Felipe narrando:
- Oi Rebecca, como você está?- perguntei logo após Rebecca atender a campainha. Decidir ir insistir com a Ka para saber porque nós brigamos, na verdade nós não brigamos, nós só nos distanciamos, e quem se distanciou foi ela, não eu.
- Indo como Deus permite-reparei que a Rebecca não estava com uma cara muito boa, estava abatida e com os olhos vermelhos de chorar.
- Por que você estava chorando?- perguntei.
- Não era bem um choro, era uma oração pelo menino Diego. Sabe ele é uma pessoa incrível, muito boa, tem o coração bom, ele cheio de qualidades, é cheio de defeitos também, mas as qualidades dele combrem os defeitos.
- Verdade, depois eu vou dar uma força pra ele, não entendi direito o que aconteceu para ele ir parar no hospital, mas tudo bem.
- Você veio aqui atrás da Kalila?
- Sim.
- Então você vai matar três coelhos com uma cajadada só.
- Como?
- A Kalila não saí mais de perto do Diego, daí você vai na casa dele, fica sabendo o que aconteceu, fala com a Kalila e "dá uma força" para o Diego- falou fazendo aspas com a mão.
- Tá legal. Fica com Deus- falei já me dirigindo a rua.
- E você vai com ele.
- Amém- ascenei e continuei andando.
* * *
Fui o caminho todo pensando na Kalila e no Diego. Será que eles estão juntos?
* * *
Cheguei na porta da casa do Diego e respirei bem fundo, acho que "roubei" o oxigênio das plantas, dos carnívoros, dos herbívoros, dos produtores, de todos os bebês do planeta e de todo ser vivo existente.
Felizmente (ou infelizmente?) não era verdade, foi apenas um suspiro demorado. Bati na porta e esperei alguém atender.
- Oi Felipe- a própria Kalila abriu a porta.
- Oi. Eh...que Eu vim falar...você sabe...com o Diego e tal- porque eu estou me entolando todo?
- Pode entrar então- falou me dando passagem- O Diego tá lá em cima.
- Mas não... sei onde é o querto dele! Eh...Me acompanha?
- Tá legal.
- Fica ali ô- falou apontando para um dos quartos de porta aberta.
- Obrigada.
- De nada- falou já descendo da escada.
Entrei no quarto e o Diego estava sentado lendo um livro que nem me interessei em olhar o nome.
- E aí cara?- falei meio sem jeito.
- E aí Felipe meu brother.
- Tá melhor cara?
- Muito melhor. A Kalila é uma bênção, ela tá me ajudando muito.
- Poiseh, ela é incrível mesmo- falei sem jeito.
Diego narrando:
Quando o Felipe falou: "(...) ela é incrível mesmo", ele pareceu bem cabisbaixo. Esse Felipe é moco demais, como ele não juntou as peças? Como ele não somou dois com dois?
- Felipe você sabe quanto é dois mais dois?- perguntei.
- Claro que é quatro.
- Ata.
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Garota Cristã
Espiritual#4 em Espiritual (12/07/2017) Sinopse: Esta é a história de uma adolescente chamada Kalila Belluz, que no auge dos seus 16 anos acontece uma tragédia; sua mãe morre com sintomas de derrame. Quase todos...