- Capítulo 66

884 82 20
                                    

- Stefan eu não tô bem. - gemi de dor.

- Mah o que está sentindo?! - ele passou a mão pela minha testa.

- Tô enjoada e tonta. - falei.

- Venha. Vamos sair daqui.

Quando a roda gigante parou, Stefan me pegou no colo e foi em direção do carro. Me deitou no banco traseiro e me acalmou.

- Tá doendo demais. - falei.

- Será que foi algo que você comeu? - ele disse, confuso.

- Não sei. - disse me contorcendo.

- Vamos para o hospital. Agora ! - ele falou, já ligando o carro.

- Não Stefan... se for algo com a loba? Não podemos nos arriscar.

Não adiantou falar com ele. Stefan dirigia o carro rapidamente.

- Não posso deixar você agonizando aí.

A dor estava tão forte que eu adormeci no caminho ao hospital.

Acordei em uma maca. O pequeno quarto estava gelado e tinha um cheiro estranho. Havia uma mesinha e um pequeno sofá, onde Stefan estava dormindo nela.

Devia ser umas 8:30 da manhã.

- Stefan? - o chamei.

Ele abriu os olhos devagar e se levantou e se espreguiçou.

- Oi... está melhor? - ele falou.

- Ótima. Podemos ir embora? Não gosto de hospitais. - suspirei.

- Vamos esperar a enfermeira trazer os resultados. - ele se aproximou da maca. - Eu fiquei preocupado.

- Não fique.

Ele se aproximou de mim, muito perto, passou a mão pelo meu rosto, e depois pela nuca, me puxando para um beijo.

Mas na hora a médica chega, com algumas papeladas e encerra nosso beijo que não aconteceu.

- Opa... - ela disse envergonhada. - Atrapalho?

- Não. - dei um sorriso tímido a ela.

Stefan se distancia e ficou sem jeito.

- Então médica, o que tenho? - falei, suspendo o silêncio.

- Achei que soubesse. - ela sorriu.

- Soubesse de que ? - falei confusa.

- Você está grávida de 6 meses Mah. - ela colocou os papéis na mesinha. - Você vai ser mamãe!

- O quê?! Grávida?

- É sim Mah. Ele é o pai? - ela apontou para Stefan. - Parabéns ao casal.

Eu estava em choque. Aquilo era impossível.

- Não. Eu não sou o pai. - Stefan disse, percebi que ele também estava alterado.

- Mas... eu vou ter um filho?

- Isso... Uma criança é uma bênção. Bom, depois nós fazemos mais exames. - ela disse saindo.

- Não... Não... Não... - fiquei repetindo. - Eu não posso estar grávida! Não agora. Isso é impossível.

Stefan passou as mãos pelos cabelos. Ele estava mais perdido que eu.

- Se você transou com ele, deve estar grávida né. Porque com o dedo você não fez !

- Stefan !! - o repreendi.

- Desculpas... É que não sei lidar com a situação. - ele suspirou. - Você vai ter um bebê.

- Mas eu não posso. Eu sou um lobisomem. Uma criatura sobrenatural. - falei.

- São raros, mas acontecem. Aliás, Dylan é um Alfa, e só eles se reproduzem.

- 6 meses... 6 meses e eu não senti nada. - disse, me deitando na cama. - Eu vou ter um bebê...

AlcatéiaOnde histórias criam vida. Descubra agora