Subimos as escadas de um prédio comum de classe média. Então paramos em frente a uma porta branca de um apartamento. Do corredor, podia ouvir o ruído e as batidas de música eletrônica alta e as vozes de jovens se divertindo. O som estava tão alto que podia sentir o chão tremer.
Então Jennyfer bateu à porta. Ninguém atendeu, e então ela bateu com mais força umas seis vezes e um cara ruivo abriu.
-Ei... -aparentemente, ele estava chapado. Pela fresta da porta consegui ver a iluminação de luzes de neon, e a música ficara ainda mais alta. Consegui até mesmo ouvir a voz do Dj -Você sabe a senha, loirinha?
Jennyfer bufou e revirou os olhos.
-Festas não precisam de senhas -falou ela levantando uma das sobrancelhas.
-Acertou. Podem entrar -falou o cara abrindo a porta e dando passagem.
-Ah -falou ela- Meu nome é Jennyfer, Ok?
Entramos. O apartamento não tina muita iluminação, a não ser as luzes de neon e uns feixes de luz colorida que estavam presos ao teto. Vários jovens, alguns bêbados, outros chapados e outros sóbrios, estavam no apartamento.
Um grupo grande, que ficava à frente da cabine do DJ, dançava ao ritmo da música dubstep. A pouca iluminação fazia com que parecessem um emaranhado de mãos para o alto coloridas com neon. Percebi que algumas pessoas estavam pegando bebidas na cozinha, que era o único local da festa que tinha uma lâmpada comum.
Andamos em uma espécie de fila, tentando não tropeçar em algo ou em alguém. Eu não sabia para onde estava indo, a única coisa que me guiava era o cabelo cacheado de Val, que agora tinha adquirido um tom azul por causa das luzes.
Continuamos assim até encontrarmos uma mesa grande e meio vazia que ficava no fundo da casa. O local ficava perto de uma grande janela que cobria a parede esquerda inteira, dando vista para parte da cidade.
Quanto foi que vocês pagaram para entrar aqui?
Um cara alto e moreno estava totalmente esticado no sofá. Ele olhou pra gente e depois para Jennyfer, e então nos ignorou completamente.
-Deixem comigo -Jennyfer sussurrou.
Ela saiu de perto de nós e se sentou ao lado do cara.
Miga, sua louca, sai daí!
Ela cruzou as pernas (coisa que eu não sou capaz de fazer) e sorriu para o cara, ele sorriu de volta.
-Quer dançar? -ela perguntou, olhando para o emaranhado de gente à frente da cabine do DJ.
-Claro -o cara deu um sorriso malicioso de lado.
-ENTÃO VAI LÁ DANÇAR! -ela puxou o cara pelo braço, lançando-o para fora da mesa com rapidez. Ele cambaleou e foi em direção à cozinha disfarçadamente.
Eu sei que você está fingindo que nada aconteceu, cara alto e moreno.
Nos sentamos na mesa, que tinha um sofá como acento. Eu arregalei os olhos para Jennyfer, ela deu de ombros.
-Então, alguém pode ir pegar bebida? -falou Valéria, fazendo uma cara de cachorro- Estou com sede.
-Eu vou -falou Alan enquanto se levantava, mas Julie o puxou pelo braço, fazendo com que ele se sentasse denovo.
-Você fica aqui. Eu vou lá buscar -ela se levantou- enquanto isso, Jen, explica o que está acontecendo pra eles.
-Ok -respondeu Jennyfer.
Julie se afastou e Jen começou a falar.
-Gente, existe uma coisa chamada raiva, conhece? -ela falou e eu e Alan ascentimos- Então, ela é o ponto chave para a nossa vingança. Se você sentir muita raiva, melhor e mais hilária será a vingança.
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Garota GEEK
Teen FictionOk, você não faz ideia do quanto a minha vida é estranha. Bem, eu sou um pouco anormal também. Sou Rafaela, o tipo de pessoa que passa suas horas de lazer, dor e sofrimento jogando, assistindo animes, séries, lendo, e outras coisas que minha mãe ac...