Tsunade Senju e a Criança Amaldiçoada

Não consigo esquece-la...

   Tsunade Senju andava de um lado para outro em seu escritório,  tentando não perder a paciência. Os hokages haviam convocado uma reunião de emergência.
   Shizune tentava acalma-la, mas não tinha jeito.
   - Eu só queria entender o porque. - dizia a loira, que continuava a andar de um lado para outro
   - Você só vai saber se for! - Shizune a segurou pelos ombros - Tsunade,  eu te conheço. Você não está assim apenas por causa da reunião.
   Tsunade olhou para ela e fez cara de que não estava entendo o que sua assistente dizia.
   - Você está assim - continuou a assistente da hokage - Porque você está com medo de ver ela.
   Tsunade arregalou os olhos e se soltou.
   - Claro que não! - a loira respondeu rapidamente. Infelizmente,  Tsunade não sabia mentir e Shizune não queria discutir.
   - Ok,  ok.  Vou pegar uma bebida quente. Você está precisando.  - e saiu
   Tsunade sentou em sua cadeira e olhou para a lua que estava cheia e brilhante no céu.

    "Porque...   Porque eu não consigo esquece-la?!  Mais que coisa. Essa criatura não sai da minha cabeça.",  Tsunade pensou,  "Será que eu estou... Não. Não,  isso não pode ser real. Eu não  posso estar apaixonada por ela. Não posso mesmo.  Mei Terumi,  sua desgraçada!  VOCÊ BAGUNÇOU MINHA MENTE!".
   Tsunade fechou a mão tão forte,  que a palma de sua mão ficara marcada por suas unhas. Shizune voltou trazendo uma garrafa de vodca,  e a colocou em cima da mesa.
   - Pronto. Você sempre pede essa quando está pensando na mizukage. - Shizune olhou para sua expressão de raiva e frustração de Tsunade - Para com isso, Tsu. Você a ama.  Pare de mentir para si mesma.
   Lágrimas escorreram pelo rosto da hokage.
   - Isso... Isso não é certo, Shizune... - soluçou
   - Como não? - sua assistente a abraçou - Não há nada de errado em amar alguém. Tsu, pare de chorar. Você é a mulher mais forte que eu conheço. A mais corajosa.
   - Ninguém vai aceitar isso,  Shizune...
   Shizune se colocou a sua frente e a encarou.
   - Ninguém precisa saber disso,  Tsunade. Agora pare de chorar. Você não vai beber. Vai dormir. Amanhã será um novo dia!
   Tsunade levantou-se e fitou sua assistente,  seriamente.
   - Não me dê ordens,  Shizune.
   Shizune arregalou os olhos.
  - Me desculpe Tsun... - ela foi interrompida por um abraço.
   - Obrigada.  Vou descansar sim. - soltou sua assistente e saiu calmamente pela porta,  em direção ao seu quarto.

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   Tsunade agarrou seu travesseiro com força. Não conseguia dormir.  A imagem de Mei parecia que havia grudado em sua mente igual chiclete.
   " Porque eu tinha que me apaixonar logo por você?  Mei, você é a criatura mais irritante que eu conheço... Talvez você perca para Jiraya..." Tsunade fechou os olhos tentando não chorar de novo " Mas... Talvez Shizune tenha razão... Ninguém precisa saber..."
   A loira se lembrou do que Jiraya lhe disse.
   "- As outras vilas não estão muito bem. - disse Jiraya - Os ataques do nosso inimigo tem sido constantes... Eu espero que Mei esteja bem...
   Tsunade olhou para ele.
   - Aconteceu algo com ela?
   Jiraya se virou para o mar, que estava em frente a eles.
   - Mei não está mandando seus ninjas combaterem o inimigo. Ela está enfrentando-o sozinha. Ela me disse que não quer que sua vila fique em perigo e...
   - COMO É QUE É?!  Ela está sozinha?!  - Tsunade pulou do banco que estava sentada
   Jiraya sorriu,  perplexo.
   - Você preocupada com a mizukage,  Tsuna?  Pensei que a odiasse.
   - E-eu odeio ela...  Mas também não quero seu mal.
   - Eu sei que você a ama,  Tsuna. - Jiraya voltou a olhar para o mar,  ainda sorrindo - Não precisa me esconder. Vou lhe dizer uma coisa: nunca desista daquilo que você ama, Tsunade. Sempre lute. "



    As palavras de Jiraya ecoaram em sua cabeça.  Ele estava certo. Ela não podia desistir,  ainda mais da pessoa que mais amava na vida.
   Tsunade fechou os olhos e tentou dormir,  tentando acreditar que o dia seguinte seria melhor.