- Capítulo 52

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- Vá dormir que amanhã nós começamos. - Stefan apaga a luz do meu quarto.

- Stefan ... - o chamo antes de ir embora.

- Oi? - ele coloca a cabeça na porta.

- Obrigada... - digo mandando um beijo no escuro para ele.

- Sempre que quiser, linda.

Me aconcheguei na cama e, entre as cobertas, quentes. A cama parecia esta grande demais, dormi naquele vazio.

No outro dia, acordei determinada. Eu iria aprender a lutar e pronto !

- Vamos Stefan, acorde ! - disse empurrando ele na sua cama.

- Já vou... - ele disse aos bocejos.

Seu cabelo loiro escuro, caia na sua testa. Stefan era o oposto de Dylan. Uma versão meio patricinho, enquanto Dylan se parecia como um badboy.

- Vou achar outro professor então! - disse indo para a porta.

- Não,espera! - ele levantou rápido e me puxou pelo pulso. Me deixando de frente para ele. - Eu sou um bom professor.

Eu ri irônica.

- Vamos logo então. Coloque uma blusa e tá bom.

- Não acha melhor sem? - ele levantou a sobrancelha.

- Se for assim, vou ficar sem também.

- Por mim... - ele cruzou os braços. - Acho que seria uma distração.

- Coloque a camisa. - digo saindo do quarto.

Saio do quarto, rindo. Stefan está muito engraçadinho.

Coloco um tapete no jardim do quintal e vou meditando, tentando.

- O que você está fazendo? - Stefan me interrompe.

- Meditando. - disse de olhos fechados.

- Aposto que Dylan te influenciou. - ele sentou do meu lado

- Como sabe? - abri os olhos e o encarei.

- Quando ele ficava irritado, ele meditava.

- Não sabia disso.

- Pois é. Então, vamos começar?

- Pode começar, "professor". - ele se levantou.

- Lutar pode ser algo gracioso ou sangrento. Vi e vivi várias experiências assim, lutar envolve todos seus músculos, sentidos, reflexos, tudo. - ele respirou fundo. - Você deve usar toda sua força no oponente.

- Tá. Vamos para prática, não gosto de aula teórica.

- Paciência Mah...

- Ok...

- Levante- se. - ele ordenou e foi o que fiz. - Nunca, jamais tire seus olhos do inimigo. Você deve causa medo nele.

Encarei seus olhos azuis claros, que penetravam minha alma. Realmente aquela sensação foi estranha.

- Quando você encara um lobo, esta o enfrentando, convidando-o para uma luta. Me dá um soco.

- Hã? Não...

- No peito... vamos.

Assenti e fechei meus punhos e depositei um soco cheio em seu peito. Ele nem saiu do lugar.

- Muito fraco. - ele riu debochado. - Deposite sua raiva em mim, ajuda.

Pensei em algo ruim, que me desse força o suficiente. E me veio na cabeça aquele loira.

Me deu um ódio tão grande que acabei dando dois socos no Ste.

Ele foi para trás e colocou na mão no peito.

- Desculpaaaa... - o abracei.

- Mah, o que estava fazendo. Vai abraçar o inimigo?

- Mas meu inimigo não é você.

- Tu penso em que, hein? - ele me abraçou.

- Nem te conto. - me soltei de seus braços e é ele pareceu triste, porém ele se recompôs.

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