Capítulo 2 - Valentina

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Ele me madou uma foto do pau dele...

Meu deus! É grande!

Levei exatos um minuto e meio para decidir o que fazer. E então, eu tirei a roupa, coloquei uma outra calcinha, pois eu usava uma calcinha com estampa de ursinhos, e mandei uma foto.

Não tenho como saber qual foi a reação dele, mas eu já imagino.

Será que ele dormiu de pau duro?

Eu não vou conseguir dormir... O tamanho me imprecionou, é claro, mas só de pensar em todo aquele tamanho dentro da minha boca...

Michael é incrivel!

Hoje, eu vou sair as seis da manhã rumo aos Estados Unidos para minha primeira bienal fora de Londres. Meus livros não vendem tanto assim nos EUA, mas minha popularidade por lá é boa.

Eu não disse para o Michael que eu estaria nos EUA. Mais precisamente, em Nova Iorque.

No entanto, minha empolgação é tanta que, para mim, qualquer homem que esteja naquela feira poderá ser ele.

Se controla, Valentina!

Apaga o fogo dessa sua piriquita e concentra.

Afinal, nunca passou pela minha cabeça que Michael não quer nada comigo.

Sei lá, nem que seja uma rapidinha da minha parte, ou da parte dele...

A verdade é que eu gosto de conversar com o Michael. E não digo só o sexo virtual. Ele é inteligente, carismático, engraçado... Acho que é por isso que, de certa forma, sinto um pouco dele nos meus personagens.

E, embora eu nunca o tenha visto, sinto como se já o conhecesse...

A atração que sinto é tão forte que várias vezes já sonhei com ele... Encima de mim, embaixo de mim, atrás de mim... De tanras formas diferentes que, só de pensar, já fico molhada.

Sou uma ninfomaniaca!

E, com esse pensamento mais do que real, caio em um sono profundo...

...

Acordo as quatro e meia da manhã com uma sensação de vazio. Deve ser fome...

Antes de me arrumar para a vigem, decido fazer uma boquinha. Nada de mais, só quinze centimetros de uma baguete com queijo, cebola, presunto, tomate e alface, acompanhado de um refrigerante.

Eu costumo ter bastante fome de madrugada... Geralmente, acontece quando eu não consigo ter um orgasmo decente.

Isso não vem acontecendo ultimamente, graças ao Michael.

E, com esse pensamento, eu tomo banho, escovo meus cabelos, visto minhas roupas e sigo até o táxi que me espera em frente ao sobrado onde eu moro.

É imprescionante o fato de que, desde que Michael entrou em minha vida, há pouco mais de um ano, eu passo a maior parte do meu tempo pensando nele.

Durante o voo, eu consigo finalizar o capítulo dezesseis de Amante Secreto. Esse, graças a minha doce imaginação, não tinha cena de sexo. No entanto, os outros capítulos estão parados.

Sem Michael, eu sou um fracasso. Okay, nem tanto! Sem drama, Val.

No entanto, é assim que me sinto. Chego em Nova Iorque em uma hora e meia, e só consegui finalizar um capítulo. É o fim!

O taxi para em frente o hotel no qual eu ficarei hospedada durante a semana. Saio do carro e o motorista me ajuda com as malas. Não é o melhor hotel da cidade mas é o melhor hotel que Vivian conseguiu.

Vivian é uma espécie de empresária. Ela trabalha na editora que produz meus livros e nossa afinidade foi evidente. Em poucos dias, nossa amizade cresceu consideravelmente.

O unico problema é que ela não pode me acompanhar na viajem.

Por isso, assim que chego no quarto do hotel, bate outro vazio... Só que dessa vez, é de saudades mesmo. Estar sozinha em Nova Iorque não é nada legal, quando não se pode aproveitar com seus amigos.

Parando para observar o quarto, me dou conta de que ele é maior do que eu imaginava.

E a vontade de não sair daqui pelas próximas oito horas é tão grande...

No entanto, eu tenho um compromisso em menos de uma hora na bienal.

Jogo minha mala na cama e escolho uma roupa. Em seguida, saio correndo para o banheiro e tomo uma ducha rápida. Visto-me e penteio meu cabelo rapidamente, pegando minha bolsa e saindo do quarto antes que a cama comece a me chamar.

...

O local da Bienal não é muito longe, porem eu não conheço a cidade, então o taxi será meu melhor amigo enquanto eu estiver por aqui.

Chego no Plaza Hotel e sou guiada para o salão onde acontecerá o evento. A grande parte dos estandes já estão montados e o meu fica bem em frente do palco montado para as entrevistas.

Entretanto, as embalagen com os totens e banners estavam espalhadas ao redor do estande e, quem passava ao lado, esbarrava no material.

Eu praticamente corro até o estande e recolho o material do chão antes que estraguem.

Pelo menos, os livros estão encima da mesa.

E eu terei que organizar tudo sozinha. Tem como ser pior?

TEM SIM!

Eu estava pendurando o banner, de uma forma que ele ficasse encima da minha cabeça para a fácil visualização.

O banquinho no qual eu estava erguida, não me dava muita confiança. No entanto, era ele ou ficar na ponta dos pés.

E, quando eu já estava terminando de amarrar a bendita corda, acabei desequilibrando e caindo.

Fechei os olhos, pois como diz o ditado, "o que os olhos não vêem, o coração não sente". E eu estava preparada para um senhor tombo no chão, com direito a ida no hospital, quando eu sinto duas mãos grandes me segurarem firmemente.

Abri os olhos e qual foi a minha surpresa quando me deparei com um par de olhos azuis me fitando como se eu fosse um pedaço de carne?

Ok, eu me assustei. Mas também senti meu sangue gelar.

Aquele homem era o que eu posso chamar de perfeito.

Loiro, olhos azuis, bronzeado... Mãos grandes e uma boca que dá vontade de morder...

Se controla Val!

Me desfaço de seu aperto e fico de pé em sua frente. Agora, ele sorria.

Um sorriso safado, de homem bom em todos os sentidos.

-Me desculpe! -Digo. Entre todas as coisas que eu poderia dizer, eu digo isso. O sorriso dele aumenta e ele responde:

-Sem problemas! -E depois, desvia o olhar para o banner que está pendurado. -Não tem ninguem para te ajudar?

-Não. Achei que seriam mais legais comigo. -Ele franze a testa e volta a me encarar.

Depois, ele direciona seu olhar no palco e volta para mim.

-Você deveria pedir ajuda... -Sugere. -Se eu não estivesse ocupado, eu ajudaria.

-Não precisa, de toda forma. Você já fez muito me segurando de uma queda eminente. -Coninuo sorrindo. Se eu estou flertando? Provavelmente.

-Me desculpe, eu não sei seu nome. -Indago curiosa. Ele sorri de canto.

-Dimitri Johnson.

-Prazer Dimitri. Eu sou Valentina Kensington.


Eaeeeeeee...

Bom, como prometido, ai está o capítulo. Eu não sei exatamente como vocês irão reagir com relação ao comportamento da protagonista, mas espero que não me joguem tomates.

Até o próximo!!!

Michael Onde histórias criam vida. Descubra agora