- Capítulo 62

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- Não vou repetir. Solta ela. Agora. - Dylan disse, cuspindo com ódio as palavras.

Aquele homem me soltou e encarou Dylan.

- Quem é você pra falar o que eu tenho que fazer?

- Seu maior pesadelo. - Dylan disse, seus olhos estavam quase negros. - Você vai se arrepender de ter encostado nela.

Dylan deu um soco no homem tão forte, que ele caiu instantaneamente.

- Só não te mato, porque seria covardia.

Eu estava assustada, e tonta também. Minha cabeça doía.

- Diz que mudou de idéia Dylan... - cai em seus braços.

- Não Mah... mas nem por isso que não vou protegê-la. - ele me pegou no colo. - Vamos sair daqui. Você está péssima.

- Você me deixou assim. - respondi.

Chegamos em casa, mas eu estava tão bêbada, que nem em pé eu ficava.

- Onde ela estava?! - ouvi a voz de Stefan.

- Num lugar onde ela nunca devia ter pisado. - Dylan respondeu.

Ele me deitou na cama e tirou meus sapatos, me cobrindo com a coberta.

- Fica aqui comigo? Pela última vez... - falei sonolenta.

- Se eu fizer isso... vou mudar minha idéia e depois vou me arrepender. - ele apagou a luz. - Boa Noite Mah.

Mas era isso que eu queria. Dentre tantos acontecimentos, eu dormi.

Acordei com uma enxaqueca enorme. Tudo rodava, um banho ajudaria.

Tomei um banho gelado e ajudou a me recompor.

Havia uma movimentação lá em baixo. Me vesti e sai correndo para ver o que era.

Dylan abraçava Logan, se despedindo. Na mão ele carregava uma maleta. Ele estava indo embora. Sem se despedir de mim.

- Não ia nem me dizer um adeus? - falei, em cima das escadas.

- Iria ser melhor pra você assim.- ele respondeu.

- Iria ser melhor pra mim se você ficasse.

Todos estavam quietos, nos observando.

- Não complica Mah. Será melhor assim.

Desci correndo as escadas e fiquei na sua frente.

- Eu já disse... você não terá outra chance. Fica. - implorei.

- Não Mah. Já fiz minha escolha.

- Então adeus. Tudo foi em vão então.

- Não foi.

Ele me abraçou e me beijou.

Um beijo incrível. O melhor de todos. Eu o beijei como se tudo aquilo fosse a última coisa da minha vida, e talvez fosse.

Ele que desgrudou nossos lábios e sussurrou só pra mim, no meu ouvido.

- Eu te amo tanto... Adeus.

Então ele pegou suas coisas e, parou na frente da porta aberta, de costas para mim. Achei que ele ia se virar para mim, mas não, ele seguiu em frente. Saiu, saiu da minha vida.

Segurei as lágrimas. Não ia chorar. Não de novo.

Ele fez a sua escolha e eu também.

Ia seguir em frente, sem ele. Aliás... eu nasci sozinha.

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