Negócios

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O dia de trabalho havia sido exaustivo, mas produtivo. Assim pensava Tereza ao pegar sua bolsa e a pasta com da THEO,a maior conta que ela tinha no momento. Cada dia negociar com o diretor financeiro daquela empresa estava se pondo difícil. Ele não aceitava as diretrizes do Banco, sempre colocando-a contra parede dizendo que se fosse assim, tiraria a conta da empresa do Banco dela. Isso ela não podia permitir, mas como fazê-lo entender que o banco havia mudado as regras para novos empréstimos, eram novos planos de aplicação.... Augusto Borges, esse era o nome dele, causa uma sensação de desconforto em Tereza sem explicação. Há duas semanas atrás, mais precisamente, haviam travado uma discussão que no final, ela pensou que perderia seu emprego. Porque pensou que ele relataria o o ocorrido ao seu gerente geral. E em qualquer empresa, principalmente financeira um empregado é despesa e o cliente é o que sempre tem a razão! Mesmo com todo aquele desconforto criado por ele, hoje ela teria uma encontro com ele e a dona de THEO, Theodora! Isso lhe causava mais e mais preocupação... afinal ela conhecia Theodora, sabia que ela também não era fácil, uma reunião com os dois era sinônimo de tensão em dobro.

- Vamos sair pra bater papo, nos distrair, Tereza? - Convida Marli.

- Hoje não dá, tenho ainda que me encontrar com o pessoal da THEO. - explica Tereza a sua colega de gerência.

- Essa empresa tá te sugando neste último mês.

- Poxa, nem me fale... Eles não aceitam as novas regras, pensam que sou eu que as inventei e o diretora financeiro sempre com ameaças de tirar a conta daqui. - Diz Tereza trancando suas gavetas.

- E que diretor. Hein? - comenta Marli com um sorriso matreiro.

Tereza a olha e sorri, porque afinal ela tinha razão, Augusto Borges era um homem de seus 1, 78 de altura, cabelo liso extremamente negro contrastando com sua pele branca. Ela achava que ele deveria estar na casa dos 55 anos, mas com um corpo... E com um olhar....com aqueles lábios carnudos, com aquelas mãos grandes, com aquela elegância e arrogância.... " Não pense nisso, Tereza!!! ", ela recrimina seu próprio eu. Afinal por mais sensual e másculo que ele fosse,não deixava de ser cliente. E claro que um homem como ele, que segundo os rumores era separado há anos, devia viver de cama em cama. No fundo Tereza acreditava que um homem como Augusto era muito homem para uma mulher apenas. Ela ri com seu pensamento ao se despedir de Marli.

- Boa noite, Sinval - se despede do segurança e segue para o seu carro.

Iria direto para o restaurante combinado, afinal ir em casa pra depois voltar era perda de tempo com o trânsito do Rio de Janeiro, cada dia mais caótico. Assim poderia pedir um suco de laranja e ir adiantando alguns trabalhos enquanto esperava os dois chegarem: Theodora e Augusto.

Assim fez Tereza....

Depois que recebeu seu suco, começou a ler o contrato e marcar alguns pontos a se discutido com os clientes. Nesse momento sua mente vagou para o dia que teve seu embate com Augusto Borges. Ela havia ido a empresa deles com as novas regras, preferia conversar pessoalmente com eles do que deixar pra depois, contas grandes tinham privilégios como esses, gerente ir conversar pessoalmente.

" - Boa tarde, a senhora já pode entrar, Doutor Augusto espera a senhora.

Ao entrar em sua sala o encontra levantando para recebê-lá.

- Boa tarde, Tereza. Certo?

- Isso mesmo.

- Sente-se!

Após alguns minutos de explicação e Tereza pensando que tudo estava resolvido, ela escuta ele falar :

- Nós nunca tivemos que mostrar balanço de nossas finanças!Isso é um absurdo!!

- Mas...

- Vocês estão pensando que são sócios da empresa?Antes com a outra gerente nunca tivemos essa exigências! E por que agora?

- Deixa eu explicá-lo.

- Não, nossa empresa não vai fazer balanço pra vocês é muito menos estipular nossas despesas! - ele falava exaltado.

- Doutor Augusto, o senhor precisa entender que as regras mudaram e não fui eu que as inventei!Na época da outr gerente, tinha outras regras...

- Acho que Ângela era mais maleável! - Diz ele olhando-a com ar de despeito.

- Não vou tentar convencê -lo sobre o meu trabalho! Apenas peço que análise mais as propostas do nosso banco.

- Eu não preciso ser convencido sobre o seu trabalho, Tereza!!! Acho que você precisa apenas entender que somos seus clientes e você precisa negociar com seu banco em nossa defesa. Não sou eu que vou falar com os diretores do Banco. Ou será que você não é capaz? - diz isso olhando -a firme.

Tereza se sente tão agredida que se levanta recolhendo todos os papéis que estavam sobre a mesa.

- Acho que nossa reunião já acabou!O senhor resolva com sua superior e veja se preferem mudar de gerente. Eu não vou ficar aqui escutando o senhor menosprezar o meu trabalho!Passar bem!

Ele a segura pelo braço, obrigando-a se deter.

- Desculpe-me não quis ofendê-la. Me exaltei... - Diz com um sorriso charmoso.

Tereza olha para mão dele apertando o braço dela, a energia que passou para seu corpo não tinha como descrever. Ele segue seu olhar e solta o braço dela.

- Desculpe-me! - pede ele.

- Acho melhor você conversar com Theodora e depois voltamos a conversar.

- Pode deixar, Tereza. E mais uma vez, desculpe-me por minhas palavras. E por favor desmanche essas rugas da testa. Você fica melhor com um ar mais leve. - Diz ele charmoso.

- Talvez você não esteja acostumada com mulheres com rugas! Espero seu contato para marcarmos outra reunião. Até mais...- antes de sair Tereza ainda escuta ele falar.

- Na verdade, não estou acostumado mesmo, mas abro uma exceção pra você!!

Ela o olha com um ar de poucos amigos e sai do escritório.

Nunca havia sido tão ultrajada assim na vida!O que não tinha que passar para manter um cliente. "

E só em pensar que teria que aturar aquele insolente mais uma vez, o que a consolava seria ter a presença de Theodora. Achava com ela ali a reunião iria fluir, ele não tentaria diminuir seu trabalho e também não tentaria ser mais uma vez engraçadinho com ela. Sabia que era uma mulher madura e que por mais boa forma que tivesse, não se comparava a uma jovem de vinte anos. Mas também não precisa brincar com isso... para homem era muito mais fácil encarar o passar do tempo. Afinal as meninas preferiam homens mais experientes, mais seguros financeiramente; já mulheres... era outros quinhentos. E ela tinha consciência disso. Depois daquele embate na empresa, ela procurou saber mais sobre Augusto Borges e descobriu que ele era o típico garanhão de meia idade, com muito dinheiro, livre e que só saía com mulheres com metade da sua idade. Agora entendia o porquê do último comentário dele naquele dia....
- Boa noite, Tereza!

Ela deixa seus pensamentos e levanta a cabeça, olhando o dono de seus pensamentos a sua frente mais másculo e sexy do que nunca...

TEREZA (INCOMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora