo o que pudermos aqui é por causa de mim. Eu estou começando a sensação de que Farone não me deu o devido crédito por minhas ações)

-Ne abbiamo parlato in modo da ottenere in Brasile, va bene? - Perguntou impaciente se poderímos conversar quando ele chegasse ao Brasil. ( Nos falaremos assim que eu chegar no Brasil, está bem?)

- Sì signore. Aspetto. - Respondi que eu o aguardaria. ( Sim senhor, eu o aguardo)

Assim que desliguei o telefone fiquei pensando em nossa conversa. Como ele podia me tratar de qualquer jeito. Fiquei repetindo a conversa mentalmente. Tudo que eu desejava era poder tomar o lugar de Farone na chefia do crime organizado no Brasil. E farei tudo para conseguir isso.

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⏰ Última atualização: May 06, 2016 ⏰

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