V de vai pro inferno

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-Isso é incrível -ponderou Jennifer.

-Você é louca? Como assim?

- Ele colocou um chifre em duas pessoas da mesma família. Esse cara é um ninja.

-O ninja mais desgraçado, infeliz, e filho da. - antes que eu acabasse de falar Jennifer tapou a minha boca e falou:

-Você ao menos tem um plano de vingança ou coisa do tipo?

Eu lhe contei o meu péssimo plano de vingança.

-Meu Deus, isso é uma bosta. É pior que Crepúsculo. - ela comentou.

-Também não exagera. O pedido de namoro dele também foi uma bosta clichê , mas deixe o meu plano fora disso.

Ela se levantou da cama.

-Eu vou te ajudar -ela estalou os dedos como um pianista -Aquele idiota também me traiu ,esqueceu?

-Têm um plano? -perguntei.

-Não. Mas vou criar um. Hoje à noite eu te encontro atrás do prédio onde ele mora às 2:00 da manhã.

-NEM PENSAR! EU QUERO DORMIR!

-Pelo que você dormiu no capítulo passado não vai ser problema nenhum.

-OK -falei- Eu apareço por lá. O que você vai fazer?

-Já te disse que não tenho um plano. Depois a gente descobre. A única coisa que eu sei do plano, é que vai ser chamado  de "V de vai pro Inferno". Vamos infernizar a vida daquele infeliz. Topa? -ela estendeu a mão. 

-É um péssimo nome, mas claro que topo -eu apertei a mão , e um olhar e um sorriso maligno apareceram nos nossos rostos.

-Esse cara vai pagar. -falamos em uni sono.

                                                                 

                                                                                           ***

(Praça dos Games, 12:37 PM)

Era meio difícil esperar até às 2:00 , então fui ao único lugar que funcionava durante 24 horas que não fosse uma farmácia , a "Praça dos Games". Que literalmente ficava perto da praça.

Comecei a jogar um daqueles jogos em que se usa uma arma de brinquedo para atirar no jogo. O jogo consistia em matar zumbis atirando na cabeça deles. Mas eu acabei tornando em um jogo de "atirar em Logans e dilacerá-los completamente". O que era Mortal Kombat comparado a isso?

Eu estava praticamente no modo automático , e acabei gastando quase tudo o que tinha em um jogo só.   De repente alguém me cutucou no ombro:

-Com licença...

Pelo impulso de mais de meia hora de jogo, acabei apontando a arma para o lado. Acabei me deparando com um japonês de camiseta vermelha assustado por ter uma arma de brinquedo apontada para a cabeça.

-SIM??!?. -praticamente gritei. Eu ainda mantinha a arma na cara dele.

-Sei que não sou muito bonito -o japa afastou a arma lentamente-  mas não tenho cara de zumbi.

-Oh , desculpa. -falei em um tom de voz mais calmo- O que queria?

-Como pode ver , este lugar esta quase vazio. -eu olhei em volta , e a única pessoa além de nós era o T-Jack ( um cara alemão de 53 anos muito gente boa que era o dono do lugar) e a gerente -  Posso jogar com você?

-As minha fichas acabaram -menti ,ainda tinha 3 no bolso e queria gastar sozinha no mesmo jogo.

-Eu pago -o japa pegou uma ficha e colocou no modo player 2. 

-Não obrigada , já estava de saída. 

-Não foi o que pareceu ,você tentou pegar outra ficha no bolso antes de eu chegar -ele pegou as duas armas do jogo e passou uma para mim- Topa?

-Ok então -eu peguei a arma do player 2 e comecei a voltar a dilacerar Logans (zumbis).

Sabe aquela antiga crença de que japoneses são todos Nerds viciados que jogam como um bando de loucos? Então , é verdade. O japinha sabia o que fazer na hora exata , e se aquele jogo fosse na vida real ele poderia ser considerado o Flash oriental.

-Você sabe que para matar um zumbi você não precisa acertá-los no corpo todo? -ele comentou.

-Sei.

-Você está gastando balas demais.- ele atirou e deu um headshot no zumbi da direita.

-Algum problema com isso? -eu recarreguei a arma.

-Não. 

A tela de tempo apareceu , e o jogo acabou. Coloquei a arma de volta na máquina. E olhei as horas no celular.

-Já são 1:26 da manhã...-murmurei.

-Obrigada pelo jogo -falou o japa.

-Que nada , foi você que pagou. 

-Desculpe ,já te perguntei o seu nome? -ele pegou um moletom branco que estava em cima da máquina ao lado e o  vestiu.

-Rafaela -eu estendi a mão e ele apertou.

- Sou Alan. Acho que já te vi em algum lugar...

-Impossível , nunca te vi na vida. Você não é daqui , é?

-Sou de Portland. Obrigada pelo jogo mesmo! Para um desperdiçadora de balas você é muito boa.

-De nada! Alan, o meu nível neste jogo é realmente baixo, você que é uma merda nisso.

-Obrigada pela consideração. Boa noite -ele saiu.

-Boa noite! -gritei.

Olhei para  o relógio outra vez , eram 1:30. 

-Se quiser me vingar , vou ter de andar logo.

E saí do salão de jogos.


































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