ciúmes?

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Vesti minha blusa de frio, ainda ensangüentada, e andamos em direção á sala de aula.
Felipe — fica aqui, que vou buscar seus materiais e já volto – falou, com a mão em meu rosto, e eu apenas assenti com a cabeça. Felipe saiu, e eu encostei-me na parede do corredor, onde ficava os armários. Fiquei pensando, em como Felipe daria um jeito na situação.
— o que aconteceu?! – alguém falou, e eu levei um susto.
Olhei para o lado, e Victor se aproximava.
Bella — o vidro da janela quebrou, e atingiu-me – falei tirando a blusa de frio, e mostrando os outros cortes. Ele ficou boquiaberto.
Victor — é melhor ir para o hospital – abaixou, rasgou um pedaço de sua blusa, e amarrou em meu braço. Primeiro Emilly, agora Victor rasga sua blusa! Acho que as pessoas dessa escola, gostam de rasgar as roupas.
Bella — não precisava, mas obrigada – levantei, e ele abraçou-me.
Victor — deixa eu te levar para o hospital – puxou minha mão e virou-se.
Bella — não precisa – ele olhou para mim – estou esperando Felipe, ele foi buscar meus materiais. Ele passou a mão no cabelo, parecendo estar chateado.
Victor — então, eu vou ficar aqui com você – aproximou-se de mim.
Bella — não precisa – forcei um sorriso.
Victor — Bella, você pode não acreditar, porque nos conhecemos á pouco tempo – respirou fundo – mas eu me importo com você – abraçou-me, e eu retribuí o abraço, sem saber o que fazer, diante do que ele havia falado. Nos afastamos.
Felipe — trouxe sua mochila – entregou-me, minha mochila.
Bella — obrigada – disse, pegando ela.
Victor — quer que eu vá com você? – perguntou preocupado.
Bella — não precisa, mas obrigada – sorri. Ele aproximou-se de mim, e depositou um beijo em minha testa. Estendeu a mão, e entregou-me, um pedaço de papel.
Victor — esse é meu número – apontou para o papel em minha mão, e eu assenti com a cabeça  – qualquer coisa me liga – deu um beijo em meu rosto, corei.
Bella — OK, obrigada – sorriu, e afastou-se.
Olhei para Felipe, que estava com uma expressão triste no rosto.
Bella — vamos – ele respirou fundo, e assentiu com a cabeça.
Fomos em direção á porta, e eu olhei pra trás. Victor estava nos observando, e acenou para mim, acenei de volta e saímos. Felipe chamou um táxi, e entramos.
Ele ficou de cabeça baixa.
Bella — que foi? – encarei-o, e ele levantou a cabeça.
Felipe — nada – olhou para o outro lado.
Bella — tem certeza? – ele virou-se para mim.
Felipe — você gosta dele?
Bella — de quem? – fiquei confusa.
Felipe — daquele garoto, que deu um beijo em seu rosto.
Bella — Victor? Ah não – sorri – somos apenas amigos. Por quê?
Felipe — nada não – ergui uma sombrancelha – é que, pela forma que ele te tratou, pareceu que vocês tinham algo.
Bella — não temos nada – sorri – ele só estava preocupado comigo.
Ele virou o rosto para o outro lado.
Felipe — percebi.
Bella — ei! – ele virou-se para mim – é sério, ele é só um amigo,e estava preocupado. Por que está assim?
Felipe — por nada. Eu só... Estou pensando em algumas coisas.
Bella — pensando em quê?
Felipe — nada de mais. Bobagem – sorriu.
Bella — como convenceu a diretora e o professor, a deixar-me sair?
Felipe — falei para eles que você estava passando mal, e seu pai ia levá-la para o hospital – assenti com a cabeça – ela queria ir lá fora, para falar com ele, mas eu disse que não, porque estávamos apressados, e bom, ela acreditou – sorrimos.
Bella — você mente muito bem – o  empurrei de leve, e ele negou com a cabeça, ainda sorrindo.

PARANORMAL 2 PERSEGUIDAOnde histórias criam vida. Descubra agora