CAPITULO 2 (O início )

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***

Pela Manhã, levanto bem-disposta. Retiro o café posto à mesa e me apresso para deixar a Brenda na escola antes de ir para o segundo dia de psicanálise com a Alice.

- Beijos, filha. Respeite as professoras, ok? Mamãe te ama! - Digo enquanto beijo suas bochechas.

- Tá mãe, mas não precisa me beijar na frente dos meus amigos... eles vão rir de mim! - Ela cora de vergonha.

- Tudo bem mocinha. Anda, entra. - Digo achando graça.

De dentro do carro, observo a Brenda entrar na escola e em seguida vou ansiosa para a psicanálise. Na recepção da clínica, me informam de que não preciso esperar que me chamem. Me orientam a entrar direto na sala e que a Dra. me aguarda.

- Bom dia Alice! - Digo assim que a vejo.

- Bom dia querida. Teve uma boa noite?

- Por incrível que pareça, sim!

- E a tendência será melhorar! Vamos lá?

- Sim, vamos.

- Paramos de falar na parte em que você se desequilibrou na escada no trabalho e não foi ao médico preferindo ir pra casa...

- Sim... Então, como ia dizendo...

[...]

"Naquela noite, depois do ocorrido, fui para casa com dor. Era uma sexta-feira e teríamos ainda expediente no sábado. Tomei um remédio qualquer e dormi. No outro dia fui trabalhar. Eram poucas horas de trabalho e eu consegui fazer minhas tarefas normalmente. As dores só pioraram na madrugada do domingo para segunda. Virei-me de um lado para outro na cama. Não conseguia dormir sentindo dor na coluna. Com a correria do trabalho eu sempre esquecia e descuidava de mim.

Na segunda-feira, pela manhã, fui pra consulta médica no centro da cidade...

- Sra. Maria Helena Dutra. Deixe-me ver sua ficha. - Diz o Dr. Cardoso. - O que sentes?

Faz alguns dias que sinto dores na coluna, pescoço e nas costas, por conta de um mal jeito ao me desequilibrar de uma escada. - Contei.

- Ok. Deite-se para que eu possa te examinar.

Após os exames preliminares, ele me encaminhou para fazer exame de radiografia, me direcionou ao setor de medicação e uma injeção para dor me foi aplicada. Confesso que saí de lá com mais dor do que entrei! Ele me receitou um remédio para dor e me deu um atestado de cinco dias para levar para o trabalho.

Voltei para casa e para minha vida sem graça. A casa estava numa desordem total. Não fiz nada por conta da dor, apenas fui para meu quarto e liguei o Notebook para enviar à empresa um e-mail com meu atestado. Feito isso, senti muito sono. Acho que foi pelo efeito do remédio. Não desliguei o computador, apenas o coloquei de lado e relaxei na cama.

Muito tempo depois, ouvi meu telefone tocar. Acordei confusa e verifiquei quem estava me chamando no bate papo. Vi a notificação de mensagem da minha melhor amiga, Kelly Rodrigues. Se fosse outra pessoa juro que nem responderia. Mas com ela era diferente. Temos uma amizade de infância e ela sente quando não estou bem.

- Miga, cadê você? Está tudo bem?

- Oi, estou aqui! Passei mal ontem, mas agora estou melhor.

- Sabia que você não estava bem, meu sexto sentido nunca falha.

- Ah, você é meio bruxinha... rsrs

- Está fazendo o que agora?

- Nada. De bobeira na cama.

Adoro-te! (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora