Ela estava chorando.
Mas por quê?
Será que eu tinha a machucado?
Ela não disse muita coisa depois da crise de choro.
Deitei na cama e a trouxe comigo.
Valentina apoiou a cabeça em meu peito e ficou naquela posição por um longo tempo.
Eu achei que ela já estava dormindo, entretanto, vi ela sentar encima de mim e sorrir de forma sedutora.
Vê-la daquela forma me animou e acabamos transando novamente, de uma forma mais lenta.
Só então, ela dormiu.
Virada de costas para mim.
A única coisa que eu pude fazer, foi abraçá-la, e dormimos de conchinha.
Na manhã seguinte, ela não falou muito.
Nós tomamos café no hotel, depois de um sexo molhado.
Ela se vestiu e não falou mais nada.
Voltamos para Manhattan e ela permanecia em silêncio.
Valentina só falou comigo quando a deixei na porta do hotel.
-Eu adorei tudo o que fez. -Ela disse. Então, não beijamos e ela saiu do carro, entrando em seu hotel sem nem me dar um último aceno.
E agora, estou sentado na minha poltrona, dentro do meu escritório na livraria, tentando entender o que aconteceu.
Será que eu a machuquei?
Mas se eu tivesse machucado, ela não teria subido encima de mim daquela forma.
Será que foi alguma coisa que eu disse ou fiz?-Hey. O que aconteceu? -A voz de Alex me tira dos meus devaneios. Quando ela entrou e por que eu não percebi?- Nem parece que transou.
-Não foi nada. Ou eu espero que não tenha sido. -Digo sem olhar para ela. O clipe de papel vermelho que segurava várias folhas estava mais interessante.
-Não entendi.
-Valentina ficou estranha de uma hora para a outra. Nós estávamos bem, e de repente, eu a vejo chorar. Hoje de manhã, ela mal falou comigo e na nossa viajem de volta, ela só disse que tinha gostado de tudo. Saiu do carro em ao menos me dar tchau.
-Talvez tenha sido algo que você tenha dito. -Alex estava sentada de frente para mim.
Sua expressão era séria, mas eu não conseguia desviar a minha atenção do decote dela.
Não me julguem, a camisa está mais apertada do que de costume e só um cego não olharia.
-Olha para os meus olhos, não para o meu peito. -E dito isso, eu olho para os olhos dela.
-Não foi nada do que eu disse, até porque, tudo o que eu disse ela gostou. Até da minha pose de Christian Grey.
-Disse que estava apaixonado?
-Sim. Mas como você sabia? -Pergunto incrédulo, afinal, eu não havia dito nada a ela.
-Sua cara de bocó já dizia tudo, você não precisava contar. -Ela zomba de mim.
-Eu preciso saber o que está acontecendo com ela. -Frustrado, dou um soco na mesa, assustando Alex.
-Então vá falar com ela. Tire essa dúvida que está te corroendo. É bem melhor, do que ficar criando ideias nessa sua cabeça.
Alex tinha razão, afinal.
Ficar remoendo essa história, só me deixaria mais frustrado.
Portanto, segui o conselho dela.
Fui ao hotel de Valentina.
Precisava falar com ela, tirar a limpo qualquer dúvida com relação aos meus sentimentos por ela.
Toquei a campainha e aguardei por instantes que pareciam horas, até ela me atender.
Seu cabelo estava bagunçado, seu rosto inchado e seus olhos vermelhos. Estaria chorando?
-Oi. -Digo com o meu melhor sorriso.
-Oi. -Ela responde, demorando alguns segundos.
-Trouxe para você! -Estendo uma pequena caixa de trufas para ela.
É claro que eu não iria visitá-la, sem levar algo.
-Obrigada. -Ela abre espaço para eu passar. O quarto não parece tão organizado.
Tem folhas de papel espalhadas pela mesa de centro e na de refeições, embaixo de duas xícaras e um prato sujo.
-Me desculpe por isso. Eu não esperava que viesse. -Ouço-a dizer, parecendo constrangida com a situação.
-Eu só queria saber como você estava. Fiquei preocupado depois de te ver chorar, achando que eu tinha machucado você. -Levo minha mão até o rosto dela e faço um leve carinho na bochecha corada.
-Eu estou bem.
A encaro por um tempo, antes de puxá-la para um abraço.
De repente, ela parece uma garota frágil.
Não esperava encontrá-la assim.
O que me leva a crer que algo está acontecendo.
-Será que você pode... Ficar? -Ela foca a sua atenção em mim e sorri.
-É claro!
Não fizemos sexo.
Conversamos sobre assuntos banais, transmitidos pelo jornal da noite e fomos dormir em seguida.
Sentir seu corpo aninhado ao meu é sensacional.
Eu não tinha me sentido dessa forma com nenhuma outra mulher.
Tudo em Valentina é sensacional.
Ela é o mais delicioso vício que eu já tive.
Mas, como nem tudo é o que parece ser, na manhã seguinte eu acabei acordando antes dela, tendo a brilhante ideia de lhe servir um café da manhã.
Havia uma máquina de café e um microondas no quarto.
E o café da manhã era servido todos os dias, a partir das sete.
Eu aguardava um dos funcionários do hotel trazer a comida, enquanto bebericava um pouco de café.
Ouvi um sinal sonoro vindo do notebook encima da mesa e fui conferir.
O e-mail de Valentina estava aberto, e havia uma notificação.
Eu não sou curioso, mas ao ver o nome "Companhia aérea" no e-mail, acabei abrindo.
Aquilo foi como um soco na minha cara.
O e-mail dizia que a compra da passagem para Londres havia sido concluída com sucesso.
O vôo estava marcado para essa sexta-feira, às duas da tarde.
Era isso.
Ela estava indo embora.
Ela vai me deixar.
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Hey pipous... Não me matem ainda!
Tenho mais surpresas e algumas novidades. Eu criei uma página e um grupo no face, para quem quiser acompanhar os spoilers e as novidades da pessoinha que vos escreve.
Por enquanto, tá tudo flopado, por isso, eis aqui um desafio.
Quando a página e o grupo do face atingirem vinte e cinco membros, eu irei revelar a surpresa que eu comentei no capítulo passado. E se o número de curtidas e membros do grupo dobrar, eu solto mais um capítulo antes da sexta-feira.Combinado?
O link do grupo e da página no face, está lá no meu perfil.
Estou no aguardo!!!
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Michael
RomanceValentina Kensington é uma jovem escritora inglesa que se consagrou ao escrever livros adultos. Porém, as cenas mais quentes dos livros vinham de um homem denominado "Michael". Em uma bienal do livro nos EUA, ela conhece Dimitri Jonhson, um homem ap...