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- Angelinny! Como assim vai embora?!
- Já liguei para você para colocar minha casa a venda.
- Eu não vou colocar, por que você não vai.
- Eu já aceitei ir, não posso voltar mais atrás.
- Angelinny, esse cara é problema.
- Agora já não posso voltar atrás, Lucas!
- Angelinny... você não pode ir, isso pode ser perigoso.
- Antes o Pac, agora você!
- Se o Pac disse então ele concorda comigo e também sente esse pressentimento, então, não vá.
- Eu não tenho mais escolha, Lucas!
- Então vai, vou estar aqui para qualquer coisa.
- Obrigado.
- De nada.
Ele desliga, eu não sei se estou fazendo a coisa certa, nem ao menos pensei antes de aceitar, eu estou começando a me arrepender dessa escolha.
Sempre me pego pensando em Tarik, como amo ele, mas ele me decepcionou muito, eu não entendo como ele pode fazer isso, e ele disse que me amava, palavras em vão, ele não me amou como eu o amei, mas todos aqueles momentos foram bons, perfeitos como puderam ser, até tudo ir por água abaixo, eu não entendo como pude me entregar assim tão facilmente, eu não entendo, esse arrependimento de ter me envolvido tanto com ele transbordava em minhas veias, tudo que eu queria era que tudo não passasse de um pesadelo, que quando eu acordasse, estivesse sendo aquecida pelos seus braços enquanto contava a ele o sonho amendrontante que acabará de ter, que ele tomasse meus lábios e dissesse que tudo não passou de um mero sonho, que estava tudo bem, que ele me amava mais que tudo, mas, infelizmente, não era um pesadelo, eu não ia acordar desesperada pelos seus abraços, não iria ser consolada, ele não iria dizer que me ama, não iria fazer nada disso, aposto que estava curtindo com a sua eterna namorada a humilhação que me fez passar, ele nunca me amou, só me usou para sua própria diversão, tanto o odeio quanto o amo, mas mais o amo, pois, não suporto mais viver sem ele, tudo o que eu queria era ele, quando era sobre ele nada mais importava, só queria seus beijos e seus Abraços reconfortantes, mas não os teria nunca mais, pois ele ama outra, fui a diversão, a segunda opção, e isso não vai mudar nem em mil anos, a humilhação que passei foi grande, meus sentimentos foram destruídos, estraçalhados, jogados como lixo, ele me fez chorar, me humilhar, me feriu, sem ao menos perceber, estava chorando novamente, sem ao menos perceber, só de pensar nele, já chorava, isso me feria seriamente por dentro.
A campainha toca, tento limpar ss lágrimas, mas novas sempre saiam quando limpava, deixo escorrer as lágrimas e abro, recebo logo um abraço que percebi ser de três pessoas, consegui identificar os três, Cellbit, Bruna e Mike, retribuo os abraços soluçando.
- Tarik nos contou tudo, viemos correndo assim que soubemos viemos correndo.
- Eu me sinto tão humilhada... eu não acredito que ele me usou...
- Eu não vou defende-lo nem a você, mas não foi do jeito que ele esperava também, ele chegou ontem em casa, nervoso e chorando, eu o ajudei a organizar, e não foi como planejamos, ele ia te falar algo, que iria te deixar muito feliz, não te humilhar.
- Mas agora... eu... aceitei a proposta, Mike.
- Angelinny! Porque você fez isso!
- Eu não tive escolha...
- Você tinha dito que não iria aceitar- diz Cellbit.
- Eu não tive muita escolha.
- Hey, não vamos te julgar, okay? Queremos seu melhor, mas, não sinto um pressentimento bom por isso.- diz Mike.
- Eu sei... Não são as primeiras pessoas a falarem isso. O Luba, e um amigo meu...
- Que amigo?- pergunta Mike.
- Vocês não devem conhecer...
- Fala!- insiste Bruna.
- Eu só sei o apelido, é Pac.- Digo limpando as lágrimas que já paravam de cair pois o assunto mudará(vai achando queridinha), percebo Bruna olhando de forma interrogativa para Mike como se ele tivesse as respostas, o mesmo sorri em resposta que sim.
- Você o conhece pessoalmente?- pergunta Cellbit maliciosamente.
- Não, mas, ele me conhece e, ele vai se revelar daqui a algum tempo.
- Um motivo para não ir...- sussurra algo que não compreendo enquanto se senta no sofá. Aparentemente, Cellbit ouve e começa a rir, o que fez meu ouvido quase sangrar.
- Lange... para de rir, meus ouvidos vão sangrar!- eu disse rindo.
- Ta bom!- disse rindo mais ainda.
- Agora meus ouvidos sangram de vez!- digo indo me deitar com a cabeça no colo de Mike e os pés no de Bruna.
- Voltou a ser a preguiçosa de sempre!- diz Mike rindo.
- Graças a vocês- sorrio abraçando Bruna com as pernas e Mike, estendo o braço para Cellbit- Vem me abraça loiro azedo!
Ele vem em minha direção e me abraça.
Algumas horas se passam e estávamos vendo Inuyasha, meu anime preferido, Bruna tinha feito pipoca, um pote grande para mim, um para Mike, um para ela e um para Cellbit.
- SE BEIJOS LOGO O KAGOME E INUYASHA, TÃO SENDO MAIS DEMORADOS QUE A BRUNA E O LANGE E A BRUNA DEMORARAM!
- Ei!- dizem Bruna e Lange juntos.
- Mas é verdade!- diz Mike.
- Tem alguém que concorda comigo!- rio alto.
Depois de algum tempo, já era madrugada estava quase adormecendo, mas a campainha toca, me levanto meio tonta e abro e dou de cara com Tarik.
- O que está fazendo aqui?- digo seca.
- Vim conversar.
- Eu não quero falar com você.
- Por favor- me olha suplicante, olho para os meus amigos adormecidos e depois para Tarik.
- Vamos lá fora- Eu digo bagunçando os meus cabelos enquanto atravessava a porta a fechando atrás de mim- o que quer?- olho para ele, com toda certeza a decepção estampada em meu rosto.
- Me perdoe por aquele vexame... eu não tinha idéia que ela ia estar lá...
- Por que não veio antes?
- Eu estava envergonhado... Não conseguia nem me olhar no espelho... eu senti nojo de mim mesmo... mesmo não tendo culpa- Eu que estava olhando para o chão, olhei para ele, percebi que as pausas que fazia, era pelo fato de estar chorando.
- Eu perdôo, mas é meio tarde, daqui cinco dias vou ir embora.
- Eu sei... Não irei suportar mas... farei o possível... vai voltar?
- Eu vou tentar...- Eu estava tentando não dar moral, mas era impossível, eu o amava tanto...
- Eu acho melhor entrar... está frío aquí fora...
- Tudo bem- sorrio dócilmente.
Me despeço rápidamente e entro, estavam dormindo ainda, subo as escadas e vou para meu quarto e me jogo na cama, eu também sentia um péssimo pressentimento, algo iria acontecer, algo muito ruim.

Stalker- Tarik Pacagnan, PactwOnde histórias criam vida. Descubra agora