Capítulo 23 - Passeio de barco

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Pov Marine Le Fay

Assim que o anão ruivo terminou de nos contar a história do príncipe Caspian , eu estava cada vez mais ansiosa e curiosa para conhece-lo.

-Quantos anos ele tem?- perguntei.

-Dezoito anos eu acho - disse o anão.

Edmundo me encarou com um sorriso malicioso provavelmente pensando " Você tem quinze anos perfeitamente da para se pegarem",assim como Lúcia que provavelmente estavam pensando "Interessou não é mesmo inocente?''.

-Por que está tanto curiosa?- perguntou Edmundo com um sorriso ao canto dos lábios.

-Não é nada oras , só quero saber a idade do nosso aliado ou inimigo - falei.

-Entao foi a trompa ... a sua trompa , Su.. que ontem de manhã nos arrancou do banco da estação! É difícil acreditar nisso , mas a verdade é que tudo se encaixa...- disse Pedro.

-Caramba! Não é muito agradável saber que podemos estar a mercê de um assovio. Ainda é pior do que ser escravo do telefone , como papai se queixa tanto - disse Edmundo rindo.

-E agora o que vamos fazer?- perguntou o anão - Acho que o melhor seria dizer ao rei Caspian que afinal o auxílio não veio.

-Não veio?- perguntei - Mas aqui estamos nós!

-Bem , não fiquem ofendidos , mas esperávamos grandes guerreiros , não crianças , mas adoramos crianças - disse o anão.

-Somos grandes reis e rainhas de Nárnia! Estivemos em várias batalhas!- disse Edmundo vermelho

-Por favor , não fiquem zangado!- disse Trumpkin( o anão)

-Não vale a pena discutir - afirmou Pedro - Vamos a sala do tesouro arranjar uma armadura nova para ele .

Quando chegamos na sala , os olhos do anão brilharam , vi o mesmo ficar na ponta do pé para ver as prateleiras entupidas de jóias .

Depois que todos pegaram seus devidos armamentos ( Lúcia pegou um arco e Edmundo um escudo e espada).

-Tenho uma proposta a fazer. Não é todo dia que meninos da minha idade encontram um grande guerreiro como você. Quer fazer um pouco de esgrima?- perguntou Edmundo

-É uma brincadeira perigosa mas ja que insiste - disse Trumpkin.

Desembainharam suas espadas , enquanto nós pulavamos para trás no objetivo de não sermos atingidos.

Susana estava eufórica e preocupada com Edmundo toda hora gritava incentivos ou outras coisas que eu não consegui distinguir.

Edmundo desarmou Trumpkin tão rápido que eu quase não percebi , além de mim , acho que só Pedro percebeu .

-Espere que não tenha se machucado , amigo!- disse Edmundo.

-Não foi justo - disse o anão - Você usou um golpe que eu não conhecia.

-E se você fosse no arco e flecha com minha irmã ou com Marine?- perguntou Pedro.

-Estou vendo que vocês gostam de se divertir - disse o anão.

-Qual o alvo?- perguntou Pedro.

-Pode ser aquela maçã naquele ramo em cima do muro - propôs Susana.

-Perfeitamente!- concordou o anão - É aquela amarelinha no meio do arco , não é?-

-Não , aquela não - falei - A outra , a vermelha , lá em cima , sobre as ameixas.

-Parece uma cereja!- resmungou Trumpkin.

Trumpkin foi primeiro e felizmente perdeu , sua flecha somente pegou de raspão na maçã.

Nem precisei ir , Susana acertou em cheio a maçã, fazendo com que ela caísse.

-Sensacional!- gritei

-Estou disposto a acreditar em vocês!- falou o anão.

-Então sabemos o que temos de fazer - continuou Pedro - Devemos ir logo ao encontro do rei.

-Quantos mais depressa melhor!- concordou o anão - Minha burrice já nos fez perder uma hora.

-O que Trumpkin chama de Monte de Aslam é , sem dúvidas a Mesa de Pedra.- falei atraindo a atenção para mim

-A gente andava uma manhã toda lembra , talvez um pouco menos , para ir dali às margens do Beruna... lembram-se?- perguntou Lúcia

-Ponte do Beruna - disse Trumpkin.

-No nosso tempo não havia ponte - falei - E do Beruna até aqui era mais um dia . Andando em passo normal , a gente costumava chegar no segundo dia , mais ou menos na hora do lanche

-Não se esqueçam : agora é tudo floresta - falou o anão.

-Mas será que precisamos seguir o caminho por onde veio o nosso caro amiguinho?- perguntou Edmundo.

-Pare com isso Majestade , se me quer bem - disse Trumpkin resmungando do apelido.

-Pois não , podemos então o chamar de N.C.A?- perguntou Edmundo

-Está bem menino ... quer dizer Majestade - falou ele

-Acho que podemos ir por outro caminho - sugeriu Pedro - Por que não vamos de barco em direção a baía do Espelho d'Água e seguimos depois para lá por cima? Sairíamos por trás da colina da Mesa de Pedra e , ao menos enquanto estivermos no mar , estaremos seguros.

-Se partirmos imediatamente chegaríamos antes do anoitecer , descansar ali um pouco e estar com Caspian amanhã dr manhã - falei

-E quanto a comida?- perguntou Susana.

-Vamos ter de nós contentar com maçãs - disse Lúcia.

Voltamos para o poço, tomamos água, pois só conseguiremos água da minha garrafa e no espelho d'Água.

-N.C.A fica no leme , eu e Edmundo nos remos e as meninas vão na proa para darem indicações a N.C.A , pois ele não conhece a costa. - Falou Pedro.

As Crônicas De Nárnia - Le fayOnde histórias criam vida. Descubra agora