Capítulo 4 - Os estrangeiros

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Pov Marine Le Fay

Acordei com uma trompa quase ao meu ouvido, estava na hora de levantar e morrendo de fome. Então fui direto ao pequeno refeitório que tinha, diversos animais comiam como se fosse o último dia de suas vidas.

Leopardos e os outros bichos compartilhavam um veado já idoso, e os outros se alimentavam de frutas e algumas raízes.

Preferi comer algumas torradas com geleia de uva, era doce e saborosa aproveitei e tomei um pequeno cálice de vinho em homenagem a Baco.

-Ande logo Marine!- gritou Quiron.

-Já estou indo - respondi correndo em direção ao mesmo.

-Na batalha você entrará com os arqueiros à pedido de Aslam ou ocorrerá outras coisas com você, mas prepararei você para o arco e as flechas- disse ele ajeitando os alvos.

-Tem boa pontaria?- ele me perguntou.

-Acredito que sim- respondi pegando um arco.

-Encoste os dedos em sua boca respire e solte - disse ele

Minha flecha parou no alvo mão no vermelho mas sim no azul ao seu redor, foi por muito pouco.

-Tente com isso - disse ele me mostrando um arco um pouco mais "evoluído".

Consegui acertar com o novo arco ao centro, o que me deixou mais focada e excitada para conseguir acertas os outros alvos.

-Gostei deste- falei para Quiron.

-Uma boa opção para você, agora experimente lançar estas facas - disse ele.

As facas não fui tão boa, mas consegui ao menos grudala- las no alvo.

-Continue com o arco, você está indo bem -disse ele.

Pela manhã meus treinos ficaram resumidos em usar a besta e o arco e flecha.

-Pausa para o almoço, você irá lutar com nossos melhores guerreiros- disse Quiron.

-Não está muito cedo para isso? - perguntei.

-Momento exato- disse ele se sentando com os outros centauros.

Ainda não tinha visto Aslam hoje, ao anoitecer falaria com ele. Me dirigi ao lago que tinha perto do acampamento, estaria sozinha e isso era perfeito.

Tirei o vestido e tratei de ser rápida, algumas náiades estavam comigo e começaram a cantar uma música em uma língua estranha, a melodia era bonita e harmoniosa, mas eu não conhecia e entendia a letra.

Terminei de me limpar e comi uvas que estavam em meu quarto.

Os treinos com a espada foram bastante produtivos, de dez guerreiros que eu enfrentei derrotei sete e recebi até um apelido, "Ceifadora" pois quando eu finalizava a luta minha espada estava parada em sua garganta.

-Ceifadora!- gritou Quiron e todos se juntaram aos aplausos.

-Quiron, eu não sei andar a cavalo - falei.

-Não tem problema, eu vou lhe ensinar - disse Quiron rindo.

Bom, tecnicamente ele é um cavalo, então seria até fácil, mas fui perceber que estava enganada.

-Marine, venha conhecer seu cavalo - disse Quiron.

Era um lindo cavalo negro, com uma crina branca e uma mancha também branca no peitoral, um dos cavalos mais bonitos que eu já vi na vida.

-Milady- disse ele fazendo uma reverência.

-Não faça reverência, não sou uma rainha ou alguém da realeza- disse envergonhada.

As Crônicas De Nárnia - Le fayOnde histórias criam vida. Descubra agora