26º Capitulo POV Harry

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Três anos antes...

A música está aos altos berros e quase que não conseguia ouvir-me a pensar. Estou rodeado por pessoas que não conheço de lado nenhum mas mesmo assim estou a dançar como um louco contra a rapariga morena à minha frente. Ela roça o seu corpo pequeno contra mim e eu não tenho qualquer problema para lhe agarrar nas ancas e puxa-la para perto de mim.

De repente sinto os meus ombros a serem puxados para trás e por um triz que não caiu de rabo no chão. Grito um palavrão e depois é que olho para trás para ver quem me puxou.

"Ryan para quê que foi isto?" Grito-lhe para fazer a minha voz ouvir-se sobre a música. 

Ele não me responde e nem sequer olha para mim, parece que está demasiado ocupado a puxar-me enquanto eu faço o maior esforço do mundo para não cair no chão.

À medida que o Ryan me puxa pela enorme sala a musica começa a ficar mais baixa e sinto-me a ficar cada vez mais tonto. O chão parece estar a andar à roda.

"Ryan, fodasse, eu estava a divertir-me!" Grito-lhe como se a minha voz ainda tivesse de ser mais alta do que a musica.

"Está na hora de ires para casa" ele diz e de repente sinto mais agressivo do que antes.

"Não mandas em mim" digo-lhe e a minha mão agarrasse à parede ao meu lado para me conseguir manter em pé.

"Já chega de te dares com o Zayn, Harry. Olha só para o que aquele rapaz de está a fazer. Já não estas sóbrio à quantas noites?" O Ryan pergunta e de repente já não me sinto agressivo mas apenas sinto vontade de rir, por isso riu, riu às gargalhadas.

Sóbrio, palavra engraçada.

"Merda Harry, voou-te levar para casa, a tua mãe não para de me ligar para saber de ti" diz o Ryan voltado a puxar-me pelo braço agora puxa-me até sair-me porta fora.

Nem sei onde estou. De quem é está casa?

Do Zayn acho eu.

Mas onde esta a Freya?

"Não posso ir sem a Freya" digo num tom demasiado arrastado.

"Deixa-a deve estar provavelmente enrolada com o Zayn num canto qualquer" ele diz e abrindo porta do carro dele e assim que me sento no banco a minha cabeça encostasse à janela e adormeço.


Atualidade...

Tinham passado quatro horas desde que a Rose foi até à casa onde a Zoe vivia. Não conseguia parar quieto, andava às voltas por casa como se isso pudesse fazer-me descontrair, coisa que não fazia, e a cada minuto que passava, era como se o a ansiedade e preocupação que sentia aumentasse o dobro.

Volto a agarrar no meu telemóvel e ligo-lhe novamente e só depois de ouvir inúmeras vezes o irritante bip a chamada vai, novamente, parar ao voice-mail.

Porquê que ela não atende?!

Atiro o meu telemóvel contra as almofadas do sofá e levo as minhas mãos aos meus cabelos e puxando-os suavemente. Um grito de frustração foge dos pelos meus lábios e sinto-me capaz de virar o mundo todo do avesso.

É impossível ela ter estado quatro horas na mesma casa que o Billy. Merda, e se lhe aconteceu alguma coisa?

Tenho vontade de pegar no meu carro e conduzir por todas as ruas da cidade até a encontrar finalmente.

Num ato de esperança tento ligar-lhe outra vez e, como já era de esperar, ela não atende.

Respiro fundo algumas vezes para tentar acalmar-me até que o som do puxador da porta a girar preenche a sala silenciosa. A porta abre-se e vejo os cabelos castanhos da Rose e a minha única reação é andar em passos rápidos até estar suficientemente perto dela.

Always 2 |H.S|Onde histórias criam vida. Descubra agora