Capítulo 12- Viva

435 46 1
                                    

Pov Marine Le Fay

O beijo teve um gosto salgado obviamente por conta da água , mas fui sutil e delicado.

-Me perdoe por isso Rainha - disse Thomas nos separando.

-Me perdoe você - disse juntando nos lábios novamente , Thomas me pegou pela cintura e entrelaçou minhas pernas em sua cintura.

Os beijos foram se tornando mais prazerosos, Thomas caminhou de volta a praia e me deitou na areia.

-Não estou pronta para isso Thomas - disse me sentando ao seu lado.

-Acho que estamos indo rápido demais - disse Thomas me encarando.

-Não deviamos ter bebido tanto- falei me levantando.

-Vamos se vestir e voltar para o castelo - disse ele

-Vire de costas - pedi

Ele se virou e começou a vestir sua roupa e eu fiz o mesmo , ambos estávamos molhados mas conseguimos vestir.

-Está pronta?- ele me perguntou ainda de costas.

-Pode virar - falei amarrando meus cabelos em coque.

-É melhor voltarmos - disse ele.

-Concordo - respondi o seguindo.

O caminho foi silencioso e eu estava morrendo de vergonha "eu sou uma das rainhas de Nárnia , quando descobrirem foi pensar que eu sou uma vadia" pensei.

Chegamos no castelo , Thomas foi a frente abrir as portas , ainda bem que as luzes já estavam acessas.

-Boa noite - falei indo em direção ao meu quarto.

-Marine?- me chamou Thomas.

-Sim Thomas?- perguntei

-Você irá esquecer o beijo?- ele me perguntou

-Não sei , você irá?- perguntei.

-Nunca em minha vida - afirmou ele.

Eu não sei se deveria ficar feliz ou triste com essa afirmação, Pedro, Edmundo , o concelho de Nárnia, não permitiria que eu me casasse com um mago.

-Isso está fora de cogitação Marine- sussurei.

Tomei um banho quente , pois eu estava tremendo , aproveitei para treinar meus poderes , a água da banheira estava gelado então conjurei um feitiço para ela esquentar.

Thomas disse que com a prática eu iria melhorando , acreditava nele , antes de adormecer comecei a ler novamente o grimório , esses feitiços tinham que se fixar em minha mente.

Minha madrugada se resumiu em ler o grimório, praticar alguns simples feitiços e pensar em Aslam.

Muitas vezes eu trato Aslam como se ele fosse meu pai , cuida de mim como meu pai do meu mundo , me protege , me auxilia e orienta , lógico também da carinho e amor.

Fico imaginando como as meninas estão e suas reações ao saberem que eu abandonei Cair Paravel. Lúcia irá brigar com Pedro , e Susana começaria a chorar. Nada fora do normal.

Pedro deve estar querendo me matar , mas a culpa foi dele que me chamou de selvagem e contratar a porra de uma dama de companhia.

Como seu eu fosse um animal , como se eu não soubesse me portar diante a sociedade. Eu fui coroada pelo próprio Aslam!

-Está tudo bem Marine , eu ouvi um barulho?- disse Thomas entrando em meu quarto.

Agora que eu fui perceber , quebrei o copo , minha mão estava vermelha por conta do vidro que rasgou minha pela.

-Maldição - resmunguei.

-Você precisa controlar seus nervos - ele disse se ajoelhando em minha frente.

-Como posso controlar meus nervos quando me ofendem? Não sou o tipo de pessoa que aguenta levar desaforo e permanecer calada- falei sentindo ele retirar os vidros com uma pinça.

-Por que não usa magia?- perguntei

-Usar magia nos desgasta , não podemos usa-la para coisas simples que conseguimos resolver sozinhos- disse ele

-O que acontece se eu me "desgastar " demais?- perguntei

-Você vai desmaiar , ou acaba ficando em coma - disse ele - vai depender da intensidade .

-Que legal - resmunguei.

-Por que fugiu?- ele me perguntou pela segunda vez.

-Não é necessário saber- disse para ele .

-Mas eu sou curioso - afirmou ele efaixando minha mão.

-Ja lhe disse ,briguei com o Rei - falei.

-Isso eu já sei , agora que saber o porquê de ter brigado com ele - disse Thomas levantando.

-Segundo ele eu precisava me portar melhor como Rainha - afirmei - "Uma Rainha não usa calças e muito menos fala palavrões"

-Que babaca- disse Thomas lavando os panos que foram usados para - Desculpe ele ainda é o Rei.

-Um Rei babaca , e eu ainda sou a Rainha , e fugi como uma imbecil - afirmei.

-Não como uma imbecil , sim como uma pessoa de honra - continuou ele .

-Eu penso que sou idiota , brigar com Pedro porque eu não queria ter uma dama de companhia. - falei rindo.

-Não devia se martirizar - avisou ele.

-E o que eu posso fazer?- perguntei

-Viva - respondeu ele saindo do quarto.

As Crônicas De Nárnia - Le fayOnde histórias criam vida. Descubra agora