6° capítulo

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| Blue |

"Eu não sei o que dizer" Respondo à sua proposta

Ele olha-me e posso ver a insegurança no seu olhar. Consigo ver que se sente inseguro como eu e que ainda esconde algo. No fundo, todos escondemos segredos, segredos que jamais diremos no primeiro encontro com alguém. A minha doença, é tudo o que sempre quis guardar para mim e tudo o que apenas os meus parentes sabem. Acho que é grave, mas não acho que vá mudar algo nim primeiro contacto com outro alguem.

"Diz que sim" Ele observa as minhas ações, quando dou um passo na sua direcção e o encaro

As minhas mãos soam inteiramente e coloco as mesmas presas nos bolsos detrás das minhas calças. Ele ergue-se, desencostando as suas costas do seu carro. O que poderá acontecer de mal? Nada. O que poderá correr pior do que eu ficar demasiado envergonhada e nao falar durante a maior parte do tempo? Nada. Acho que apesar de todos os probelmas e medos que ainda guardo comigo, tenho de refazer a minha vida e tornar a relacionar-me com novas pessoas. Harry parece ser uma ótima pessoa. Porque não ? Sorriu-lhe demonstrando que aceito.

"Esse sorriso é um sim?" Ele pergunta esperançoso

Eu assinto rindo de mim própria. Ele observa-me e encolhe os ombros

"Parece que sim. Parece que é um sim" Eu dou-lhe um olhar enigmático e deixo que a sua mente o processe, e pense sobre mim o que quiser

Quero conhece-lo melhor. Deixei que o meu lado inseguro estragasse tudo nos últimos anos e por isso, decidi aceitar o seu pedido e dar-lhe o benefício de dúvida. Decido dar uma oportunidade não só a ele, mas também a mim.

"Fico contente por ser um sim" Ele sorri-me

"Eu também por ter aceitado" Sinto-me confortável enquanto falo com ele

"Quem era aquele rapaz que estava contigo no bar, quando nos conhecemos?" Pergunto, mostrando a minha curiosidade

"É o meu melhor amigo. Chama-se Liam" Ele explica

"Parece ser simpático" Eu reafirmo

"E é. Mas é da mesma equipa da minha irmã" Harry fala e gargalho, imaginando o quanto ele deve sofrer no meio daqueles dois

"Parece-me que tens aí um batalhão a chatear-te a cabeça todos os dias" Eu declaro

"Podes crer que tenho" Ele sorri-me "Não é mau de todo. Estão apenas preocupados, mas acho que, por vezes preciso de ser eu a dicidir tudo" Ele explica e remexe com um molho e chave no seu bolso das calças

"Os amigos são sempre assim" Eu falo e ele ri

"Tens algum assim?"

"Tenho"

"Um ou uma?" Ele arqueia as sobrancelhas e eu sorriu, dando-lhe um olhar desafiante

"Uma. Chama-se Tracy vale por três da tua irmã" Eu reclamo e ele gargalha "A tua irmã leva as coisas mais para a brincadeira, mas a Tracy é mais calma. Ela gosta de chamar todos à razão. Às vezes chatea-me um bocado" Eu bufo lembrando-me da nossas conversa de segunda de manha, na universidade

"Nunca te perguntei a tua idade?" Ele indica, apontando o seu dedo indicador para um lugar ao calhas

"Isso importa?" Eu interrogo-o

Ele ri-se. Agarro no meu casaco e fecho-o. A noite tornasse cada vez mais fria e sinto-me cada vez mais livre, de cada vez que o vento passa por mim e o meu cabelo se revolta. A sua face tem uma expressão calma e calorosa. As nossas trocas de palavras parecem fazer-me bem, porém tenho dúvidas que possamos ser bons amigos por muito tempo.

"Na verdade, não! Não me interessa muito. Nem devia ter perguntado" Ele resmunga consigo mesmo e quando se vira, para ir embora, paro-o

Agarro no seu braço e ele virasse. Mantenho a minha mão sobre a zona do seu cotovelo e ele recua. Ele observa a minha expressão e sorriu, retirando a minha mão do seu antebraço. A sua face é um misto de esperança com felicidade. A sua pele mostrasse com alguns arrepios e sorriu para mim mesma.

"Tenho vinte e dois" Respondo

Ainda com alguma vergonha, depósito um beijo na sua bochecha e ando em direção à porta da minha casa. Olho para trás e ele mantém-se no mesmo sítio. Ouço a sola das suas botas castanhas e volto-me no mesmo sentido do seu carro.

"Ah e Harry?" Eu pergunto com a chave de casa colocada na fechadura

"Sim?" Eu voltasse para mim e sala e pela minha resposta

"E tu?" Eu interrogo-lhe

"Eu o quê?" Eu sei que ele sabe o que lhe perguntei, consigo pressentir o seu nervosismo e a intensão que tem em continuar esta conversa por bastante tempo

"Que idade tens?"

"Isso interessa?" Ele repete a minha resposta à sua pergunta e eu ambos rimos

Desço as pequenas escadas. Ele anda até mim. Chego-me perto de si. As suas mãos estão nos bolsos na mesma e as minhas agora em cada lado do meu corpo.

"Talvez sim. Talvez não. Descobriremos" Eu falo ao seu ouvido, quando lhe sussurro a minha resposta

Desvio o seu olhar e volto à entrada da minha casa. Ele parece petrificado e quando a porta se abre, sinto o meu coração saltar.

O meu pai aparece apenas de pijama. Parece cansado, pois ainda mantém os seus olhos simultaneamente fechados. Eu arregalo os meus e olho para Harry.

"Pai? O que estás a fazer acordado a estas horas?" Eu pergunto

Ele esfrega os olhos e faço sinal a Harry para que se vá embora.

"Estavas a falar com quem?" Ele pergunta quando o empurro para dentro de casa

"Estava ao telemóvel com a Tracy. Vá vai descansar" Eu digo e ele deposita um beijo na minha testa, começando a andar de volta para o seu quarto

Abro a porta, vendo Harry entrar no carro. Vejo este arrancar e uma rajada de vento ser deixada para trás. Sinto a falta das nossas conversas envergonhadas e da forma como, sem nos apercebermos, estamos completamente alegres um com o outro.

Fecho a porta. Foi por pouco que o meu pai não viu o Harry. Não lhe gosto de esconder nada, nem tenho razões para tal, mas não gosto de acordar com interrogatórios já pela manhã. Para já, é melhor assim.

Subo as escadas e entro no meu quarto. Retiro a minha roupa e olho-me ao espelho. Parece que nada mudou, parece que tudo se mantém do mesmo tamanho. Engordei ligeiramente, quando entrei na nova universidade, apesar de tudo eu continuo a ter esta maldita doença. Queria poder esquecer-me que tenho esta doença. Queria parar as medicações e deixar de fazer o que todos me mandam. Gostava de ouvir sempre o meu coração, mas parece impossível. Parece que tudo corre mal. Parece que tudo se baralha como as cartas dum baralho todas empinhadas desleixadamente.

Decido esquecer o assunto e vestir o meu pijama. Embrulho-me nos cobertores, prometendo a mim mesma que amanhã será um novo dia, e que tudo correrá melhor.

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OLAAA OLAAA OLAAA

tudo bem? Eu era para posatt esta capítulo ontem mas eu achei que não estava nada bom a hoje fui fazer alguns ajustes e da esta ele.

Espero que estejam a gostar pois eu estou a adotar escrveer esta história. Estou mesmo!!!

Eu ando no nono ano então eu tenho exames daqui a uma semana ou duas e estou um pouco nervosa mas que que correrão bem!

BEM ESPERO QUE GOSTEM

BOA LEITURA E CONTINUEM A SEGUIR A HISTÓRIA

LOVE YOU♡♡♡

BJS


Winter ➳ Harry Styles ✍Onde histórias criam vida. Descubra agora