Capítulo 17- Veado Branco

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Pov Marine Le Fay

15 anos depois

Está manhã o fauno Tumnus, agora um senhor de meia - idade , nos trouxe notícias do Veado Branco , nos queríamos muito o caçar pois quando alguém o captura ele traz a satisfação de todos os desejos.

Partimos para encontra-lo , Edmundo insistiu em que permanecemos no castelo mas fazíamos questão de ir com eles.

Passamos poucos minutos cavalgando quando o avistamos , perseguindo ele por bosques e planície , montes e vales.

Entremos em uma capoeira em que os cavalos nao conseguiriam atravessar conosco , descemos dos mesmos , Osíris já não era o mesmo.

-Está bem mesmo Osíris?- perguntei.

-Não estou tão jovem quanto antes Majestade- disse ele.

-Vamos deixar os corcéis amigos - disse Pedro.

-Observem que coisa estranha , uma árvore de ferro- disse Susana.

-Não é uma árvore de ferro Susana , é um pilar de ferro com uma lanterna em cima - disse Edmundo.

-Mas que estupidez!- disse Pedro- Afixar uma lanterna num local em que as árvores crescem tão juntas e tão alto , que mesmo acessa , não daria luz para ninguém.

-Talvez aqui não existisse árvores - disse Lúcia.

-Muito bem apontado Lúcia!- disse

-Eu reconheço esse lugar - disse Lúcia, correndo dentro do bosque como se procurasse algo.

-Lúcia!- gritei a seguindo , ambos começamos a segui-la

-Edmundo eu esqueci minha espada no cavalo , voltarei num instante - disse voltando para o cavalo.

-Não demore Rainha - disse ele.

-Se eu demorar você vai me achar - falei

Antes que eu pudesse pegar minha espada cai em um buraco e eu comecei a cair e a cair , como se não houvesse mais fundo , estava tudo escuro , mas senti o cheiro de algo tão comum e esse cheiro se fixou em meu ofato , comecei a me balançar em quanto caia e acabei batendo a cabeça na parede do buraco.

Acordei com a visão meio embaçada , Eustáquio estava na minha frente e Tia Alberta ao meu lado e provavelmente um médico também.

-Onde eu estou?- perguntei.

-Como asism querida você não se lembra?- perguntou Tia Alberta.

-Eu não lembro de quase nada- respondi me sentando na cama.

-Você acabou desmaiando quando seus pais foram embora - disse ela.

-Ataque de pânico - falei.

-Nos sabemos , mas achei melhor contratar um médico para analisar melhor a sua situação - disse ela.

-Obrigada Tia - falei.

-Você demorou um pouco para acordar , vou medir sua pressão e eu peço que você tome alguns remédios - disse ele.

-Sim senhor - concordei.

-Uma dose diária desse líquido e um a cada dois dias desse comprimido - pediu ele.

-Prometo seguir direito as suas instruções -falei

-A mocinha já está melhor , já vou me retirar - disse ele.

-Tudo bem , adeus doutor - falei

-Se cuide Marine - disse ele.

-Fiz uma sopa deliciosa para você - falou Tia Alberta entrando no quarto com um prato de sopa.

-Muito obrigada Tia , eu juro que não queria a incomodar - falei aceitando a sopa de bom grado e realmente estava boa.

-Você não incomodou Marine - disse ela acariciando meus cabelos.

-Tia , você sabe quem são os Pevensie?- perguntei.

-Sim é a família da minha irmã - disse ela

-Eu poderia fazer uma ligação para eles?- perguntei.

-Com quem você deseja falar? - perguntou ela - Os filhos deles estão na casa de um amigo da família .

-Eu gostaria de falar com Edmundo - pedi.

-Tudo bem , agora terá de se levantar da cama , o telefone está na sala de jantar - disse ela.

-Ja estou descendo - falei.

Terminei meu prato de sopa e desci as escadas , era um sobrado.

-Venha querida ele já está na linha - disse ela.

Comecei a tremer , será que foi um sonho? Será que não passou de uma ilusão da minha cabeça? Será que ele se lembra de mim?.

-Edmundo?- perguntei.

-Marine , é você mesma?- perguntou ele.

-Oh Edmundo! Ainda bem que você atendeu , me diga por favor se foi um sonho ou não - pedi

-Não foi um sonho Enny - disse ele

-Me sinto tão aliviada que não foi um sonho , como estão os outros?- perguntei.

-Ambos querem falar com você , principalmente Lúcia - disse ele.

-Imagino que sim ,gostaria de ver vocês - falei.

-Quando sairmos da casa do professor iremos morar com nossos pais , quem sabe ficaremos na mesma cidade?- perguntou ele.

-Seria maravilhoso , eu estou na casa de sua Tia Alberta como pode perceber, quem sabe você não vem para aqui também - falei

-Talvez , vou passar para Lúcia pois ela está puxando o telefone - disse ele.

-Tudo bem , até o fim de nossos tempos Eddy- falei

-Ate o fim de nossos tempos - falou ele.

-Marine!- gritou Lúcia

-Olá Lúcia, quanto tempo não é mesmo?- perguntei

-Sim , faz bastante tempo- concordou rindo.

-Eu queria ver vocês - disse para ela

-Eu também quero ver você , assim como os outros , mas será difícil , podemos nos comunicar por cartas- disse ela

-Sim , pois o telefone acho que Tia Alberta não vai deixar eu usar mais.

-Tenho certeza que não , mamãe nos mandou uma carta , disse que irá nos buscar dentre dois meses - avisou ela

-Sei quanto isso é importante para você Lúcia , estou feliz também , espero que venham me visitar - falei.

-Será meio difícil mas nada que não podemos tentar, Susana e Pedro estão conversando com o Professor mas sei mandaram abraços e beijos. - disse Lúcia.

-Tudo bem , diga que eu estou com saudades- avisei.

-Nos diremos, fique bem , Aslam disse que voltaríamos lembra?- perguntou ela

-Sim ,eu tenho medo é que demore demais- falei.

-Fique calma , quem sabe nos vemos daqui alguns meses ou um ano- disse Lúcia.

-Nos veremos em breve , amo vocês - disse encerrando a ligação.

As Crônicas De Nárnia - Le fayOnde histórias criam vida. Descubra agora