minha filha era um amor, o pai não era muito presente mas me ajudava com o dinheiro, a cada dia mais eu me apaixonava mais por ela, tia Camila a mimava muito e sempre que eu saia com ela todos faziam carinho na mesma e a mimavam, ela era uma das crianças mais amadas da comunidade, e eu posso dizer que eu estava me saindo bem sendo mãe. Nesse momento estou arrumado minha pequena Larissa pra irmos na casa da Lara, a coloquei em um vestidinho azul bebe e um sapatinho de crochê branco, ela tinha nascido com muito cabelo e castanhos, os olhos eram mel e ela era uma gracinha, eu a amava mais que tudo, ondulei meu cabelo e coloquei um vestido florido apertado na parte de cima e a partir da cintura ele era solto e rodado, coloquei uma rasteirinha de pérola e passei uma maquiagem leve, arrumei minha bolsa e a bolsa da Lari e fui descendo o morro com ela no colo, até que a vagabunda da Raquel me parar.
Raquel- olha só se não é a abandonada pelo pai da filha.
-não me estressa Raquel, sai da minha frente.
Raquel- é uma piranha mesmo, queria dar o golpe da barriga mas veja só queridinha, ele me preferiu- revirei os olhos-.
-vaza Raquel, se eu quisesse dar algum tipo de golpe da barriga eu não tinha começado a trabalhar antes dela nascer- ela chegou perto da minha filha e já tava me irritando-.
Raquel- você é uma nada, Letícia.
- já acabou com a palhaçada Raquel? Ótimo, to indo.
Ela abaixou até o bebê conforto da Larissa e passou a mão em seu rosto dando uma leve apertada, eu afastei o bebê conforto já com sangue nos olhos.
Raquel- olha só, defendendo a bastarda.
Foi o fim pra mim, apoiei minha filha no braço de um morador que passava e voei pra cima da Raquel, dei com tudo na cara dela e alguns tufos de cabelo saíram na minha mão, ela conseguiu me jogar pro canto, empurrou o morador e pegou minha filha nos braços.
Raquel- será que ela é igual gato? Com sete vidas? Será que cai em pé? Vamos ver- soltou minha filha -.
Vi tudo passar em câmera lenta, arrumei forças pra levantar e correr até minha bebe, por pouco eu não consegui pega- lá, ela chorava e sangrava, vi uns vapores que passavam de ronda ali segurarem a Raquel, eu só chorava, arrumei forças do além e peguei minha filha no colo, sai correndo pela escadaria com ela no colo e consegui chegar até o postinho, tava lotado mas não demorou 5 minutos pra atenderem minha filha, a levaram para dentro do hospital e me pediram pra preencher a ficha dela e depois pedir permissão para entrar, tive que preencher três fichas por que as outras eu errei, até o marcos chegar, ele preencheu tudo certinho e entrou no meu lugar, uns 20 minutos depois ele saiu com a cara vermelha de tanto chorar.
Marcos- quem fez isso?
-Raquel.
Marcos- eu vo matar essa piranha, e você? Tá bem?
- quando eu tiver notícias da minha filha, eu respondo.
Liguei pra minha tia, mãe e pra Lara, em minutos todas elas estavam ali me confortando e me abraçando, contei pra tia Camila e vi ela se afastar e pegar o rádio.
Camila- eu quero essa vagabunda na minha sala em 10 minutos, se ela não tiver lá quando eu chegar, eu mato você, não ela.
Marcos- tu não pode matar a Raquel, apesar disso ela é minha fiel.
Vi pela primeira vez na vida ódio nos olhos da minha mãe, ela virou a cabeça pra ele tipo aquela mulher do exorcista que ME deu medo.
Samantha- TUA FILHA TÁ INTERNADA POR CULPA DESSA VADIA E VOCÊ AINDA DEFENDE ELA? A SUA FILHA TÁ ENTRE VIDA OU MORTE POR QUE ESSA VAGABUNDA SOLTOU ELA NO CHÃO E VEM COM ESSE PAPO DE FIEL? LETÍCIA SEMPRE ME FALAVA QUANDO EU ESTAVA CUIDANDO DA MINHA TIA QUE VOCÊ NÃO ERA UM BOM PAI, MAS PELO O QUE EU TO VENDO, NEM DE PAI VOCÊ PODE SER CHAMADO, SO DE LIXO MESMO.
Ele me olhou e eu apenas o mandei tomar no cu baixinho e fui atrás de notícias da minha filha, por isso prefiro ele longe.
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Alemão- Entre o amor e o ódio
Teen FictionTERCEIRO LIVRO DA TRILOGIA "ALEMÃO". "o ódio e o amor caminham lado a lado" Nem tudo é um mar de rosas apenas porque é uma estória, vai além disso, eles podem ser novos, mas terão que sofrer consequências do passado de seus pais, sera que eles ficar...