Desiludida

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Uma semana depois...

Tereza terminava de retirar a lasanha do forno quando Sabrina entre na cozinha:

- Hummmm tá cheirando bem, mãe!!

- Fiz lasanha que você gosta tanto.

Sabrina se aproxima mais da lasanha pra sentir o olor que saía da sua comida favorita.

- Desse jeito vai me engordar, mãe.- fala rindo e se sentando na mesa da cozinha.

- De vez enquando uma massa não faz mal a ninguém e você com esse corpinho, minha filha....

Tereza se senta a frente de Sabrina e começa a cortar para servi-la.

- Mãe, você não falou como foi o jantar de negócios da semana passada. Foi ruim assim? - pergunta Sabrina.

A curiosidade da filha tinha motivo de ser, afinal Tereza conversava tudo com a filha desde suas pequenas vitórias quando abria uma ótima conta quanto quando tinha problemas com seus clientes.

- Bem... ficou na mesma, ele concordou que eu estava certa. E ficou tudo no mesmo. - disse Tereza não querendo entrar muito no assunto.

- Hummmmmm, mãe, tá espetacular essa lasanha!! - fala com um pedaço na boca.

- Você não tem jeito, Sabrina. Ainda fala com a boca cheia. - As duas riem do comentário da mãe.

- Sei... Mas percebi no outro dia que você estava muito animadinha, fazia tempo que não a via assim. Mas ai os dias foram passando e você foi murchando. O que houve? E não adianta dizer que não foi nada, que te conheço bem, Dona Tereza!  - pressiona a filha encarando -a.

Tereza mesmo não se sentindo a vontade em falar de Augusto com a filha, resolveu conta-lhe.

- Fui um boba, filha!!

- Boba? O que aconteceu? Você nunca é boba, mãe.

Tereza termina de mastigar e toma um gole de seu vinho e encara a filha.

- O diretor financeira da empresa que estava me dando trabalho. Então... foi com ele que tive que convencer que eu e o banco estávamos certos na semana passada. Foi com ele que fui jantar. Apesar de não saber que só ele iria. Pensei que fosse a dona, com quem tenho um ótimo relacionamento....

- Sei... Mas não foi isso que te deixou chateada do meio da semana pra cá. Foi?

- Não!! Na verdade, me sinto atraída por ele. Confesso que sou uma tonta!
- Diz passando as mãos nos cabelos curtos.

- Mas por que uma tonta, mãe? Você tá gatona. Acha que ele não correspondeu?

- Teve um momento que achei que sim, que ele estivesse interessado em mim. Até me pediu o número do celular para marcarmos algo... Eu tonta, dei.

Sabrina bate as mãos feliz.

- Que maravilha! Mas e aí? Porque essa carinha triste?

- Ele não ligou! Isso tá me matando de raiva de mim mesma. Sei que não sou mais nenhuma menina, que é normal o cara não ligar. Já ouvi falar que ele tem muitas mulheres ao seu redor. Não iria se interessar logo por mim...

- Ihhhhhh, pode parar! E por que ele não ia ficar afim de você? Gatona, trabalhadora, inteligente...

- Você acha mesma que homens pensam nisso, Sabrina?

- Você mesmo que me falava isso quando eu fica puta por causa dos carinhas do Colégio. Agora isso não funciona contigo? - Fala segurando a mão da mãe.

TEREZA (INCOMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora