Com esse tempo que eu e Stefan havíamos dado, Dylan havia aproveitado essa oportunidade.
Eu sentia sim, saudades dele do meu lado, mas de Stefan também. Percebia que Stefan ficava muito bravo com Dylan quando ele se aproximava de mim.
Stefan estava ficando muito estranho, achei que fosse minha imaginação e deixei de lado isso.
Enquanto a Dylan... estava mais carinhosos comigo e com Jonathan como nunca. Fazia todos meus gostos e eu estava amando. Mas eu ainda me recusava a aceitar os seus toques ou beijos, resistia firmemente. E ele insistia mais.
Quando eu estava tomando banho, deixei a porta aberta sem querer. Estava distraída me ensaboado, quando sinto uma mão tocar meu pescoço, me fazendo virar.
Dylan...
Ele me puxa para mais perto de seu rosto e me beija, um beijo quente e cheio de ternura. Mas logo percebo meu erro e tento cobrir meu corpo nu.
- Sai daqui Dylan... - o chuveiro fez com que minha voz ficasse baixa, mas ele havia escutado.
- Sair agora? Não mesmo.
Então ele tirou a camisa e a bermuda, na verdade rasgou, e ficou só de cueca box.
Ele entrou no chuveiro e se aproximou de mim. Era pra mim estar envergonhada com a situação, mas não, fiquei tranquila e deixei que ele se aproximasse.
Ele me abraçou e beijou meu pescoço, fazendo meus pelos arrepiarem, o meu corpo todo também.
Agarrei seus cabelos com carinho e o beijei. Beijei com tanta paixão, e ele retribuiu, com mais intensidade. Suas mãos passavam por todo meu corpo, não num gesto malicioso, e sim carinhoso.
- Você perdeu... - ele disse.
Aquilo mais pareceu uma ofensa para mim, irritada com minha fraqueza de nao ter resistido, o empurrei para longe e o encarei.
- Ainda não.
Sai do chuveiro as pressas e me enrolei na toalha. Ele ainda me olhava em baixo do chuveiro. Não consegui descrever seu olhar.
No outro dia, Stefan me convidará para ir em um evento que acontecerá na cidade.
Só porque damos um tempo, não significa que me afastaria dele.
Dylan iria ficar com Jonathan novamente, enquanto eu sairia com seu irmão.
- Aonde você vai assim? - Dylan disse, me avaliando.
- Sair com Ste. - respondi, beijando a bochecha de Jonathan. - Tchau meu amor.
- Tchau amor. - Dylan respondeu.
Eu não havia me referido a ele, e sim ao meu filho.
- Ahh.. e esse vestido tá curto demais.
- Não ligo. - disse saindo pela porta.
- Eu ligo... - ouvi voz abafada.
Stefan me esperava no seu carro e estava lindamente perfeito. Com seu cabelo molhado, penteado para trás, o fazia mais irresistível. Sorri pra ele, contente.
Depois de ficar dando várias voltas na cidade e visitando as feiras que ali estavam, decididos comer algo.
- Cachorro-quente? - disse.
- Claro. - Ste pegou a carteira do bolso e pediu dois.
Sentamos em um banco da praça e ali nos servimos. A noite estava ótima, tirando o movimentação.
- Há outro lobo aqui.. - disse, sentindo o seu cheiro.
- Sim. Mas não é invasor. - ele respondeu.
- Esta de passagem. Uns 20 anos, forte, alto. - meu faro estava aguçado, sem menos vê-lo, eu pude sentir. - De fato, um invasor, não há perigo.
- Você está boa com isso ein. - Ste riu.
- É que eu tive o melhor professor. - o provoquei.
- E eu tive a melhor aluna. - então ele me deu um beijo, resumindo : selvagem e atrevido. Ele beija muito bem, até demais.
Stefan se afastou brutalmente e me olhou arrependido.
- Desculpa, não quis te beijar sem sua permissão.
- Tudo bem.. - falei tímida, mas eu havia gostado do beijo.
Chegamos em casa, e todos já haviam dormindo, ou não. Stefan deu um beijo na minha testa e foi dormir, enquanto eu me dirigia ao meu quarto.
O quarto estava escuro e vi Jonathan adormecido do berço. Não querendo acordá-lo, me troquei com a luz apagada mesmo.
- Deveria perguntar se tem alguém antes. - Dylan disse, atrás de mim.
- Você deveria ter feito a mesma coisa antes de entrar no banheiro. - cruzei os braços.
- Você pareceu ter gostado. - ele riu, sarcástico.
- Eu odiei. - falei.
- Quanto mais você resistir, mais eu vou insistir... - ele me deu um rápido selinho que eu nem pude desviar e depois desapareceu no escuro.
Deitei na cama, e não consegui dormir. A indecisão perturbava minha cabeça, como um martelo, eu ainda não havia feito minha escolha..
E isso me atormentava.
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Alcatéia
WerewolfMah sempre foi uma garota que nunca acreditou em contos e fantasias, mas em certo dia na lua nova isso se tornou realidade. Ela estava longe de acreditar em lobisomens, mas ela acabou se tornando uma. Sem função na alcatéia, ela sempre ficava ocupan...