Capítulo 24- Era Aslam?

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Pov Marine Le Fay

A costa arborizada e verdejante foi ficando para trás. As pequenas baias e cabos pareciam cada vez menores , e o barco vagava acompanhado a suave ondulação.

Ficamos brincando , tentando em vão enfiar as mãos na água. Eu peguei minha varinha e joguei no rosto de Lúcia ( A água é claro).

-Marine!- disse ela rindo.

-Eu tive uma ideia - falei segurando minha varinha e apontando para a água.

-O que você vai fazer?- perguntou Edmundo.

-Fazer o barco ir mais rápido - afirmei.

Movimentei minha varinha e a água começou a se agitar rapidamente , o barco tomou um grande impulso e começou a navegar como se tivesse um motor ligado.

-Isso foi incrível - exclamou Susana

-Eu só vou descansar um pouquinho - falei me deitando com a cabeça no colo de Lúcia.

-Ela está bem?- perguntou N.C.A

-Os feitiços desgastam ela - falou Edmundo.

-Graças a Aslam! Termos tempo para descansar - falou Pedro

-Já estamos chegando vejam!- disse Susana após alguns minutos.

Comemos maçãs ao jantar, para pregar o olho foi muito difícil para mim, eu queria encontrar logo com Aslam, estava anciosa e pelo o que eu percebi Lúcia também estava acordada.

-Lu?- perguntei.

-Estou acordada - avisou ela

-Vamos caminhar um pouco?- pedi

Nós levantamos rapidamente, sacudindo a poeira do vestido e caminhando na trilha.

O ar estava fresco, o céu finalmente não estava nublado como era na Inglaterra, as estrelas estavam perceptíveis.

-Olha o leopardo!- exclamou Lúcia

-Oh árvore! - falei - Vamos acordar, árvores!

-Não se lembram mais? Será possível que não se lembram mais de mim?- perguntou Lúcia.

-Elas não vão acordar Lu - falei desanimada.

Esperava que elas comessem a se balançar e dançar como antigamente, Lúcia estava tão desapontada quanto eu.

-Eu fiquei cansada - disse ela

Nós deitamos novamente na relva, nos cobrindo com as capas.

Na manhã seguinte nos levantamos tronchos por dormi no chão.

-Viva a maçã!- exclamou Trumpkin

-Suponho que vocês conheçam o caminho - falei mordendo a minha maçã.

-Eu não!- avisou Susana - Nunca vi esses bosques em minha vida, sempre achei que deveríamos ter ido pelo rio.

-Devia ter falado isso na hora - disse Pedro

-Susana não tem menor sentido de orientação - disse Edmundo - Está com a bússola aí Pedro?

-Na verdade está comigo - falei pegando a bússola que estava me minha bolsa.

-Olhem só, estamos certinhos - disse Edmundo.

-Espere que o rei Caspian nos ofereça um bom almoço - falou Lúcia

-Se Deus quiser!- afirmou Susana

-A verdade é que não me lembro nada disso aqui - falei olhando ao redor.

-Mulher é assim, não consegue guardar um mapa na cabeça - falou Edmundo

-É porque já temos a cabeça cheia de outras coisas - falou Lúcia defendendo.

Andamos por muito tempo até que Trumpkin disse baixinho:

-Parem! Estamos sendo seguidos - alertou ele.

-É melhor preparamos as flechas - disse Susana.

Peguei meu arco assim como Trumpkin, um rosnado se fez presente

-Lúcia!- gritei correndo em sua direção

Ela tinha caído e um grande urso cinzento estava correndo em nossa direção.

-Atira Susana!- gritou Edmundo

Levantei Lúcia e comecei a carrega-la para o grupo, uma flecha cortou o ar e atingiu o pescoço do urso.

Mas quando eu encarei, percebi que foi a flecha de Trumpkin que nos salvou.

-Atirei tarde demais - justificou Susana procurando algum machucado em Lúcia.

-Esse foi o problema - disse Trumpkin

-É uma boa ideia levar a carne do urso - falei pegando um punhal que encontrei na sala do tesouro.

-Espere que alguém de vocês saiba retirar a pela do urso - falou Trumpkin.

-Melhor não olharmos Lúcia - disse Susana.

Levantei às mangas do meu vestido e comecei a cortar a carne , devo admitir que foi bastante nojento mas para uma boa cozinheira ver uma animal morto não faria muita diferença.

-Eu não vou carregar a carne - disse Susana.

-Eu carrego por você - falei

Enchemos os bolsos com carne e devo admitir que o cheiro era terrível.

-Acho que estamos no caminho certo - disse Edmundo

-Afinal onde se meteu o maldito Veloz?- perguntei nervosa.

Caminhamos muito, até que encontramos um pequeno precipício que se elevava sobre um desfiladeiro.

-Desculpe!- disse Pedro - Foi por minha culpa que viemos por aqui. Perdemos o caminho, não faço ideia de onde estamos.

-O melhor é voltar e ir pelo outro lado. Sabia que a gente acabaria se perdendo neste mato!- disse Susana.

-Susana, não vá implicar com Pedro!- disse Lúcia.

-E você não implique com a Su!- disse Edmundo defendendo a irmã mais velha.

-Se a gente se perdeu vindo, quem vai garantir que a gente não se perca indo?- falei acabando com a discussão.

-Afinal, por que aquele rio não pode ser o Veloz?- perguntou Trumpkin concordando comigo.

-Porque o Veloz não corre num desfiladeiro - disse Pedro.

-Pedro pense!- falei - Já faz bastante tempo desde que vimos para em Nárnia, não acha que a geografia do lugar não alterou?

-Bem pensado!- disse Pedro - Vamos embora por esse lado do desfiladeiro

-Olhem! Olhem! - disse Lúcia

-O que?- perguntei.

-O leão!- disse Lúcia - Aslam!

-Dizem que há leões nessa floresta. Mas quanto a ser um leão amigo - disse Trumpkin negando com a cabeça.

-Que besteira, acham que eu não sou capaz de reconhecer Aslam?- perguntou Lúcia.

- O melhor é por em votação - disse Pedro

Infelizmente para mim, Lúcia e Edmundo houve empate, mas decidiram que o voto de Trumpkin por ser o mais velho valia por dois.

-Vamos por baixo - disse Pedro - Pode ser que Lúcia tenha razão, mas não tenho certeza.

Lúcia e eu fomos por último, Lúcia chorava amargamente e eu ia a consolando.

Acreditava em Lúcia, porque sei que ela não iria mentir usando o nome de Aslam.



As Crônicas De Nárnia - Le fayOnde histórias criam vida. Descubra agora