Pov Marine Le Fay
A costa arborizada e verdejante foi ficando para trás. As pequenas baias e cabos pareciam cada vez menores , e o barco vagava acompanhado a suave ondulação.
Ficamos brincando , tentando em vão enfiar as mãos na água. Eu peguei minha varinha e joguei no rosto de Lúcia ( A água é claro).
-Marine!- disse ela rindo.
-Eu tive uma ideia - falei segurando minha varinha e apontando para a água.
-O que você vai fazer?- perguntou Edmundo.
-Fazer o barco ir mais rápido - afirmei.
Movimentei minha varinha e a água começou a se agitar rapidamente , o barco tomou um grande impulso e começou a navegar como se tivesse um motor ligado.
-Isso foi incrível - exclamou Susana
-Eu só vou descansar um pouquinho - falei me deitando com a cabeça no colo de Lúcia.
-Ela está bem?- perguntou N.C.A
-Os feitiços desgastam ela - falou Edmundo.
-Graças a Aslam! Termos tempo para descansar - falou Pedro
-Já estamos chegando vejam!- disse Susana após alguns minutos.
Comemos maçãs ao jantar, para pregar o olho foi muito difícil para mim, eu queria encontrar logo com Aslam, estava anciosa e pelo o que eu percebi Lúcia também estava acordada.
-Lu?- perguntei.
-Estou acordada - avisou ela
-Vamos caminhar um pouco?- pedi
Nós levantamos rapidamente, sacudindo a poeira do vestido e caminhando na trilha.
O ar estava fresco, o céu finalmente não estava nublado como era na Inglaterra, as estrelas estavam perceptíveis.
-Olha o leopardo!- exclamou Lúcia
-Oh árvore! - falei - Vamos acordar, árvores!
-Não se lembram mais? Será possível que não se lembram mais de mim?- perguntou Lúcia.
-Elas não vão acordar Lu - falei desanimada.
Esperava que elas comessem a se balançar e dançar como antigamente, Lúcia estava tão desapontada quanto eu.
-Eu fiquei cansada - disse ela
Nós deitamos novamente na relva, nos cobrindo com as capas.
Na manhã seguinte nos levantamos tronchos por dormi no chão.
-Viva a maçã!- exclamou Trumpkin
-Suponho que vocês conheçam o caminho - falei mordendo a minha maçã.
-Eu não!- avisou Susana - Nunca vi esses bosques em minha vida, sempre achei que deveríamos ter ido pelo rio.
-Devia ter falado isso na hora - disse Pedro
-Susana não tem menor sentido de orientação - disse Edmundo - Está com a bússola aí Pedro?
-Na verdade está comigo - falei pegando a bússola que estava me minha bolsa.
-Olhem só, estamos certinhos - disse Edmundo.
-Espere que o rei Caspian nos ofereça um bom almoço - falou Lúcia
-Se Deus quiser!- afirmou Susana
-A verdade é que não me lembro nada disso aqui - falei olhando ao redor.
-Mulher é assim, não consegue guardar um mapa na cabeça - falou Edmundo
-É porque já temos a cabeça cheia de outras coisas - falou Lúcia defendendo.
Andamos por muito tempo até que Trumpkin disse baixinho:
-Parem! Estamos sendo seguidos - alertou ele.
-É melhor preparamos as flechas - disse Susana.
Peguei meu arco assim como Trumpkin, um rosnado se fez presente
-Lúcia!- gritei correndo em sua direção
Ela tinha caído e um grande urso cinzento estava correndo em nossa direção.
-Atira Susana!- gritou Edmundo
Levantei Lúcia e comecei a carrega-la para o grupo, uma flecha cortou o ar e atingiu o pescoço do urso.
Mas quando eu encarei, percebi que foi a flecha de Trumpkin que nos salvou.
-Atirei tarde demais - justificou Susana procurando algum machucado em Lúcia.
-Esse foi o problema - disse Trumpkin
-É uma boa ideia levar a carne do urso - falei pegando um punhal que encontrei na sala do tesouro.
-Espere que alguém de vocês saiba retirar a pela do urso - falou Trumpkin.
-Melhor não olharmos Lúcia - disse Susana.
Levantei às mangas do meu vestido e comecei a cortar a carne , devo admitir que foi bastante nojento mas para uma boa cozinheira ver uma animal morto não faria muita diferença.
-Eu não vou carregar a carne - disse Susana.
-Eu carrego por você - falei
Enchemos os bolsos com carne e devo admitir que o cheiro era terrível.
-Acho que estamos no caminho certo - disse Edmundo
-Afinal onde se meteu o maldito Veloz?- perguntei nervosa.
Caminhamos muito, até que encontramos um pequeno precipício que se elevava sobre um desfiladeiro.
-Desculpe!- disse Pedro - Foi por minha culpa que viemos por aqui. Perdemos o caminho, não faço ideia de onde estamos.
-O melhor é voltar e ir pelo outro lado. Sabia que a gente acabaria se perdendo neste mato!- disse Susana.
-Susana, não vá implicar com Pedro!- disse Lúcia.
-E você não implique com a Su!- disse Edmundo defendendo a irmã mais velha.
-Se a gente se perdeu vindo, quem vai garantir que a gente não se perca indo?- falei acabando com a discussão.
-Afinal, por que aquele rio não pode ser o Veloz?- perguntou Trumpkin concordando comigo.
-Porque o Veloz não corre num desfiladeiro - disse Pedro.
-Pedro pense!- falei - Já faz bastante tempo desde que vimos para em Nárnia, não acha que a geografia do lugar não alterou?
-Bem pensado!- disse Pedro - Vamos embora por esse lado do desfiladeiro
-Olhem! Olhem! - disse Lúcia
-O que?- perguntei.
-O leão!- disse Lúcia - Aslam!
-Dizem que há leões nessa floresta. Mas quanto a ser um leão amigo - disse Trumpkin negando com a cabeça.
-Que besteira, acham que eu não sou capaz de reconhecer Aslam?- perguntou Lúcia.
- O melhor é por em votação - disse Pedro
Infelizmente para mim, Lúcia e Edmundo houve empate, mas decidiram que o voto de Trumpkin por ser o mais velho valia por dois.
-Vamos por baixo - disse Pedro - Pode ser que Lúcia tenha razão, mas não tenho certeza.
Lúcia e eu fomos por último, Lúcia chorava amargamente e eu ia a consolando.
Acreditava em Lúcia, porque sei que ela não iria mentir usando o nome de Aslam.
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As Crônicas De Nárnia - Le fay
FantasyLe Fay Marine Le Fay vai descobrir um novo mundo, onde animais falam e: um leão, uma feiticeira, um mago, um príncipe e um navio não fazem parte dos contos de fadas sem razão. Esse sera os relatos da vida de Marine após entrar nos domínios de Nárni...