Verdadeiro Eu. E se, tudo for um sonho

Capítulo 5

O SONHO

Quando Vick chegou em casa sua mãe já estava com a chave do carro nas mãe e correu para abraça-la.

--Meu deus Vick você me deu um baita susto. – Alice soltou a filha e olhou pra ela. – O que aconteceu, você está encharcada.

--Desculpa mãe eu vim a pé da escola, e eu...

--A pé, Vick, o que aconteceu?

--Eu...não sei, a chuva estava forte eu me perdi, a carga do meu celular acabou. – disse Vick com um suspiro.

--Vem vamos tomar um banho, eu vou fazer uma sopa bem quentinha para você e levar na cama, você precisa descansar se eu te conheço você vai pegar uma gripe.

Alice levou Vick para o banheiro e ajudou ela a tira a roupa molhada, ela podia vez como sua filha estava abatida, alguma coisa tinha acontecido, mas ela sabia que não adiantava pressionar Vick, ela nunca respondia bem sob pressão. Deixou Vick no banheiro e foi para a cozinha preparar a sopa, olhou o relógio na parede 19:36hs, Vick saiu da escola ao 12:00hs, onde sua filha esteve durante mais de 7 horas, ela sabia que não era com Isis, pois a menina já tinha ligado mais de 5 vezes para saber da amiga.

Vick entrou no chuveiro, seu corpo pesava muito, sua cabeça doía, e seu coração sangrava, depois que Enos foi em bora ela continuou no descampado, ela não sabia o que fazer, nem o que pensar, ele disse que a maldição deles ela era prometer que seria diferente, mas o que isso queria dizer? Por que dessa vez não poderia ser diferente?

--Vick? – Alice queria ver se estava tudo bem, já tinha quase 1 hora que Vick tinha entrado no chuveiro. – Querida tudo bem ai dentro?

--Sim, mãe, eu já estou saindo. – Vick desligou o chuveiro e vestiu o roupão. – desculpa mãe eu nem vi o tempo.

--Não tem problema querida, vai para o quarto coloca uma roupa quente que eu vou levar a sopa para você. – Vick deu um beijo no rosto de Alice.

--Obrigado, mamãe.

Ela trocou de roupa, vestiu seu pijama de florzinha de flanela, apesar de estar no verão ela sentia tanto frio, não era um frio normal, aquele que se sente quando é inverno, esse era diferente vinha de dentro. Depois que sua mãe trouxe a sopa e ela comeu, o seus olhos ficaram pesados e ela adormeceu sem ver a sombra que pairava na sua janela.

"Era noite, o céu estava coberto de estrelas, e a lua estava majestosa, lançando seu brilho sobre a terra. Ela o viu parado na frente dos enormes portões, ele estava vestido com sua armadura, e o reflexo da lua resplandecia em sua couraça, ela sabia que não poderiam ser vistos juntos.

Ele a viu andando, envolta em uma densa nevoa, seus cabelos vermelhos se destacavam em contraste com o vestido azul, que ia até os pés, os cabelos presos em uma trança, sua pele alva brilhava, ao longe podia se ouvir o som dos pássaros noturnos, e o barulho do rio que por ali passava, o coração deles batiam forte, e ali naquela noite peculiar os dois sabiam que seus destinos estavam entrelaçados por toda vida.

-Hetep, você veio. – ele se inclinou e a beijou, com uma urgência que ela não tinha sentido antes.

-Sim, eu sempre cumpro minhas promessas, Malak meu querido, você sabe disso.

-Eu senti tanta falta de você, esses dias foram como uma tortura, se o capitão não tivesse me obrigado eu não teria ido, ficar longe de você é uma agonia. – ele passou a mão sobre a trança, que pendia pelo lado direito.

-Eu sei, também senti muito sua falta. – eles ouviram passos, e se viraram para ver quem era.

-Drew, o que você faz aqui, sabe bem que não deveria. – Disse Malak.