Alcatéia

- Capítulo 77

Eu achei que estava ouvindo coisas, e deixei de lado esse pensamento e me aproximei mais do peito de Stefan.

Ele dormia com os braços em volta da minha cintura. Adormeci em seu peito.

Quando acordei, a cama estava vazia, sem Stefan. Nem Jonathan estava no berço.

Me vesti e sai correndo em busca dos dois, mas me deparei com outra coisa.

Dylan estava na cozinha com Jonathan, usando um suporte para bebês, enquanto fazia o café da manhã. Ele era carinhoso e prático a cada movimento que fazia. Jonathan esteve calmo e relaxado no suporte.

- Olha... isso é uma coisa que eu não esperava ver ein...- falei, me sentando na mesa e me servindo.

- Estou aprendendo ainda. - ele colocou o café num copo.

- Cadê o Stefan?

- Saiu. - ele acariciava o cabelo castanho de Jonathan. - Jonathan estava chorando, então entrei no quarto.

- Entendi... - disse, pegando um pedaço de bolo.

- E você dormia como um anjo. - ele disse, sem olhar pra mim. - Sabe... você dormindo, foi mais belo do que ver o sol nascendo.

- Babando, com o cabelo bagunçado ? Ah sei...

- Sim Mah. Eu amo você do jeito que é, mesmo babando. - ele riu.

Eu não tinha resposta para aquilo, optei por não comentar.

- Dylan você vai ficar até quando aqui? - eu disse, lavando os pratos, enquanto ele alimentava Jonathan.

- Eu voltei por você, por nós... Mas agora... agora eu tenho um filho pra cuidar, para ensinar.

- Não quero que se sinta obrigado a isso. Tenho Stefan e ele...

- Para Mah. - ele me cortou e me olhou sério. - Eu sou o pai e não ele. Não vem com essa história dele sempre te ajudar, eu sou um homem Mah e não um menino.

- Eu sei mas..

- Não. Eu sei que agi como um no passado mas eu amadureci, Mah eu sou um Alfa.

- Esse é o problema Dylan ! - na raiva eu quebrei um prato dentro da pia.

- Não tenho culpa se sou um Alfa. - ele acariciava Jonathan, assustado com o barulho que tinha feito. - O problema é você ficar me bloqueando da sua vida.

- Tenho razão pra isso...- juntei os cacos.

Dylan pôs Jonathan, que estava dormindo, no carinho.

Quando terminei de limpar a bagunça que havia feito, Dylan se aproximou de mim.

- Tudo bem? - ele se referiu ao corte que cobria na minha mão.

- Esta cicatrizado. Não sei por quê se preocupar...

- Eu me importo com cada ferida sua. - ele passou a mão pelo meu rosto e fixava seus olhos na minha boca.

Eu já esperava o que estava por vir, retirei suas mãos de mim e me afastei.

- Não... -falei baixo.

- Até quando vai ficar resistindo a mim? - sua voz era firme que me fazia estremecer.

- Até onde eu conseguir...